ANO 15 |
Agenda de Lives em
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EDIÇÃO 3685 |
E... agosto se esvai. O que dizer dele? A
assim chamada quarentena já vai fazer meio ano. Lembro que no começo da segunda
quinzena de março, refiz a compra de passagem à Marabá do final de março para o
final de abril. Tudo parecia que seria logo ali e no máximo se espraiaria por
longos quarenta dias. Agora já vencemos 4 x 40 e talvez, venha outro tanto.
Tenho
tanto a contar desta última semana de agosto, que devo fazer uma seleção. Não
sei bem por onde começar.
Uma
semana com cinco lives é para ter saberes a mancheias para trocar. Nas aulas do
curso: História da Ciência em um
heptagrama,
a partir da 3ª aula, passei a dividir o palco com colegas que
têm mais expertise que eu. O Felipe na 3ª aula fez uma releitura do Iluminismo
com os óculos de Nietzsche; na 4ª aula o Prof. Dr. Rogério Seixas nos levou a
uma viagem de circum-navegação com o HMS Beagle; na semana que vem, na 5ª aula
vamos a divã do psicanalista Rodnei; na 6ª aula a Ana — uma doutora em Química —
catalisará uma caminhada ao avesso: das
disciplinas à indisciplina.
É
muito significativo o quanto nestes perambulares para fazer Alfabetização
Científica eu vou (quase) fisicamente aos locais onde se origina a live. Esta
semana estive em dois locais que me são inebriantes e por tal vivi com
intensidades inusual duas revisitações.
Na
segunda-feira, estive no IFSP campus Sertãozinho onde fui fraternalmente
acolhido pelo meu querido amigo Paulo Sergio Calefi, que há um ano me fora
anfitrião. Foi muito sumarento sonhar com futuras parecerias. Há porquê torcer
para que o pré-candidato se transmute em candidato e, então, em diretor do
Campus.
Na quarta-feira, uma vez mais as emoções transbordaram. Voltei a viver utopias. Retornei à Escola que quisera para todos os alunos do Planeta.
Recordei, levado pelo Prof. Dr. Frederico para evocar os 10 dias de residência na Escola de Ensino Médio do Sesc, DO Rio de Janeiro, há um ano. Desta quarta-feira trago as perguntas de dois participantes me fizeram. Os interrogantes trazidos por uma aluna e por um ex-aluno poderiam originar pelo menos duas outras palestras.
A
Alana Meireles com quem evoquei a visita ao Observatório Nacional desde Vilhena
RO perguntou: Em seu livro “A
Ciência Através dos Tempos” o senhor fala que os gregos são os fundadores da
ciência e dá quatro motivos para isso que são: uma grande curiosidade
intelectual, ausência de uma organização administrativo-religiosa, uma maior
participação dos cidadãos em assuntos públicos e um constante aperfeiçoamento
da argumentação e da dialética. Na live, o senhor fala sobre os óculos ao qual
vemos o mundo, citando o senso comum, o pensamento magico, os saberes primevos,
os mitos, as religiões e a ciência. No momento atual a ciência se mostra de
extrema importância no cotidiano das pessoas, porém ainda há aqueles que
duvidam e preferem ver o mundo pelos óculos da ignorância, desrespeitando as
atuais normas de segurança. A minha pergunta é, o senhor acha que o mundo ao
qual vivemos hoje, onde temos todas as informações de maneira rápida e muitas
vezes não conseguimos fazer grandes reflexões a respeito das mesmas e nem
aprofundar nossos conhecimentos, há pouca participação na vida pública, muitas
pessoas vendo os fatos sobre o óculos da religião monoteísta e estando cada vez
mais cercado pela argumentação conhecida como “textão do facebook” no qual não
há uma discussão e sim um cancelamento de ideias contrárias que podem
prejudicar a nossa futura ciência, ou até mesmo diminuir o interesse das
pessoas em conhecimento cientifico?
Outro aluno, Gabriel Botelho, já formado
na Escola Sesc, cursando Química, perguntou: 1.- De que maneira
a ciência poderia transformar o mundo negativamente? 2.- Sobre usar dois óculos
diferentes, como evitar conflitos entre eles?
Hoje, quando estiver começando o Shabath,
pela primeira vez, estarei em uma escola Beneditina, pois com Alessandra, minha
colega da Unifesspa, vamos ao Instituto Pio XI, no Rio de Janeiro ver se Ciência é também coisa de mulher.
Expectante.
Três outras gratificações da semana: (1)
Um spreaker (que não sabia o que era) publicado em espanhol na Colômbia, onde
falo da transição da Idade Média para os assim chamados tempos modernos; (2)
ontem à tarde gravei um podcast na Universidade de Coimbra, em Portugal; e (3)
um inesperado convite para mediar um diálogo: Espiritualidades em tempos de
pandemia entre Monge Budista Padma Santem e o Prof. Dr. Cícero M. Teixeira.
Agora... esperar quando setembro chegar.
Talvez, com a primavera superaremos o pandemônio que presidente faz de uma
pandemia que melhor seria se transcorresse com menos ameaças de bofeteadas na
cara.