ANO
11 |
Uma vez mais…. P A R I S
FÉRIAS 22/24
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EDIÇÃO
3266
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A sexta-feira começou ensolarada em Paris, com temperatura
agradável (em torno de 8ºC), mas o entardecer, pelas 17h, era chuviscoso e
frio. Nestes dois cenários estava na rua: no primeiro, me encaminhando e no
segundo, retornando da atração maior de meu fazer turismo, ontem: o Musée de l'Homme ou o Museu do Homem,
localizado na estação de metrô Place du Trocadéro, a mesma para visitar a Torre
Eiffel.
Fiquei mais de 4 horas no museu (em dia que houve um araque no museu do Louvre) e se o cansaço não me
vencesse, havia exposições por ver para, no mínimo, outras quatro horas. Não
tenho como fazer uma síntese do que vi e aprendi no museu etnográfico de Paris fundado
em 1878 como Museu Etnográfico do Trocadéro. O Museu do Homem foi criado por ocasião da Exposição Universal de
1937, a partir de coleções e acervos que vinham sendo reunidos desde o século 16.
Atualmente, o Museu
do Homem é vinculado ao Museu Nacional de História Natural apresentando um
vasto painel relativo às ciências humanas, com itens que vão da pré-história
até a contemporaneidade, passando por áreas como antropologia, etnologia,
arqueologia, biologia, meio-ambiente, história e geografia, sempre tendo a raça
humana, com sua evolução e cultura, como ponto focal.
A extensa exposição permanente procura responder em três
pavimentos a três grandes perguntas: Quem
somos nós? De onde viemos? Para onde vamos?
Estas perguntas vão sendo respondidas em diferentes dimensões,
destacando a nossa história evolucionista. Há também, nesta mesma linha, muitas
outras exposições laterais.
Um detalhe que também teorias científicas que não
tiveram sucessos são trazidas ao público. Assim a frenologia
[uma teoria que reivindica ser capaz de determinar o caráter, características
da personalidade, e grau de criminalidade pela forma da cabeça (lendo
"caroços ou protuberâncias") (Wikipédia)] e outras propostas em busca
do ‘corpo perfeito’.
Diferentes mostras como por exemplo, o smartphone se fez quase universal quanto ao uso, mas individual no tipo de capa ou na configuração da página de abertura. Outro segmento significativo é acerca da domesticação de animais e plantas, por exemplo, o arroz originado na China hoje tem consumo universal. Para ilustrar um dos segmentos trago uma ilustração na foto que fiz de um ônibus de Dakar. Outro tema destacado é a arqueologia da saúde, na busca dos conhecimentos primevos. Claro que me lembrei da tese de doutorado da Irlane Maia defendida há menos de um mês em Manaus.
Diferentes mostras como por exemplo, o smartphone se fez quase universal quanto ao uso, mas individual no tipo de capa ou na configuração da página de abertura. Outro segmento significativo é acerca da domesticação de animais e plantas, por exemplo, o arroz originado na China hoje tem consumo universal. Para ilustrar um dos segmentos trago uma ilustração na foto que fiz de um ônibus de Dakar. Outro tema destacado é a arqueologia da saúde, na busca dos conhecimentos primevos. Claro que me lembrei da tese de doutorado da Irlane Maia defendida há menos de um mês em Manaus.
O artista convidado para exposição temporário é o
brasileiro, nascido na Polônia, Frans Krajcberg, conhecido escultor que na defesa
da Amazônia usa material resíduos das queimadas de florestas. A foto é de uma
das esculturas expostas.
Comprei livros que vão me ajudar em meus estudos. A
propósito alegra-me dedicar esta blogada ao museólogo e museófilo Guy Barros
Barcellos, que o criador de museus natureza. Muito do que vi no Museu do Homem parecia ter assinatura
de meu colega e amigo Guy.
O homem, ser enigmático. É possível compreendê-lo? Nestes tempos de sistematização do homem, em que há uma verdadeira individualização do mesmo imprescindível a pergunta: qual evolução? A tentativa de nos conhecermos é necessária para que a vida tenha sentido...
ResponderExcluirO homem, ser enigmático. É possível compreendê-lo? Nestes tempos de sistematização do homem, em que há uma verdadeira individualização do mesmo imprescindível a pergunta: qual evolução? A tentativa de nos conhecermos é necessária para que a vida tenha sentido...
ResponderExcluirAve, Magister. Nesta época de sombras e intolerâncias recrudescidas é bom e importante lembrar do que o homem (ser humano) é capaz de criar. A potência criativa e gerativa do homem não tem limites. Comove-me ler nossa história e saber que também temos Hipácia, Shakespeare, Bach e Curie. Cumpre-nos, também, reiterar a importância das Ciências Humanas na formação das pessoas. A exatidão das hard-sciences tira a poesia da existência e faz que esqueçamos a dimensão subjetiva da condição humana. Nosso Paradigma Perdido, nas palavras de Morin. As Humanas lembram-nos de que o que nos faz humanos é o sentimento de solidariedade, empatia e ternura. As esculturas de Karjcberg lembram-me as do Hamilton Coelho, amigo do meu pai, que é escultor e trabalha com ossos de baleia, conchas e pedaços de madeira que aparecem nas margens da praia do Hermenegildo.
ResponderExcluirObrigado pela dedicatória. Impregnou-me de alegria e orgulho.
Meu querido amigo e colega Guy,
ResponderExcluira dedicação desta blogada a ti é de direito e de fato. No dia imediato, ao visitar o Jardin des Plantes, dizíamos tanto a Gelsa como eu: "Aqui devia estar o Guy!".
Obrigado por dares, com tua sapiência, um upgrade ao meu texto que, com tua divulgação no Facebook, quase triplicou a frequência, chegando a cerca de mil acessos.
Saudades de revê-lo, agora que que voltas ao seio enxovalhado de uma pátria que uma vez se cantava como amada.