ANO
9 |
EDIÇÃO
3054
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Este último domingo
do semestre, que quase encerra este extenso junho, enseja um rescaldo desta
semana frutuosa que se esvai. Faço isso com brevidade.
Um dos destaques foi
ter assistido, na última segunda, dentro do Fronteira
do Pensamento, a conferência de Jimmy Wales, um dos mais destacados
empreendedores da internet, pioneiro em wiki – nome genérico para websites
colaborativos – e visionário da tecnologia. Referido pela Forbes Magazine como
“uma celebridade da web". Em 2001, juntamente com Larry Sanger e outros,
fundou a Wikipédia, a maior enciclopédia on-line colaborativa internacional com
conteúdo aberto e gratuito. O projeto, que é o quinto site mais popular do
mundo, possui mais de 30 milhões de artigos, escritos por voluntários, em 280
idiomas.
Nas aulas de Teorias
do Desenvolvimento Humano, na segunda e terça discutimos o livro A Ciência é masculina? É, sim senhora! que
despertou muita atenção das turmas da manhã e da noite do curso de Licenciatura
em Música.
A quarta, quinta e
sexta foram de três de saberes e sabores trazidos em quatro falas dirigidas especialmente a
professoras e professores indígenas, quilombolas e do campo no bojo da JORNADA
CUIABANA DE ENSINO DE QUÍMICA COM CHASSOT: O FAZER/ENSINAR CIÊNCIAS NA
DIVERSIDADE
na UFMT, que contei aqui na edição da última sexta. Antes de deixar a Capital do Mato Grosso, o Eduardo Mueller
presenteou-me um estar com mítico professor Vavá, cuja casa é um original museu
de arte naif pantaneira contemporânea. Foram momentos indizíveis.
O retorno foi
marcado por quatro voos Cuiabá / Campo Grande / Maringá / Curitiba / Porto
Alegre. Como todos são menores de 50 min, não ensejam as necessárias dormidas.
Sodoku tornou-se um amenizador do maçante sobe/desce que me entregou no começo
do sábado à minha Morada dos Afagos.
Ainda na segunda, na
aula da Universidade do Adulto Maior, elaboramos a carta, que permitiu a
tessitura da blogada LAÇAÇO EM UM
MACHISTA na última terça-feira. Esta edição mereceu dois comentários antípodas
um do Jair Lopes, de Florianópolis, SC e outro do Antonio Furtado, de Niterói,
RJ, que merecem ser catapultados para a esta edição. Aquele poetou um soneto-acróstico;
este assumiu o papel de advogado do diabo, absolvendo o exorcizado prêmio Nobel.
Há um excelente exercício da diversidade, na constatação quanto um e outro têm
consistentes argumentos em direções opostas.
Soneto-acróstico À
igualdade
Machos e fêmeas sempre iguais serão Assim os concebeu a sábia natureza Contestar aquele evento da evolução Há que manter a discriminação acesa. Infenso à igualdade, machismo grassa Seja na arraia miúda, ou entre nobéis Toda essa gente defecando na praça Apedeutas idiotas vão fazendo papéis. É lamentável que isso aconteça ainda Burrice da mais peçonhenta qualidade Uma vez machista, seu respeito finda. Richard Timothy Hunt e a bestialidade Rei do besteirol que mundo prescinda Opositor da integração e da igualdade. |
Como o Advogado do Diabo. Caro Mestre Chassot, permita-me a audácia de incorporar
o advocatus diaboli e defender o
laureado cientista. Não vejo as afirmações do mesmo com os mesmos olhos de
nossa ferrenha crítica. Acredito que a mesma, não sei até que ponto
inocentemente, deturpou o real sentido. Vejo as palavras do intelectual muito
mais um elogio as mulheres do que como uma crítica, e digo mais, até
compartilho de sua opinião, pois inegavelmente a beleza feminina nos inebria
e muitas das vezes nos desvia atenção. E isso é tão verdade que comerciais de
tv, recepcionistas, aeromoças, grandes vendedoras etc. são lugares de belas
mulheres. Como diria Vinicius "Me perdoem as feias, mas beleza é fundamental."
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