sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

03 Em um momento lutuoso

ANO
 11
Uma vez mais…. P A R I S
FÉRIAS 21/24
EDIÇÃO
 3264


Esta edição abre com uma muito sentida manifestação de dor pela morte de MARISA LETÍCIA LULA DA SILVA (1950—2017). Uno-me à dor do Presidente Lula e de todos que sentem esta morte prematura, talvez, causada por calúnias e injustiças. Obrigado, dona Marisa, pelas bandeiras do PT que nos ensinou a coser.

Há que fazer uma correção acerca da referência ao Jamil ontem referido como sendo o primeiro cidadão da AEU que conhecemos. Foi ele que nos trouxe ao aeroporto na manhã de ontem, por tal esta retificação a posterior.

Ele, mesmo nascido nos AEU, filho de pai emirático não é cidadão dos AEU, porque sua mãe — uma das três esposas de seu pai — é inglesa. Isso evidencia como dentre filhos de um mesmo pai há discriminações, pois uns podem ser privilegiados e outros não. Assim, não falamos, e provavelmente, não vimos, nenhum emirático nos dias que estivemos nos AEU.

Nosso retorno do mundo arábico intra Golfo teve inicialmente um voo de 80minutos de Abu Dhabi à Doha. A estada na capital do Qatar foi alargada em uma hora pela diferença de fuso. Ficamos em lounge de companhia aérea catarense tido como o melhor do mundo. É muito bonito, mas não sei avaliar o título triunfalesco.

Quando relatei encantado, há duas semanas, a viagem Paris/Doha, referindo que fora quase um tapete mágico o voo era da mesma companhia e de mesmo preço para trecho inverso. Tínhamos então imensas (e exageradas) expectativas de repetir o bem-estar cantado então. A troca de modelo de aeronave de um Airbus 380 na ida por um 330, agora foi parte da frustração. Enfim, as sete horas de viagem de volta foram tediosas.

Chegamos em Paris às 20 horas em Doha já era 22h e em Abu Dhabi, de onde partimos, 21 horas. Para quem deixara o Hotel às 8 horas, mostra que 13 horas é de bom tamanho para achar a viagem cansativa.

Já era bem mais 21h (17h, em Porto Alegre, pois, agora voltamos a ficar com quatro horas em relação a Brasília) quando saímos do aeroporto com uma agradável temperatura de 14ºC para uma noite cerrada do inverno parisiense. Logo, podemos ser reabastecidos de notícias do lutuoso momento brasileiro pelos 
jornais 247 e Diário do Centro do Mundo.

É doloroso ver-se, na contemplação da morte de dona Marisa, como o Brasil, desde o dia da vitória de Dilma na reeleição, ficou dividido em duas partes que não são capazes de se entender, fazendo que a cada dia afundemos mais como nação. Talvez o luto de hoje possa catalisar entendimentos.

4 comentários:

  1. obrigada pelo blog...muito muito bom ler
    Elzira

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    1. Muito querida Elzira,
      alegra-me sempre saber a que continuo tendo uma muito estimada leitora em Maravilha

      Obrigado

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  2. Dentre os afazeres por aqui, amigo Chassot, pensando no problema de água que falta nas torneiras de Sorocaba/SP por conta da tempestade da semana passada, leio sua postagem. Gosto de comentar, porque também gosto de conversar. Mas, agora, emudeço. Seu relato, como dos outros dias, é o mais completo do seu coração, pelas belas viagens até aquelas com problemas e dificuldades. Mas, quem disse que toda viagem é isenta deles? Hoje, especialmente, chamam minha atenção suas palavras sobre Marisa do Lula. Posso dizer-te, amigo de Porto Alegre e da Terra, que uma mulher na condição de parceira integral é do tamanho da sua enorme dignidade. É o que penso dela, desde que com Lula está. Permita-me nada mais dizer e somar-me, de modo completo, às suas palavras de emoção e solidariedade. Que o nosso Brasil consiga conversar!

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  3. Muito querido amigo Élcio Mário!
    primeiro, a manifestação de minha gratidão de tê-lo como leitor deste blogue. Tu como escritor, envolvido neste fabuloso diálogo escrita<>leitura, sabes o quanto é bom receber uma manifestação de um leitor. Teus comentários, me fazem distinguido;
    Estou na torcida (aceite meu pensamento mágico) para que as águas voltem às torneirs sorocabanas. Linda tua adesão à dor de muitos brasileiros pelos momentos lutuosos. Triste o ódio de alguns,
    É preciso que o Brasil volte a conversar
    Um afago desde uma Paris chuviscosa,

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