sexta-feira, 28 de agosto de 2020

28AGOSTO2020 e... o Agosto 2020 se esvai

 


 

 ANO 15

Agenda de Lives em página

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EDIÇÃO

3685

 E... agosto se esvai. O que dizer dele? A assim chamada quarentena já vai fazer meio ano. Lembro que no começo da segunda quinzena de março, refiz a compra de passagem à Marabá do final de março para o final de abril. Tudo parecia que seria logo ali e no máximo se espraiaria por longos quarenta dias. Agora já vencemos 4 x 40 e talvez, venha outro tanto.

Tenho tanto a contar desta última semana de agosto, que devo fazer uma seleção. Não sei bem por onde começar.

Uma semana com cinco lives é para ter saberes a mancheias para trocar. Nas aulas do curso: História da Ciência em um heptagrama, a partir da 3ª aula, passei a dividir o palco com colegas que têm mais expertise que eu. O Felipe na 3ª aula fez uma releitura do Iluminismo com os óculos de Nietzsche; na 4ª aula o Prof. Dr. Rogério Seixas nos levou a uma viagem de circum-navegação com o HMS Beagle; na semana que vem, na 5ª aula vamos a divã do psicanalista Rodnei; na 6ª aula a Ana — uma doutora em Química — catalisará uma caminhada ao avesso: das disciplinas à indisciplina.

É muito significativo o quanto nestes perambulares para fazer Alfabetização Científica eu vou (quase) fisicamente aos locais onde se origina a live. Esta semana estive em dois locais que me são inebriantes e por tal vivi com intensidades inusual duas revisitações.

Na segunda-feira, estive no IFSP campus Sertãozinho onde fui fraternalmente acolhido pelo meu querido amigo Paulo Sergio Calefi, que há um ano me fora anfitrião. Foi muito sumarento sonhar com futuras parecerias. Há porquê torcer para que o pré-candidato se transmute em candidato e, então, em diretor do Campus.

Na quarta-feira, uma vez mais as emoções transbordaram. Voltei a viver utopias. Retornei à Escola que quisera para todos os alunos do Planeta. 


Recordei, levado pelo Prof. Dr. Frederico para evocar os 10 dias de residência na Escola de Ensino Médio do Sesc, DO Rio de Janeiro, há um ano. Desta quarta-feira trago as perguntas de dois participantes me fizeram. Os interrogantes trazidos por uma aluna e por um ex-aluno poderiam originar pelo menos duas outras palestras.

A Alana Meireles com quem evoquei a visita ao Observatório Nacional desde Vilhena RO perguntou: Em seu livro “A Ciência Através dos Tempos” o senhor fala que os gregos são os fundadores da ciência e dá quatro motivos para isso que são: uma grande curiosidade intelectual, ausência de uma organização administrativo-religiosa, uma maior participação dos cidadãos em assuntos públicos e um constante aperfeiçoamento da argumentação e da dialética. Na live, o senhor fala sobre os óculos ao qual vemos o mundo, citando o senso comum, o pensamento magico, os saberes primevos, os mitos, as religiões e a ciência. No momento atual a ciência se mostra de extrema importância no cotidiano das pessoas, porém ainda há aqueles que duvidam e preferem ver o mundo pelos óculos da ignorância, desrespeitando as atuais normas de segurança. A minha pergunta é, o senhor acha que o mundo ao qual vivemos hoje, onde temos todas as informações de maneira rápida e muitas vezes não conseguimos fazer grandes reflexões a respeito das mesmas e nem aprofundar nossos conhecimentos, há pouca participação na vida pública, muitas pessoas vendo os fatos sobre o óculos da religião monoteísta e estando cada vez mais cercado pela argumentação conhecida como “textão do facebook” no qual não há uma discussão e sim um cancelamento de ideias contrárias que podem prejudicar a nossa futura ciência, ou até mesmo diminuir o interesse das pessoas em conhecimento cientifico?

Outro aluno, Gabriel Botelho, já formado na Escola Sesc, cursando Química, perguntou: 1.- De que maneira a ciência poderia transformar o mundo negativamente? 2.- Sobre usar dois óculos diferentes, como evitar conflitos entre eles?

Hoje, quando estiver começando o Shabath, pela primeira vez, estarei em uma escola Beneditina, pois com Alessandra, minha colega da Unifesspa, vamos ao Instituto Pio XI, no Rio de Janeiro ver se Ciência é também coisa de mulher. Expectante.

Três outras gratificações da semana: (1) Um spreaker (que não sabia o que era) publicado em espanhol na Colômbia, onde falo da transição da Idade Média para os assim chamados tempos modernos; (2) ontem à tarde gravei um podcast na Universidade de Coimbra, em Portugal; e (3) um inesperado convite para mediar um diálogo: Espiritualidades em tempos de pandemia entre Monge Budista Padma Santem e o Prof. Dr. Cícero M. Teixeira.

Agora... esperar quando setembro chegar. Talvez, com a primavera superaremos o pandemônio que presidente faz de uma pandemia que melhor seria se transcorresse com menos ameaças de bofeteadas na cara.

5 comentários:

  1. Abraços de sábado agostino, amigo Chassot! Desta Sorocaba, agora com temperatura agradável e com o calor se aproximando, vamos tocando a vida, como se diz em minha amada Angatuba; vejo-me distante dela, desde março. Que questões mais provocadoras e valorosas, as apresentadas pelos estudantes! Como boas perguntas podem desencadear importantíssimas reflexões! Talvez por isso, para se evitar o contraditório, também se proíba de perguntar. Questionar, duvidar, exigir esclarecimentos, pensar e agir com encadeamento lógico, sensato e equilibrado, é tudo o que a ignorância e a truculência afastam e querem eliminar. Por questões de saúde mental e física, de alma, não estou me referindo ao ser abjeto, que também passará, porque o Tempo é implacável e necessário. Friso necessário na concepção aristotélica. Carinhosamente, aquele abraço!

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  2. Muito bom ! Está última de espiritualidade não quero perder !!

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  3. Bernardo, meu filho muito querido!
    Fiquei muito contente com a tua presença aqui no blog. Quando recebi o convite de participar dessa reunião sobre espiritualidades pensei muito em ti. Especialmente porque estaremos vivendo então, com muito destaque, a presença da filosofia budista da qual tu és um seguidor e um difusor muito especial!
    Tenho muito orgulho de ti meu filho por essa tua espiritualidade

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  4. Caro Mestre, que fôlego, hein? Os mais jovens diriam: Isto é viver intensamente!!!
    Abraços

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  5. Uma quarentena? Está mais para Anuário...
    Feliz pela disputada agenda do Mestre. Certamente sã tarefas que se traduzem em energia...
    Saudações...

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