terça-feira, 8 de outubro de 2013

08.— DO DIÁRIO DE UM MESTRE-ESCOLA


ANO
 8
LIVRARIA VIRTUAL em
www.professorchassot.pro.br
EDIÇÃO
 2555

Dentre os diferentes perfis assumidos no cotidiano deste blogue — Diário de um mestre escola; Diário de Viagem; Divulgação da Ciência; Atenção aos assim chamados formadores de opinião; Espaço de resenhas; Local para mostrar o que guardam os baús — hoje esta blogada assume o referido por primeiro.  
Nesta segunda-feira tive três momentos acadêmicos distintos. À tarde, aula na UAM. No turno vespertino com alunos que cursam, em regime especial, Conhecimento, Linguagem e Ação Comunicativa, quando vivemos plena e intensamente experiências de ação comunicativa. À noite, atividades com a Licenciatura em Música, na Semana Acadêmica das Licenciaturas do Centro Universitário Metodista do IPA.
Meu destaque é para a atividade da tarde. Em mais de um momento, já comentei aqui acerca de quanto me gratifico com o meu ser professor na Universidade do Adulto Maior. A UAM acolhe mulheres e homens jubilados em seus fazeres profissionais que voltam ao (ou iniciam o) convívio acadêmico. Fui, por alguns semestres, responsável pelo seminário História e Antropologia do Envelhecimento, agora regido pelo prof. Dr. Norberto Garin. Já nos dias 2 e 9 de setembro passados desenvolvi atividades com grupo. Como nesta segunda-feira o meu colega está em congresso acadêmico fora de Porto Alegre, convidou-me para substituí-lo.
Propus para o encontro de agora comentar privilégios de três encontros significativos que o acaso — um religioso diria, como Jacques Maritain, ‘que Deus rege o mistério dos encontros’ — havia me brindado desde a última vez que estivéramos juntos (09SET):
Goiânia/Anápolis um químico que no pós-doutorado pesquisou a comunicação entre plantas.
Confins/Porto Alegre uma doutora especialista em gafanhotos.
Porto Alegre/Santo Ângelo uma bióloga com expertise em ferramentas e soluções para o manejo biológico de pragas em diferentes cultivares.
Discorri, brevemente, acerca de cada um dos três enriquecedores diálogos de aprendentes que vivi com três privilegiados interlocutores. Respondi e perguntas gerais, com exemplos, acerca de cada um dos três momentos convivi com três diferentes viajores. Disse que preparara um dos três diálogos para detalhar, a seguir.
Como previra, por quase unanimidade, escolheram o primeiro. Então contei da entrevista com André Lucio Franceschini Sarriá que publicara aqui em 03 deste mês. Contei também da convivência que tivera com o André por quase dois dias em Anápolis. Dei destaque, aos experimentos trazidos aqui na entrevista — que só no dia 03OUT teve 408 acessos e mais de 315 no dia imediato — e se destacou que enquanto animais podem se proteger fugindo, plantas permanecem no mesmo local, não importando quão desfavorável as condições ambientais podem ser. Mostrou-se, então, processos de autodefesas, como aqueles explicados pelo Dr. Sarriá. Com muitas surpresas pelo grupo se analisou mecanismos de como um pé de milho se defende da praga da lagarta, como está explicado na entrevista.
As fotos, e peço desculpas pela pouca qualidade, mostram dois segmentos da sala de aula e eu com parte do grupo.
Talvez, o mais significativo neste 'Diário de um Mestre-escola' é a saborosa constatação de que ao 53º ano de magistério se possa apresentar uma aula de um assunto totalmente inédito e seduzir a um grupo que chega a Academia prenhe de inúmeros saberes e manifesta o desejo de comparti-los e deseja saber ainda mais.

3 comentários:

  1. Caro Chassot

    imagino como a aula na UAM foi construtiva para os alunos que sempre esperam esse reencontro com o antigo mestre. Ainda mais quando podem sorver um tema inédito e instigante como esse que apresentastes. Muito obrigado por estares com eles nessa aula me substituindo.

    Um abraço.

    Garin

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  2. Limerique

    Assim, bem alto a chama do saber
    Grande Mestre Chassot, costuma trazer
    Aborda temas relevantes
    Hoje, como fazia antes
    Cinquenta e três anos de bom fazer.

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  3. Somos todos eternos aprendizes, e contrariando Weber, o prata no cabelo é ouro no conhecimento.
    abraços

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