sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

05.- UM ENCONTRO COM FINAL FELIZ


ANO
 9
A N Á P O L I S — GO
EDIÇÃO
 2978

Esta edição ainda entra em circulação em Anápolis. Minha agenda tem como ponto basilar — ou melhor: quase exclusivo — O retorno para casa. Anápolis / Goiânia / São Paulo (Guarulhos) / Porto Alegre consumirá cerca de 9 horas de minha sexta. Deixo o Hotel às 6h, para chegar às 15h. Quando se é convidado a eventos, pouco se analisa esses tempos. Parece que nosso fazer começa quando chegamos ao local do convite e termina quando nos despedimos.
O breve comentário que tece esta edição, ainda se espraia no estar no I Encontro das Licenciaturas da UnUCET – da Universidade Estadual de Goiás. Ontem, último dia do evento, eu não tinha participação formal. Mas, na metade da manhã fui ao Campus Central da UEG. Logo recebi várias manifestações pela blogada de ontem. Os coordenadores do evento sentiram-se tocados pelo crédito que lhes dei no meu texto.
Vivia-se a primeira edição de um evento. Quase todos eram neófitos na complexa tarefa de organizar eventos. Assim, recebi a gratidão por reconhecer que evento me encantava. Vi, em mais de um rosto lágrimas. E estas eram de emoção pelo atingimento de objetivos.
Deividi e eu
Pela manhã assisti a palestra Filosofia da Ciência e pesquisa no Ensino de Ciências - Bachelard e Tomas Kuhn proferida pelo Prof. Dr. Deividi Márcio Marques (Univ. Federal de Uberlândia). Encantava-me como o Deividi associava Bachelard à Química e Kuhn à Física, baseado na trajetória acadêmica de um e outro. Falando em trajetórias, ele relata algo de sua história. Conta que no começo dos anos 2000 estava finalizando a sua graduação, indeciso com a área que investiria na sua pós-graduação. Na biblioteca, encontra um livro que se põe a ler. Em menos de três dias, não tinha apenas o livro devorado. Sabia em que seria seu mestrado: História e Filosofia da Ciência. E foi nessa área que fez também seu doutorado. Reconheceu, publicamente a importância de A ciência através dos tempos. Fiquei, mais uma vez muito contente. Ele já havia feito isso em Ouro Preto em agosto. O que mais pode querer um autor: que um texto seu repercuta. Parece que este é um exemplo fulcral.
Mesmo que não tivesse nem uma fala para mim, à tarde a programação sofreu alteração. Na quarta, na minha fala, mencionara que tinha exemplo de uma prática de pesquisa que ilustra a parte teórica que desenvolvera, quando discuti “Das disciplinas à indisciplina”. Foi o bastante para que os organizadores rearranjassem a programação. 
Assim, das 17h às 18h, apresentei um exemplo de pesquisa. Propus um problema genérico de pesquisa: “Como preservar saberes primevos na tentativa de fazê-los saberes escolares mediados por saberes acadêmicos? Este problema pode conter uma gama muito grande de problemas de pesquisa. Direcionei a atividade para ser realizadas com alunos do ensino médio. Não foram poucos os que depois, já na confraternização de encerramento, contavam-me do pretendiam fazer a partir do diálogo de saberes propostos.­
Com duas fotos de Larissa Ferreira, a ilustração de parte da plateia na minha fala da tarde de ontem e também um grupo de participantes, que quase me apagam na foto. E foi embalando esses sonhos que se encerrou minha participação no evento. Posso dizer que valeu a pena ter vindo à Anápolis.

2 comentários:

  1. Encanta-me no mestre o entusiasmo com que executa cada uma das inúmeras tarefas com essa energia. Como não ser reconhecido dessa maneira? Um exemplo de dedicação. Uma prova de que trabalhar é viver. O mundo seria melhor se todos encontrassem no seu fazer sentido para viver!!!

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  2. Nessa era tão conturbada, de escândalos políticos, de máfias que se engalfinham, época em que o apetite do lucro cada vez maior justifica qualquer barbárie, é gratificante ver tanta gente dedicada em edificar um mundo mais culto. O saber educa o homem, forma o seu caráter, melhora as relações de convivência. Afinal, nem tudo está perdido.

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