ANO 15 |
Agenda de Lives em página |
EDIÇÃO 3708 |
Quando nesta terça-feira, 02 de março, comemorava que finaliter
(não é esnobismo! No brincar com palavras o finalmente em latim, me parece mais expedito...) era um vacinado, houve
quem dissesse: “prevejo estar aí um bom assunto para o blogue!”
Mesmo que ser um vacinado mexeu comigo, a semana se fez fértil
em outras dimensões. Priorizo o vacinar. Respondi aos que me inqueriam acerca
sintomas: na quarta-feira, e somente então, senti uma quase imperceptível dorzinha
na região agulhada. Também sinto fastio (e no externar este sintoma percebi que
esta é palavra velha, pois não raro me perguntavam: o que isso?).
O que mais me atrapalhou/atrapalha no pós-vacina é a preterição de
bilhões de pessoas em meu favor. Uma vez mais se faz aumentar de maneira
abissal as diferenças de acessos a benesses. Quantos sem documentos ou sem
tetos foram preteridos e deveriam ser vacinados antes de mim. Na tentativa de
me apaziguar, mais de uma pessoa disse: tu és daqueles que guarda a quarentena
de melhor maneira. Falso consolo, pois não faço isso de bonzinho. Faço por ser um
abonado ou abastado, se comparado com a maioria. Não há uma justificativa a preterições,
que parecem socialmente injustas.
Foi uma semana de muitas leituras. Mesmo que defenda, ante meus
orientandos, que ler ficção é salutar para a escrituração de uma tese ou
dissertação, quando me concedo idêntico privilégio afloram culpas. Isto
aconteceu, esta semana, quando resgatei uma dívida histórica e li Don Casmurro. Foi um deleite, mesmo que
não saiba dizer se Capitu traiu Bentinho.
Minha leitura recreativa atual: A ridícula
ideia de nunca te ver [ISBN 978-85-88808-84-3]. Tenho três biografias de Madame Curie. Estas as tinha como
suficientes para escrever Marie Curie:
três dolorosas estações de um calvário glorioso*. Minha leitora e meu
leitor aqui, já pelo título, poderá inferir o quanto teci loas a única mulher
laureada com dois nóbeis. Esta sumarenta produção de Rosa Montero (Madrid,
1951), — uma das mais importantes romancistas espanholas contemporâneas, traduzidas
para 20 idiomas — que leio agora, se faz diferente por ser a menos hagiográfica.
Nestes tempos pandêmicos meus blogares se tecem como diários de
um mestre escola. Nesta dimensão há dois registros relevantes.
Ontem, Manuella Villar Amado, Márcia Gonçalves Oliveira e eu iniciamos
o componente curricular Seminário de
Pesquisa de Doutorado que partilharemos juntos nas manhãs de cada quinta-feira,
com a primeira turma do doutorado no IFES. Minha inserção nesta docência se dá
numa colaboração para ajudar a suprir lacuna com o falecimento do Sidnei,
narrado aqui, na edição de 15 de janeiro.
Hoje, atendendo convite da colega Gisele Shaw, que estava em
senhor do Bonfim BAestive pela primeira vez na UNIVASF Universidade Federal do
Vale do São Francisco, onde vivemos, por quase 2 horas, aprendizagens em
sumarentos diálogos em tempos pandêmicos num chamado café de ideias.
Nestes dias, meus fazeres estão, de uma maneira muito densa, insertos no Festschrift (ver a edição de 19FEV), que me mobiliza. Na verdade quem se mobiliza para valer, é um muito seleto grupo de pesquisadores da Unipampa, liderados pelos professores Raquel e Vanderlei. Eles organizam uma celebração para dia 13, às 18 horas, para o lançamento do Festschrift. Para tal, se envolvem no convidar de uma maneira intensa. Imagine, minha surpresa, que nesta tarde, antes de iniciar a fala na UNIVASP, lá estava a Carla, do grupo de autores da Unipampa, para convidar para dia 13 de março.
Estou que nem criança,
dizendo que já da para contar nos dedos das mãos, quantas noites faltam para o
Natal (que será para mim dia 13 de Março, as 18h). Venham comigo, celebrar.
·
CHASSOT, Attico. Marie Curie: três dolorosas estações de um
calvário glorioso. p.163–-192 in SIMÕES NETO, José Euzébio. Histórias da
Química. Curitiba: Appris 239 p. 2017. ISBN 978-85-473-0531-4
Então lá vai mais outro, pra ser procurado no Google:dia 13 estarei presente;"rente que nem pão quente"
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