ANO
10 |
EDIÇÃO
3102
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Estou desde ontem, quarta-feira, em Ji-Paraná em Rondônia,
acolhido queridanente por antigos e novos colegas. Minha viagem foi Porto
Alegre/ Curitiba / Londrina / Cacoal de onde fiz por terra 120 Km para chegar
ao meu destino, doze horas após deixar a minha casa. À noite (aqui: 20h
/ Cuiabá: 21h / Porto Alegre: 22h), depois
dos atos formais de abertura do IV Seminário do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência -
PIBID que tem como tema: "Construindo Saberes para a Prática da Docência" no IF-RO, proferi, para um auditório atento e lotado, a palestra Das Disciplinas a Indisciplina. Algo inédito:
em momento olho no meu relógio e vejo que já é quase 1h (aqui: quase
23h) da madrugada de quinta. Nunca virara um dia (pelo meu relógio
biológico) dando palestra. Outra originalidade: após a palestra, com todo o
calor o convite para tomar caldo (quente) com cerveja.
Hoje à noite, tenho um minicurso Saberes Primevos fazendo-se Saberes
Escolares e à tarde, faço a palestra, fora do evento, Assestando óculos para olhar
o mundo na Universidade Federal de Rondônia. Na sexta uma extensa
volta, que incluirá uma escala em Vilhena.
Ji-Paraná, fundada e emancipada em 22 de novembro de 1977, (com
seus quase 38 anos, é como cidade um pouco mais nova que Sinop, onde estive há
duas semanas). Com população de mais de 120 mil habitantes, é o segundo município
mais populoso de Rondônia e a 113ª cidade mais populosa cidade do interior
brasileiro.
O nome do município é de origem tupi, significando "grande
rio dos machados", através da junção de yî (machado) e paranã (mar, grande
rio). É uma alusão ao grande número de pedras que se parecem com machados
indígenas. A cidade também é conhecida por "Coração de Rondônia",
devido à localização da cidade na região central do estado e à presença de uma
ilha com o formato que lembra um coração, localizada na confluência dos rios
Machado e Urupá.
É a minha primeira vez em Ji-Paraná, mas não em Rondônia. Em
2005 voltei a Rondônia (então dei palestras em Porto Velho e Ariquemes) depois
de trinta anos. Estive no então Território Federal (Rondônia passou a categoria
de Estado em 1986) de 6 de janeiro a 6 de fevereiro de 1975. Então participei
como professor de Química no Curso de Licenciatura de 1º Grau, que a UFRGS
mantinha no seu Campus Avançado de Porto Velho. Essa atividade era parte do
Projeto Rondon – iniciativa do governo brasileiro, coordenada pelo Ministério
da Defesa, em colaboração com a Secretaria de Educação Superior do Ministério
da Educação – MEC. Criado em 11 de julho de 1967, durante a ditadura militar, o
Projeto Rondon tinha como objetivo promover o contato de estudantes
universitários voluntários com o interior do país, através da realização de
atividades assistenciais em comunidades carentes e isoladas. Recordo, por
exemplo, que várias universidades mantinham campi em áreas de fronteira e
também carentes em ensino superior. Assim a PUC-RS tinha em Taguatinga,
Amazonas e a UFSM em Boa
Vista , Roraima.
Foram dias memoráveis. Lamentavelmente, então, eu não fazia
diário, como hoje, e não tenho como trazer evocações mais detalhadas. Sei que
tive um caderno de apontamentos, mas este e as cartas que enviei para os meus
familiares não foram localizados. Recordo que fiz um texto que foi publicado em
algum órgão da UFRGS. Então não havia os arquivos eletrônicos como hoje.
Encontrei apenas uma página de relatório das aulas e nada mais. Assim, hoje me
faço memorista no sentido pleno.
Houve um grupo com cerca de duas dezenas de professores
selecionados pela UFRGS para lecionar, em diferentes etapas em um curso de
Licenciatura para diferentes áreas. Eu fui escolhido para lecionar Química.
Lembro de poucos nomes que estavam na mesma etapa que eu: Cícero Marcos
Teixeira(que me escolheu para ficar no mesmo quarto que ele, pois não fumávamos),
Airton Negrine, Arines Ibias, Arlene Bohn e Luiz Oswaldo Calvete Correa.
Recordo outros nomes, mas não os menciono, pois não tenho certeza. A assessora
pedagógica era a professora Norma de Lúcia Ferreira e o coordenador do Campus
era o professor Carlos Miranda Garcia. Recordo que houve algumas reuniões
preparatórias em Porto
Alegre.
É salutar estar
na Amazônia mais uma vez. Por tal, votos de uma bom dia a cada uma e cada um.
Incrível. O mestre vive na prática algo que se encontrava no imaginário quando criança: esta em muitos lugares. Um verdadeiro privilégio. Grande abraço.
ResponderExcluirIncrível. O mestre vive na prática algo que se encontrava no imaginário quando criança: esta em muitos lugares. Um verdadeiro privilégio. Grande abraço.
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