sábado, 31 de dezembro de 2016

31.- Annus horribillis, BIS

ANO
 11
Adeus 2016
Seja Bem-vindo 2017!
EDIÇÃO
 3236


Finalmente, o dia de são Silvestre chegou. Nem vou buscar na história do cristianismo
quem foi este 33º papa da igreja romana, da época do Imperador Constantino no século 4º e nem vou buscar conexões com a famosa ‘corrida de são Silvestre’ e muito menos com os ‘bailes de são Silvestre’ de minha juventude, quando à meia-noite, parava a dança para se cantar ‘Adeus ano velho, feliz ano novo!’.
Independente do santo do dia, esperamos a passagem desse dia como nunca. Na edição do último dia 15 justifiquei o epíteto de ‘annus horribillis’ para esse interminável 2016. Renovo para esta edição o mesmo título de então. Não fiz pesquisa, mas parece senso comum à maioria: 2016 foi o pior ano que vivemos. Quase caberia trazer aqui aquela falsa aura de cientificidade, muitas vezes conferida ao senso comum: para 98% das pessoas 2016 foi um ano horrível.
Autoplagio-me e repito algo do que escrevi dia 23: Há pouco a festejar. Há muito a lamentar neste 2016. É um ano de muitas perdas, marcadas por um lúgubre 31 de agosto. A democracia foi violada. Estamos sob governo golpista. Acenam com assalto à liberdade de ensinar.  2017 surge com anunciadas perdas de conquistas. Direitos adquiridos são raptados. É preciso resistir para existir. ReXistir é preciso.
Não precisaria mais nada para qualificar 2016. Tragédias como o desastre da Chapecoense, ao que parece determinadas pela ganância de uns e inflada por uma imprensa vampiresca ou a eleição de Trump de consequências imprevisíveis não se sobrepõem ao que ocorreu na política brasileira. Parece que nada mais vale aditar acerca deste bissexto 2016. Vade retro 2016!” Votos para novo ano são: ReXistamos juntos!  Isso fará 2017 melhor.

2 comentários:

  1. Amigo querido,
    Municiemo-nos com lucidez, vontade, conhecimento e união para este ano que não se mostra menos adusto que 2016.
    Obrigado por nos ajudar a manter o espírito altivo e a vontade plena, nesta noite que faz a aurora recuar, nesta bruma que não sobe...
    Abraços de comiseração e força. Levem tudo, mas não levarão a ideia.

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