sexta-feira, 22 de novembro de 2019

22.-- Como foi a viagem? / Como foi de viagem?


ANO
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AGENDA 2 0 1 9
EDIÇÃO
3459

Os dois interrogantes que se fazem título da penúltima blogada deste festivo e memorável novembro estão muito no nosso cotidiano. Quase me atreveria dizer (Daniel, SOS!) que eles podem definir diferenças (não disse níveis!) no uso da língua culta.
Um e outro dos interrogantes parece merecerem duas avaliações, pelo menos assim me afiguram. Em uma das avaliações o inquiridor quer saber dos translados (o corretor insiste que deva escrever traslados!) para ir e vir de uma viagem. Em outra, parece se quer saber acerca do como foram os fazeres em função dos quais se viajou.
Esta manhã quando a dona Ceni me perguntou: Como foi de viagem? Eu contei que na ida, na escala em Brasília, depois de ficarmos uma hora embarcados em um avião sem ar condicionado, com promessas a cada 10 minutos que o problema estava sendo resolvido, fomos convidados — depois de uma hora — a desembarcar e caminhar com mochilas pesados distâncias extensas na busca de outro portão para sermos reembarcados. Disse que na volta os transtornos foram mais emocionantes: no voo de duas horas entre Cuiabá e Guarulhos, depois de mais de meia hora de voo foi pedida a colaboração de médicos presentes no voo, pois era necessário prestação de socorro a passageiro. Durante o atendimento éramos mais de duas centenas de passageiros interrogantes. Depois do transcurso de dezenas de minutos, fomos informados que retornávamos à Cuiabá. Partimos, uma vez mais, à Guarulhos duas horas depois. Claro que com isto perdi a conexão para Porto Alegre. Afortunadamente havia um voo 2,5 horas depois. Parti em hora que há muito já estaria em casa. Cheguei quase duas horas de quarta-feira (mais de 11 horas depois de ame presentar no aeroporto para embarque) e ainda sem minha mala, que só foi me entregue 20 horas depois. Dona Ceni, que nunca andou de avião, achou significativo manifestar seu dó, pelos meus dissabores.
Para a Luciana, que perguntou: Como foi a viagem? Contei das palestras, das aulas e, detalhei a defesa da Patrícia, cujo objeto de pesquisa já está farta de ouvir.
No projeto de tese apresentado à qualificação pela Professora Patrícia Rosinke (UFMT/campus Sinop) no dia 18/11/2019 depois de ter sido submetidas em duas pré-qualificação, nos Seminários 1 e 2 em Manaus em 2018 e 2019, nesta segunda-feira se trouxe a proposta de se examinar o quanto são tênues os limites entre o sagrado (religião) e o profano (ciência) — ou entre o ensino de ciências e o ensino religioso. Há uma situação aparentemente exótica: na catedral católica romana de Sinop, 4 entre 7 painéis (8 x 6,5 m) recorrem a representações iconográficas dos quatro elementos alquímicos (água, ar, fogo e terra) para se fazer a representação do sagrado marcando não apenas o tetramorfo dos quatro Evangelistas (Lucas, Mateus, Marcos e João), há, ainda, um tetramorfo formado pelos quatro animais, que segundo Ezequiel, profetizam os quatro evangelista na mesma ordem antes citadas, (touro, homem, águia e leão); um observador mais atento encontra nos painéis os 4 dogmas marianos (imaculada concepção, mãe do salvador, sempre virgem e assunta ao céu com corpo e alma) localizado cada um em um dos quatro pontos cardeais.
Nessa Tese trazemos algo original ou pelo menos não muito usual em teses doutorais: é de senso comum que uma tese é uma construção coletiva envolvendo o doutorando e o orientador. Fizemos isso mais evidente como uma ‘assemblage’ com textos da doutoranda e do orientador, como um vinho (no sentido mais usual) de diferentes cepas..
A pesquisa tem como sujeitos colaboradores licenciandos do curso de Ciências Naturais com habilitação em Química, da UFMT de Sinop/MT. Parece não existir nenhuma produção acadêmica acerca dos quatro elementos em espaços sagrados, também parece que não há nenhuma pesquisa acerca dos painéis da catedral de Sinop, MT. As considerações preliminares nos permitem afirmar que: o tema é importante na formação de professores de Ciências/Química; de acordo com as justificativas, principalmente porque ciência e religião são onipresentes em nossas vidas e por considerar a escola um espaço fundamental na formação dos sujeitos, sendo as aulas de Ciências motivadoras de discussões sobre a vida e seus fenômenos. Assim, já nos primeiros olhares – que somos induzidos a confirmar a nossa tese, de que são muito tênues os limites entre o sagrado e o profano, ou entre a religião e a ciência.
Geison (IFMT) Patricia (doutoranda) Chassot (Unifesspa), Gladys (Coordenadora do Programa, Marcel (UFMT)
A tarde foi preenchida por extenso tempo de aprender com a qualificação da tese de doutorado da Patrícia que foi aprovada por unanimidade pelos dois professores presentes Professor Geison Jader Mello do Instituto Federal de Mato Grosso e professor Marcel Thiago Damasceno Ribeiro da Universidade Federal do Mato Grosso e por três pareceres enviados: professor Helder Eterno da Silveira da Universidade Federal de Uberlândia, professora Patrícia Macedo de Castro Universidade Estadual de Roraima e professor Felício Guilardi Junior da Universidade Federal do Mato Grosso Câmpus Sinop. Os cinco pareceres foram unânimes em reconhecer a pertinência e a importância da tese proposta e as qualidades teóricas da mesma. A proposta de fazer uma ‘assemblage’ ao que parece por ser inédita na academia foi muito elogiada. Agora há pela frente a extensa apropriação das sumarentas contribuições da banca e elaborar a versão para a defesa final.

4 comentários:

  1. Ainda bem que os contratempo do voo foram na volta professor! Essas situações geralmente nos deixam exaustos! Seu blog hoje trouxe além uma síntese muito boa da nossa pesquisa, leitores poderão ficar curiosos!!!

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