ANO
8
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Fundado em
30 de julho de 2006
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EDIÇÃO
2510
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Redijo
esta edição, recém chegado de uma sumarenta estreia. Dei a primeira aula do
semestre 2013/2 para um grupo de 36 alunos, que em sua maioria começavam o curso
de licenciatura em Música. A maior parte deles músicos profissionais que agora
vem à Universidade para aprender a ensinar aquilo que já têm expertise. Neste
semestre, a cada noite de segunda-feira, nos encontraremos para falar de Teorias
do Desenvolvimento Humano. Vibrei com nossa primeira aula. Sonho que cada um dos
próximos 17 encontro se repitam as emoções de hoje.
Mas
há para esta edição outro mote. Hoje este blogue completa sete anos. É o
primeiro dia do ano oito.
Devo
dizer que ao recordar as seis celebrações que fiz a cada 30 de julho pretérito,
esta me parece a mais desenxabida. Não sabia que este adjetivo de minha infância
(que pronunciávamos: desenxavido) fosse
dicionarizado. O prestimoso Priberam registra definições bem adequadas para o
sentimento que atribuo a este sétimo aniversário: 1. Insípido. 2. [Figurado] Sem
graça.
O
último mês de maio sabia a reflexões. Estas convidavam mais a travar do que
acelerar. Tinha naquele mês dez palestras que exigiam oito viagens, quase todas
de ônibus. No dia 13, tomo uma decisão que se fazia com perdas. Depois de 6,8
anos de blogares diários, opto, então, por edições semanais. A abstinência tem
gosto amargo, mas traz liberdades fugazes. É uma abolição como fora aquela do
ocaso do Império, em um mesmo 13 de maio.
No
anúncio de então escrevi: “A proposta feita desde 30 de julho de 2006, de
publicar um blogue diário, gerou 2476 edições, sem faltar um dia [até 13 de
maio]. Fiz blogares neste período em mais de uma centena de cidades da maioria
dos Estados do Brasil, e em 16 países (Argentina, Uruguai, Paraguai, Colômbia,
México, Estados Unidos, França, Espanha, Reino Unido, Holanda, Bulgária,
Croácia, Eslovênia, Dinamarca, Suécia e Rússia). Para cada um destes lugares
levei um pouco meus leitores”.
Recebi
a compreensão e a solidariedade de muitos. Um, há muito comentarista diário,
escreveu: “Sua companhia em nossa mesa do
café da manhã, continuará presente, afinal o seu hebdomadário certamente será
tão rico em conhecimento quanto é o diário. Um conselho do pupilo que já não é
tão jovem, dê prioridade à saúde. Abraços, Antonio Jorge”.
Dentre
a dezena de manifestações de afeto recebidas não faltou o cotidiano limerique
do Jair Lopes:
Após bloguear em muitas cidades
O mestre está cansado de verdade
A página que era diária
Agora é hebdomadária
Entretanto com a mesma qualidade.
A
gripe que me amarrotava quando da decisão se esvaiu. Talvez, isso tenha
coadjuvado a transgredir a abstinência. Assim em junho houve 9 edições e esta
já é 21ª de julho. Credito isso ao fato deste mês não ter tido viagens nem
aulas. A partir de agosto, certamente serei mais fiel à proposta de edições
semanais às quintas-feiras.
Assim
registro, aqui, minha gratidão aos meus leitores. Até maio eram cerca de 400
acessos diários. Agora são 300. É esta parceria que me faz continuar a fazer
nestes blogares alfabetização científica. Obrigado.