sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

12FEV2021 *** Para conhecer (um pouco) o Moriah College!

 

 

 ANO 15

Agenda de Lives em página

www.professorchassot.pro.br

EDIÇÃO

3705

De vez em vez, tenho proclamado o quanto a Wikipédia é (talvez) o melhor exemplo da democratização do conhecimento. Considere a fartura de saberes ofertado, sem nenhum custo. Não podemos dizer o mesmo, por exemplo, de dicionário que se anuncia free, mas que nos exige, para lermos qualquer um dos verbete, que nos entulhemos de anúncios indesejados, alguns verdadeiras arapucas.

Já teci loas a Wikipédia em outro texto. Agora, nesse blogar, quero assestar meu narrar em outra direção. Mais de uma vez, nestes (ex)(in)tensos tempos pandêmicos, se tem analisados os ganhos que fruímos com a pandemia do bem. Vivemos uma pandemia na qual aflora a bipolaridade. Os dolorosos sacrifícios cobrados pela pandemia do mal, já seriam inenarráveis se ficássemos apenas nos mortos que não podemos sepultar. Agora, comento benesses da pandemia do bem.

Quando sem pejo afirmamos que, talvez, o que mais estamos constatando, nestes tempos, é o quanto ainda há saberes a aprender. Isso não é falsa modéstia. Em cada live ou curso que assisto resta um sabor: preciso aprender mais sobre isso.

Há um bonito aprendizado (sei que estou parecendo piegas nesta adjetivação!) que muitos estão praticando. Não raro, o fazendo de maneira (quase) inconsciente: a disseminação do conhecimento.

O uso desta ação verbal, não refiro sem evocar o brado (quase insano) que me alvejou uma colega, ainda no ocaso do segundo milênio. Éramos um grupo de editores de revistas acadêmicas em uma reunião institucional. “Como usas o verbo disseminar, excluindo nós mulheres que não disseminamos, pois não temos sêmen, logo não disseminamos conhecimento!” Senti-me abobalhado. Jamais fizera esta exclusão a mulheres. A situação não fora muito diferente da reação (mais recente) ao verbo clarear ou clarificar (uma questão) seja uma ação igual a de branquear, lida como antônimo de denegrir.

 Mas volto a questão heliocêntrica: manifestar gratidão àquelas e aqueles que, com generosidade, fazem de maneira continuada disseminação do conhecimento. Isto ocorre seja alertando acerca de uma live ou de um curso ou ainda, de maneira emocionada distribuindo os saberes que detêm.

Já, há quase um ano, se tem comentado que os tempos pandêmicos anteciparam/antecipam fazeres (ensino híbrido, homework, vivendas de veraneio se fazendo moradas cotidianas...) que de repente se fazem realidades. Nenhum dos fazeres antes citados e ainda alguns outros são rigorosamente novidades. Mas o seu uso (quase avassalador) mudou/muda/mudará a mossa maneira de estar no Planeta Terra!

Como comentara na última edição deste blogue, não foi sem emoção que participei, há uma semana, durante quatro dias do Seminário Raízes judaicas do cristianismo.

 Vale assinalar que as exigências tecnológicas para realização deste Seminário, de uma maneira muito provável, permitiriam que esta atividade pudesse ter ocorrido com o mesmo formato, já no final do Século 20. Podemos creditar a realização já na terceira década do Século 21, também a pandemia do bem. Agora, um seminário como este, não apenas parece ser, como é uma (quase) surpresa.


O Seminário Raízes judaicas do cristianismo foi organizado e promovido pelo Moriah College, de Jerusalém. O Moriah College é uma respeitada instituição acadêmica de Israel. Mesmo que temas envolvendo as três religiões abraâmicas estejam nas discussões em diferentes cursos, não há um proselitismo em favor de qualquer um dos três mais significativos monoteísmos.

 Há que reconhecer que o Moriah College tem sua sede na cidade considerada santa para as três religiões que têm em livros tidos como de revelação divina a garantia da ortodoxia.

Comento algumas informações do Seminário que participei para dar uma pálida informação do curso. Na noite de quinta-feira, dia 4, durante duas horas, o âncora estando em Jerusalém e o professor no estado de Virgínia, USA, descreveu os evangelhos como literatura judaica. Na sexta-feira, o tema foram os banhos de purificação no primeiro século com professora falando do México. No sábado houve três aulas. Às 10 horas aprendemos acerca da Midrash, como um gênero de literatura rabínica que contém as primeiras interpretações e comentários sobre a Torá Escrita e a Torá Oral (lei falada e sermões, que normalmente formam um comentário contínuo sobre passagens específicas da Bíblia Hebraica. Esta aula se conectou com a das 12 horas que comparou Torá escrita e a Torá oral. Às 15h foi, em minha percepção, a melhor aula: que idioma se fala na região nos tempos de Jesus. Aprendi sobre o aramaico e o hebraico e, também, quem ali falava grego e quem falava latim, com Professor Piñero desde a Espanha. No domingo o mesmo professor ensinou acerca do apóstolo Paulo.

No sábado, 13/02 e nos sete sábados seguintes haverá um curso: Uma aproximação ao Jesus histórico, ministrado desde a Espanha pelo Professor Piñero. Mas vale conhecer um muito variado menu de curso que são disponibilizados: arqueologia bíblica, manuscritos qumran do Mar Morto etc.

Desejei neste blogar contribuir com a disseminação do conhecimento. Se alguém perguntasse com cheguei ao Moriah College, do Moriah International Center [endereço página português: https://moriacenter.com/?lang=pt-br] diria: Não recordo. Certamente estava numa destas dezenas de cards anunciando oportunidades para nosso enriquecimento!

Com votos de sumarento abeberar-se nos muitos ofertórios de saberes que nos são disponibilizados nestes tempos pandêmicos. Ler-nos-emos, provavelmente, na sexta-feira dia 19/02 (eu, talvez afortunadamente, já vacinado!).

2 comentários:

  1. A disseminação do Conhecimento é algo bastante difundido na Área da Biblioteconomia. Disseminar é algo bastante utilizado pelos Bibliotecários e Bibliotecárias.

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  2. Parabéns Professor Chassot por disseminar o Conhecimento e por disseminar a Divulgação Cientifica nesse País "Brasil" e no Mundo.

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