ANO
11 |
um muito venturoso
Dia Internacional da Mulher.
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EDIÇÃO
3274
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É um 8 de março
significativo. Dia Internacional da Mulher. Estou em extensa viagem: Porto
Alegre / São Paulo / Belém. Não sei se dormi. Diferentemente de um ônibus, onde
durmo de verdade, em avião parece que sonambulizo.
Queria escrever algo
às mulheres pela data. É indiscutível o mérito delas. Amealho lembranças e
nelas as mulheres surgem fortes.
Há não muito (era
ainda madrugada quando saí de casa), olhava Vênus, magnífico e quase solitário,
sendo de vez em vez ocultado por nuvens. Mas ele parecia ressurgir mais brilhante.
Lembro de minha mãe. Ela foi / é / será minha estrela d'alva — o meu preferido
Planeta Vênus. Lembrei de minhas duas avós. Retorna a sensação, que por terem partido
há muito, eu as pouco fruí. Lembro-lhes a sabedoria. Suas imagens são substituídas
pelas de minhas duas queridas irmãs. Ainda hoje elas me acarinham. Uma se
parece com minha vó materna e outra com minha vó paterna. Mendel sabia das
coisas.
No Boulevard por onde
passeio minha vida estão em destaque minhas duas filhas que acalentei sedentas
por histórias. Elas se transmutaram de meninas em mães zelosas. Como a
maternidade as fez grandes. Na Ana Lúcia e na Clarissa evoco a mãe delas e
viajo há um tempo em que se dizia que o amor era cego, mas que sabia ser
bonito. A minhas filhas juntam-se outras duas mulheres muito especiais: minhas
duas noras, que são presentes por quem tenho gratidão. Sou privilegiado com uma
parentela muito querida traduzidas por minhas cunhadas e nestas adito aquelas
que ganhei no recasamento. Evoco duas muito especiais: a Lizane e a Jane; elas estão
aqui marcadas por saudades, embaladas por frutuosas lembranças.
Neste dia de
celebrações dentre uma dezena de netos, encanta-me referir a minhas quatro
netas: Maria Antônia, Maria Clara, Carolina e Betânia. Elas estão na
dedicatória em A Ciência é Masculina?
prognosticadas como "mulheres de novos tempos".
No mesmo texto
confiro a Gelsa o meu continuado reconhecimento pois "com seu fazer
acadêmico ajuda a chegada de novos tempos". Escrevi em um outro ofertório
(e ratifico aqui): “À Gelsa, sempre um maravilhoso catalisador — com quem
partilho, também, uma continuada parceria intelectual. Há para mim continuados
desafios, devido à reconhecida estatura intelectual de minha companheira. As
passadas de gigantes são exigentes para acompanhar na feitura de caminhos”.
Nesta evocação que
poderia ser titulada 'as mulheres de
minha vida' o destaque para a Gelsa, que há trinta anos, redirecionou minha
história. Uma companheira de vida que também faz parceria nos fazeres acadêmicos
é algo muito especial.
Ela não apenas
agraciou-me com a Laura e com a Júlia que na minha constelação familiar
prefiro-as com nominação em inglês 'stepdaughters' à usual palavra em português,
que desde a história da Branca de Neve de minha infância tem ressaibo áspero.
No meu ser da Gelsa sou enriquecido com outras mulheres de seu clã; estas são
personalizadas por outra estrela de primeira grandeza: a Liba, minha sogra que
com sua maravilhosa sabedoria de seus 95,5 anos a cada dia me faz espraiar
continuada admiração.
Há algumas profissionais,
que devido o meu acumular anos, estão mais atentas ao meu cotidiano: há personal
trainer e fisioterapeutas; há a Rose, um factótum.
Há um nome especial
para aditar nesta litania de mulheres. Celina Sá Fortes, que 70 anos, foi a
minha primeira professora, no Grupo Escolar Marcelo Gama, em Estação Jacuí, lugarejo
onde nasci, hoje pertencente ao município de Restinga Seca. Na professora
Celina homenageio todas as mulheres que foram minhas professoras em minha já
extensa trajetória de aprendente. Há minhas colegas de profissão sempre
atenciosas, as mestras e doutoras que orientei e uma legião de ex-alunas que de
vez em vez reencontro com sumarentas gratificações.
Referi algumas, faltam
outras tantas mais; esquecidas... talvez. Para cada uma e para cerca de 50% da
metade da população do Planeta desejo um muito venturoso Dia Internacional da Mulher.
Querido amigo Chassot! Permita-me aproveitar deste teu espaço e compartilhar com os leitores algumas linhas homenageando, para além dos tempos, as mulheres:
ResponderExcluirMULHER
Quem dera fosse eu poeta...
Eta, brilho bonito a reluzir na imagem feminina!
Ela, que desde menina, rima
Faz tantos versos, diversos dizem.
Mas, eu cá comigo, me esqueço da sua graça
E só penso no meu umbigo.
Às vezes, por receio ou medo
Eu me esfrego em pensamentos para entendê-la.
Já me disseram: - é impossível!
Agora que começo a aprender, descubro
Posso fazer.
E como será?
Por muitas eras, sem concorrer com o Divino.
Porque se posso amá-la do meu jeito
Aproximando-me do seu
Deus pode fazê-lo do jeito que ela é,
Afinal foi Ele quem a fez, do jeito Seu.
Abração!
Poeta amigo!
ResponderExcluireste espaço é também teu para poetares bonitamente.
Te aquerencia aqui,
um abraço desde Belém, a terra das mangueiras