domingo, 4 de dezembro de 2011

04.- Uma domingueira com emoções e curiosidades

Ano 6 *** PORTO ALEGRE

*** Edição 1949

Depois de minha extensa e cansativa maratona de ontem, não cabe justificativas para o detalhe deste blogue hoje circular mais tarde. Peço apenas uma indulgência a mais de uma dezena de leitores que já buscaram a edição dominical, e apenas encontraram a sabatina.

Os 3,5 km de ontem entre Imperatriz e Porto Alegre foram cobertos em três voos pontuais e tranquilos. A manhã começou com um pequeno estresse, pois não me dera conta que meus relógios (pessoal e computador) estavam marcando horário diferente do local e cheguei a pensar que perderia o voo. Tudo não passou de um susto e privar meu colega Gerson Mól de mais de 1 hora de sono.

O fabuloso ontem foi reencontrar a Gelsa e com ela visitar a Carolina, a Maria Clara, o Carlos e a Clarissa. Ter viajado à Araguaína privou-me de estar com a Clarissa na hora do parto. Mas ontem, visitar a minha linda neta [e as fotos das edições de sexta-feira e sábado confirmam isto] com menos de 48 horas foi uma benção. Foi um dulçor, por um tempo, sustentar aquela frágil criatura em meus braços. Fomos Gelsa e eu as primeiras visitas na casa e foi emocionante ver as alegrias da irmã e dos pais.

Não posto fotos de ontem, pois pode parecer muito exibicionismo, uma terceira edição consecutiva com registros de uma criança muito linda. Em http://www.facebook.com/profile.php?id=712028068 – a página da Clarissa –há muitas fotos.

Hoje o José Maria faria 63 anos. Ele é o número cinco dos sete filhos que

éramos. Sábado publiquei aqui uma foto dos cinco que somos. É difícil imaginar o Zé Maria com 63 anos. Ele morreu em 1996, com 48 anos. Mesmo vitimado pelo tabaco, que o fez sofrer por meses, ele parecia sempre um ‘gurizão’. Está blogada é marcada pela saudade, celebrando um irmão, um esposo e um pai dedicado que todos perdemos cedo.

Marcados pela tradição de fazer das blogadas domingueiras espaços de curiosidades, trago algo que circula há um tempo na internet e inclusive já comentei aqui há meses, quando promovi um desafio cultural. Meus votos de um bom domingo estão aditado na interrogação: ¿Tu sabes nas o que está faltando no texto abaixo?

Sem nenhum tropeço posso escrever o que quiser sem ele, pois rico é o português e fértil em recursos diversos, tudo isso permitindo mesmo o que de início, e somente de início, se pode ter como impossível. Pode-se dizer tudo, com sentido completo, mesmo sendo como se isto fosse mero ovo de Colombo.

Desde que se tente sem se pôr inibido pode muito bem o leitor empreender este belo exercício, dentro do nosso fecundo e peregrino dizer português, puríssimo instrumento dos nossos melhores escritores e mestres do verso, instrumento que nos legou monumentos dignos de eterno e honroso reconhecimento

Trechos difíceis se resolvem com sinônimos. Observe-se bem: é certo que, em se querendo esgrime-se sem limites com este divertimento instrutivo. Brinque-se mesmo com tudo. É um belíssimo esporte do intelecto, pois escrevemos o que quisermos sem o "E" ou sem o "I" ou sem o "O" e, conforme meu exclusivo desejo, escolherei outro, discorrendo livremente, por exemplo, sem o "P", "R" ou "F", o que quiser escolher, podemos, em corrente estilo, repetir um som sempre ou mesmo escrever sem verbos.

Com o concurso de termos escolhidos, isso pode ir longe, escrevendo-se todo um discurso, um conto ou um livro inteiro sobre o que o leitor melhor preferir. Porém mesmo sem o uso pernóstico dos termos difíceis, muito e muito se prossegue do mesmo modo, discorrendo sobre o objeto escolhido, sem impedimentos. Deploro sempre ver moços deste século inconscientemente esquecerem e oprimirem nosso português, hoje culto e belo, querendo substituí-lo pelo inglês. Por quê?

Cultivemos nosso polifônico e fecundo verbo, doce e melodioso, porém incisivo e forte, messe de luminosos estilos, voz de muitos povos, escrínio de belos versos e de imenso porte, ninho de cisnes e de condores.

Honremos o que é nosso, ó moços estudiosos, escritores e professores. Honremos o digníssimo modo de dizer que nos legou um povo humilde, porém viril e cheio de sentimentos estéticos, pugilo de heróis e de nobres descobridores de mundos novos.

Descobriste? Certo: Não há a letra A. É um desafio escrever um parágrafo sem a letra mais frequente em português e na maioria dos idiomas.

4 comentários:

  1. Caro Chassot,

    é mesmo um desafio. Só me dei conta de que não havia a letra depois da observação final. Valei meu caro!

    Um abraço,

    Garin

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  2. Caro Chassot,
    É muito mais interessante esse exercício literário ao se ter em conta que a letra "A" é a mais usada de nosso alfabeto, quem duvidar é só contar em qualquer texto, inclusive neste. Abraços, JAIR.

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  3. JOSÉ CARNEIRO desde Belém escreveu:

    Caro amigo:

    Acompanhei sua peregrinação pelo Tocantins e a ansiedade, justa, pelo nascimento da Carolina. Que ela seja muito bem recebida no nosso 'vale de lágrimas". Parabéns pelo périplo e pelo avonado ampliado.
    Em anexo uma homenagem que acabei de mandar para o jornal sobre o "doutor Socrates", o filósofo do futebol.
    Abraços do

    José Carneiro

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  4. Meu querido José,
    obrigado por me acompanhares por terra nas beiradas de teu Pará. Agradeço também a torcida pela Carolina, que adoça meu avonado.
    Sou grato pelo envio do texto que homenageia o morto ilustre deste fim de semana.
    Se me autorizas vou publicar no blogue desta terça-feira, mesmo que fure, talvez a imprensa paraense. Penso que da cerca de uma grosa de meus leitores não há meia dúzia que terá acesso ao teu texto pela via papel.
    Com estima

    attico chassot

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