ANO 15 |
É UM TEMPO DE
LIVES |
EDIÇÃO 3682 |
E...
já é agosto. Nem sei avaliar se o mágico fluir do tempo é moroso ou é rápido. Há
tempos que não recordo quando começou este aziago 2020. Não raro me desligo de
Cronos. Me parece mais tranquilo me entregar Kairós, que na mitologia grega, é
o deus do tempo oportuno. Cronos é por demais rigoroso no controlar o tempo e
pode, não raro, ser dispensado nestes tempos pandêmicos.
Nesta abertura das edições agustinas choramos os cem mil mortos que já perdemos para o coronavírus. Estes lotariam dois estádios de Porto Alegre (Arena do Grêmio mais Beira-Rio do Internacional) que agora têm jogos vazios. Dolorosamente há muitos que já morreram.
Houve
por exigência destes tempos justificar a escolha do texto que destinara para a primeira
e sumarenta live com meus orientandos de mestrado, doutorado e pós-doutorado.
Os tempos pandêmicos em que vivemos são bipolares. Minha imersão salutar em
lives (quando se ouve tanto falar em insânias) me agraciou parceiros
intelectuais até então ignotos. Há um quase mágico no transmutar destes em
amigos.
Ainda
em junho, respondi a nove perguntas formuladas pelo Felipe, que promoveu a
minha 12ª live, em 19/06. Quando refiro que a 13 de maio fiz a primeira live na
UFCA, em Brejo Santo CE me outorguei uma nova linha do tempo para (des)novelar
os tempos desta atemporal quarentena. Assim, esta noite quando dialogarei com o
Felipe acerca do binômio leitura <> escrita será a minha 33ª live. Datas
de agosto já são poucas livres. Há já agendamentos em setembro e um em outubro.
Felipe
Figueira — Professor no IFPR, campus Paranavaí PR — é historiador e pedagogo,
doutor em Educação e fez pós doutorado em História na UFOP. Poeta e colunista
na imprensa do Paraná, com livros publicados, dos quais destaco Dom Quixote e Nietzsche e o eruditismo. Agora ele é também meu amigo
Pedi
aos meus orientandos que acolhessem como justificado o texto escolhido, quando
faço a transcrição, aqui e agora, de excerto da resposta que narrei à terceira
pergunta formulada pelo Felipe, que depois da 12ª live já organizou comigo uma tetralogia
de lives para fazer Alfabetização Científica e preparamos um ofertório muito
especial, para a partir de 18 de agosto: uma História da Ciência em um heptagrama — cinco revoluções científicas
entre certezas & incertezas.
Eis
a terceira pergunta do Felipe seguida de minha resposta: Entre os seus livros,
algum o senhor gosta mais? Esta
é uma pergunta indiscreta. Algo como perguntar para um pai / uma mãe de qual
dos filhos gosta mais. Pior situação é quando um dos filhos nos inquere para
saber ser ele (ou não) o preferido. Fico — para facilitação — nos seis títulos
que estão em circulação. O Alfabetização
científica: Questões e desafios para a Educação tem como destaque ter os
seus direitos (desde a primeira edição em 2000 à 8ª edição em 2019) destinado
ao Departamento de Educação do MST. Isto para mim é muito gratificante. De meu
muito polêmico A Ciência é masculina? É,
Sim Senhora! já em nona edição, eu tenho muito orgulho por ser aquele que
tem maiores sacações[1]
minhas; é o mais original. O A ciência
através dos tempos, que circula desde 1994 é referência no Brasil quando se
precisa indicar um livro de História da Ciência para neófitos. Vês que fuguei a
uma não-resposta.
Mas
trago uma surpresa: dentre os textos que escrevi (ficção e não ficção) a minha
produção mais querida é Diálogo de
aprendentes. Curto muito sua edição original[2],
assim como
a
segunda edição[3]
mesmo que esta só atualize a vivência de Maria Clara e do professor Giordano.
Ainda não concretizei o desafio de escrever um segundo capítulo acerca do
mestrado e/ou do doutorado de Maria Clara. Ao
leitor que inquerisse acerca do estilo literário do destacado
Diálogo de aprendentes:
ficção
ou não ficção? Diria que o texto é uma hibridação entre os dois estilos
literários. Considero seja uma assemblage.
Isto poderá ser assunto a outra blogada. Por
ora a expectante por um novo encontro quando mais uma vez for sexta-feira.
[1] Há um tempo,
estou desejando propor a dicionarização ao Priberam do substantivo sacação, até porque uma das acepções
dicionarizadas do verbo sacar (Tirar à força; arrancar; extrair) traduz o
significado que se propõem ao substantivo.
[2] Este
texto está inserto como o primeiro capítulo assim referenciado: CHASSOT,
Attico. Dialogo de aprendentes, in MALDANER, Otavio Aloisio (Organizador); SANTOS, Wildson Luiz Pereira dos (Organizador). p. 23-50 Ijuí: Ensino de Química em Foco Editora
Unijuí, 2010, 368 p. ISBN 978-85-7429-888-7
[3] O livro referido
na nota precedente teve uma segunda edição assim referenciada: SANTOS, Wildson
Luiz Pereira dos (in memoriam) MALDANER, Otavio Aloisio (Organizador); MACHADO, Patrícia Fernandes Lootens (Organizadora). Ensino de Química em Foco Editora
Unijuí, 2019, 312 p. ISBN 978-85-419-0180-9.
O blog de um mestre. Vale a pena esperar pelas sextas!!
ResponderExcluirBOM Chassot, Feliz Dia dos Pais,por teus teus filhos e por esta paternidade revelada, agora, quando falas com tanto carinho por teus livros.Isso deixas claro nesta edição de teu blog:A metáfora genética de tua obra
ResponderExcluirOps: Leia-se Bom dia, Chassot!
ResponderExcluir