domingo, 1 de janeiro de 2017

01.- Agora, finalmente 2017!

ANO
 11

              F E L I Z 2 0 1 7!
EDIÇÃO
 3237


Sim...finalmente é 2017. A foto que ilustra esta blogada é o compartilhamento da primeira floração de uma planta aquática da fonte de meu jardim. Foi uma surpresa linda que recebi de fim de ano.
Mesmo sabendo que estas trocas de datas são simbólicas e há um relativismo acerca de quanto as mesmas ocorrem marcadas por convenções diferentes. Mas, não negamos, elas ‘mexem’ em nossas vidas.
Elas são construções históricas relacionadas densamente com nossa ancestralidade. Primeiros aprendemos que havia um dia e uma noite que se alternavam. Aprendemos com isso o conceito de um tempo de trabalho (o dia) e um tempo de repouso (a noite). Nossos avoengos logo viram que dos setes corpos celestes que governavam suas contemplações dos céus, havia um que aparecia radiante quando era claro. Os outros seis eram vistos à noite. Talvez, surgisse aí a ideia de ter, cada sete dias... um dia de descanso. À repetição de tempos para semear e tempos de colher, associaram as estações do frio e calor e a estas se junta a percepção de ano.
Mas estas datas são relativas e muitas vezes determinadas por autoridades que não tinham aceitação de todos. Há um exemplo histórico.
O nosso atual calendário (gregoriano) foi promulgado pelo papa Gregório 13, em 1582, em substituição ao calendário juliano que fora implantado ainda antes da era cristã. Inicialmente só Itália, Espanha, Portugal e Polônia o adotaram.
Isso exigiu diferentes ajustes. Um deles (talvez, o mais visível): a supressão de 10 dias. Assim, à quinta-feira 4 de outubro de 1582 seguiu-se a sexta-feira, 15 de outubro. Assim, santa Teresa de Ávila, importante carmelita mística espanhola morreu no dia 4 de outubro de 1582 e foi sepultada no dia seguinte, 15 de outubro.
Os países que aderiam a Reformas no século 16, não aceitaram o calendário da igreja romana, preferindo, segundo o astrônomo Johannes Kepler, "estar em desacordo com o Sol a estar de acordo com o Papa". A adoção do calendário na Grã-Bretanha e suas colônias só ocorreu em 1752. Assim, por quase 2 séculos, países muito importantes tinham calendários diferentes. Por exemplo, Isaac Newton nasceu em 25 de dezembro de 1642 ou em 4 de janeiro de 1643? As duas datas estão certas. A segunda está no calendário gregoriano (do papa, como era chamado). A primeira, pelo juliano.
Todo esse extenso preâmbulo foi para mostrar que não há um toque de mágico: a meia noite mudou o ano e temos um ano novo... até porque, mesmo no Brasil viveremos a virada em três fusos diferentes.
Independente de tudo sonhamos com um ano novo melhor. Há sonhos acalentados que se farão realidade. Sempre bom lembrar, para tal: é preciso resistir para existir. ReXistir é preciso. Neste dito novo ano são: ReXistamos juntos!
Isso fará 2017, ainda, melhor.

4 comentários:

  1. As flores são a prova de que em QUALQUER TEMPO É MOMENTO PARA SORRIR. Elas reSistem muitas intempéries, turbulências, enfim...sem, jamais deixarem de florir com todo vigor. Então, reXistiremos, sim, querido Mestre.
    Grande abraço

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    1. Meu querido Vanderlei & trio que faz Saudades.
      Eles podem fazer fenecer nossas flores, poderão apagar nossos sorriso, vigiar nossas aulas, mas não vão roubar nossa ideia, porque eles não sabem sonhar.
      ReXistamos juntos.

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  2. Ave, Chassot. Obrigado por soprar esta lufada de otimismo e entusiasmo. Que floresçam e flutuem reXistências e vontades para um 2017 em que se possa crer numa nesga tímida de aurora. Nem que sejam as austrais, efêmeros lampejos cintilantes de inquietações atômicas que inundam de luz a treva mais fosca. Amanhã assistirei ao Plácido Domingo cantar Nabucco. Sentirei na pele o pathos do Va Pensiero, no qual os hebreus lastimam a destruição de sua bela e perdida pátria. Abraços meu querido amigo

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  3. Meu querido amigo Guy!
    Obrigado por teu generoso comentário. Tu não apenas valoriza o blogue mas conferes uma super valorização a meus textos.
    A cada ano, quando em dezembro/fevereiro, migras ao Hemisfério Norte, agora mais precisamente à TrumpLand, pode-se receber algumas peninhas de tuas sumarentas fruições cientificas e artísticas. Obrigado por tal.
    A propósito, alegra-me anunciar que o blogue entre 14 de janeiro e 07 de fevereiro fará relatos de viagens a mares nunca dantes navegados.
    Não deixaremos que nos roubem a ideia. ReXistamos juntos.
    Saudades

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