sexta-feira, 17 de abril de 2015

17.- DESDE O ACRE DO IMPERADOR GÁLVEZ E DE CHICO MENDES


ANO
 9
EDIÇÃO
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Ontem contei aqui a minha estada, pela primeira vez no Acre. Ela foi muito gratificante. Mesmo saindo de Porto Alegre no final da tarde de quarta-feira, cheguei em Rio Branco [em duas etapas: Porto Alegre / Brasília / Rio Branco (2027km + 3123km = 5.150km)] ainda no final de quarta-feira pelo horário local, até porque aqui se está com duas horas aquém do horário de Brasília.
Minha agenda na quinta-feira foi de três turnos na Universidade Federal do Acre. Pela manhã e à noite fiz palestras com auditórios concorridos. Pela manhã, dentro das comemorações dos 10 anos do Curso de Química da UFAC discorri acerca de assentar óculos para olhar o mundo. Na fala da noite, além dos participantes que estavam pela manhã, participou um grupo significativo de alunos e professores do IFAC, para uma fala que teve como tema central "Das disciplinas à indisciplina".
Na tarde de ontem participei de uma banca de defesa de mestrado de Elisângela Maria de Souza Anastácio, que orientada pela Prof. Dra. Anelise Maria Regiani elaborou uma dissertação e apresentou um produto de unidades didáticas para o ensino médio privilegiando “Contextos regionais e saberes tradicionais: a história da borracha no estudo de polímeros”. Participou comigo na banca o Prof. Dr. Evandro Ghedin, da Universidade Estadual de Roraima (UERR). Esta dissertação é vinculada ao Programa de Pós Graduação em Ensino de Ciências, da UERR.
Acerca do trabalho da Elisangela, que é professora do Colégio de Aplicação da UFAC refiro uma originalidade: alunos do ensino médio envolvem-se no aprendizado da extração da borracha natural e seu processamento industrial visitando uma fábrica de preservativos masculinos (camisinhas) em Xapuri, terra natal de Chico Mendes. A fábrica é gerenciada pela Fundação de Tecnologia do Estado do Acre, com a capacidade de produção anual de 90 milhões de preservativos e consumo médio de 500.000 litros de látex, gerando 160 empregos diretos e envolvendo ainda cerca de 700 famílias extrativistas de 30 seringais. Localizados na reserva extrativistas Chico Mendes e projetos do entorno da cidade.

Ainda, se fazem presentes em ações com as famílias de seringueiros os desafios enfrentados por Chico Mendes (1944-1988), líder seringueiro, sindicalista e ativista ambiental brasileiro. Lutou pela preservação da Floresta Amazônica e suas seringueiras nativas. Recebeu da ONU o Prêmio Global de preservação ambiental.
Ainda na manhã desta sexta-feira tenho uma fala para os mestrandos do Programa de Ensino de Ciências da UFAC. À tarde serei privilegiado com algumas visitas turísticas pela capital. À noite participo de jantar e quando começar o sábado iniciarei o longo retorno.
Ontem falei aqui do Imperador Gálvez, eis algo que me parece significativo: na Assembleia Legislativa do Estado do Acre há uma estátua de Gálvez e atrás dele a bandeira do Estado Independente do Acre. Nela, está escrito “Se a Pátria não nos quer, criamos outra! Viva o Estado Independente do Acre!”, frase que foi dita por Gálvez no dia 14 de julho de 1899, durante a declaração da República do Acre perante a população que ali habitava. A frase virou um "bordão" e, até hoje - mais de 1 século depois de dita pelo Imperador Gálvez - a maioria dos acrianos a conhece perfeitamente.

3 comentários:

  1. Olá meu Caro Chassot
    |Que maravilha estar nesta "pontinha" do Brasil, e que certamente deve muito ao Barão do io Branco, nosso maior expoente das relações internacionais. Uma boa estada por aí, e uma grande jornada. Abraço do JB.

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  2. Presumo a grata satisfação em poder afirmar a estada, em atividade como professor, nas 27 unidades federativas do Brasil.
    Estar na terra de Chico Mendes deve se constituir numa experiência ímpar. Comungar da energia que moveu Chico na luta pela preservação ambiental é algo extremamente significativo e um privilégio. Obrigado mestre por partilhares tão brilhantes momentos conosco.
    Grande abraço.

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