quarta-feira, 2 de março de 2011

02. – Jornais velhos ressuscitam!

Porto Alegre * Ano 5 # 1672

Esta blogada é postada nas fímbrias da quarta-feira. Ocorre que não faz muito que cheguei da segunda rodada de aulas da disciplina Conhecimento, Linguagem e Ação Comunicativa com a turma de Educação Física. Às atividades terminam 22h50min e quando deixo a sala de aula fico excitado intelectualmente. Já penso como vou continuar na próxima aula, que por causa do carnaval, só será dentro de duas semanas.

A terça-feira, além de ter esta sobremesa que foram as aulas, teve em dois tempos distintos visitas muito especiais. Primeiro foi uma passadinha da Maria Clara, trazida pela Clarissa e no entardecer, o Pedro vei com André. Foi muito gostoso receber esta neta e este neto tão queridos.

A blogada de hoje se faz com matéria da capa da Ilustrada da Folha de S. Paulo do último sábado, dia 26 de fevereiro. Ilustro o texto com capas de uma data que é para mim é significativa. Como nasci em uma segunda-feira, dia da semana em que a Folha da Manhã não circulava, a minha primeira página é da Folha da Noite. Sou do tempo que os matutinos não circulavam nas segundas feiras (as redações guardavam o domingo); era o dia em que os vespertinos tinham mais atração. Reproduzi, assim, a primeira página da Folha da Manhã do dia seguinte, 07 de novembro, onde parece que não tem nenhuma notícia anunciando um acontecimento especial em Estação Jacuí.

Há pressa de divulgar essa notícia muito significativa, pois ela é gratuita apenas no período de degustação. Depois a consulta a um verdadeiro Museu de novidades será cobrada. Aproveite agora. Eis a íntegra da notícia.

Acervo Folha, que pôs na internet o arquivo digital completo do jornal, tem 100 mil visitantes e 1 milhão de páginas vistas na primeira semana e é saudado por leitores e pesquisadores
Termômetro das novidades na era digital, o Twitter deu o sinal. "Olha que coisa bacana:

A Folha de S. Paulo disponibilizou na internet todas suas edições desde 1921", escreveu um tuiteiro.
"Comecei e parei pq senão seria demitido por não trabalhar", brincou outro, retuitando o comentário: "Lendo jornais velhos do Acervo Folha desde as 9h".
"O que acontecia no mundo no dia que eu nasci", tuitaram dezenas, juntando ao comentário um link para a capa do jornal naquele dia.
Até ontem de manhã eram 600 comentários na rede de microblogs, mais de cem por dia, sobre o Acervo Folha(
acervo.folha.com.br). Desde sábado passado, quando o jornal fez 90 anos, o serviço dá acesso público na internet a cerca de 1,8 milhão de páginas da "Folha da Noite", da "Folha da Manhã" e da Folha de S.Paulo desde 1921.
É o primeiro grande jornal brasileiro a digitalizar integralmente o seu acervo e colocá-lo ao alcance do leitor.
Num primeiro momento, o serviço é aberto a todos. Depois, será gratuito para assinantes do jornal, e os demais leitores terão de pagar.
"Essa digitalização do acervo da Folha vai me ajudar demais em projetos aqui da MSP. Yessss!", festejou, também no Twitter, o jornalista Sidney Gusman, responsável pelo planejamento editorial da MSP, ou Mauricio de Sousa Produções, do criador da Turma da Mônica.
Entrevistado, Gusman disse que agora pretende recuperar mais de mil tiras perdidas do artista. "Vou poder publicar em livro e, finalmente, deixar o acervo do Mauricio completo. É uma iniciativa absolutamente maravilhosa."
Em artigos no site "Observatório da Imprensa" (
www.observatoriodaimprensa.com.br), os jornalistas Alberto Dines e Eugenio Bucci saudaram a novidade.
"A grande mídia brasileira parece assim disposta a reencontrar a sua vocação como agente do interesse público", analisou Dines.

"Aqueles jornais que tinham ido embrulhar peixe e forrar gaiola de passarinho, aqueles jornais que forravam a cama de Noel Rosa, que acendiam lareira em Campos do Jordão, todos aqueles jornais defuntos voltaram a viver", escreveu Bucci.
Em entrevista, Bucci, que é professor de jornalismo, completou: "É como se você derrubasse pedágios que cercam o acesso aos acervos culturais".
Para o historiador Pedro Puntoni, diretor da Biblioteca Mindlin e coordenador da Brasiliana USP (Universidade de São Paulo), o Acervo Folha "é um presente para os historiadores e para os interessados no nosso passado e um marco na construção da cultura digital no Brasil".
Acessos: Num cálculo conservador, o endereço recebeu mais de 100 mil visitantes únicos na primeira semana, período em que houve mais de 1 milhão de "page views".
O tempo médio de navegação é de dez minutos e, a cada acesso, o leitor navega por 11 páginas em média.
O serviço já foi acessado em 75 países. No Brasil, recebeu visitas de 550 cidades.
Os anos mais pesquisados são 2011, 1960, 1964 e 1994.
Segundo a diretora-executiva da Folha.com, Ana Busch, logo no primeiro dia do serviço o jornal dobrou a capacidade de seus servidores, para atender à demanda e aprimorar a navegação

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Desejo que cada uma e cada um possa acessar, por exemplo, o que era notícia no dia em que nasceu. Almejo uma excelente quarta-feira. É provável que manhã, nos leremos, uma vez mais.

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