quinta-feira, 20 de novembro de 2014

20.- ¡UMA VISÃO COSMOLÓGICA DE MUNDO EXISTENCIALISTA!


ANO
 9
LIVRARIA VIRTUAL em www.professorchassot.pro.br
EDIÇÃO
 2963

Quando se inaugurar a quinta-feira, estarei na minha viajada mensal Porto Alegre/Frederico Westphalen. Hoje, na URI - Universidade Integrada do Alto Uruguai e das Missões, cumpro uma agenda nos três turnos (orientações, reunião do Programa de Pós Graduação em Educação e oficina de escrita). À noite, faço a viagem Frederico Westphalen/Porto Alegre.
Aconteceu na semana passada o Congresso Brasileiro do Design Inteligente, em Campinas. Conforme prometido, os organizadores do evento, que fundaram a Sociedade Brasileira do Design Inteligente durante o evento, divulgaram um manifesto sobre a questão do ensino da teoria da evolução e do Design Inteligente no país. Em tempo oportuno comentarei aqui o Manifesto, eivado de pontos polêmicos. Vale lembrar o blogue de 30 de outubro acerca da adesão do Papa Francisco ao Design Inteligente, já trazido aqui em diferentes momentos (ver, por exemplo, edição de 02ABR2014).
Recebi de meu colega Renato Joé de Oliveira, mencionado aqui na blogada de ontem, onde foi memorado o seu colega filósofo Leandro Konder, o texto que complementa esta blogada:
Trecho cômico (se não fosse trágico) do PL 8099/14 de autoria do Deputado Marco Feliciano: "O Ensino darwinista limita a visão cosmológica de mundo existencialista levando os estudantes a desacreditarem da existência de um criador que está acima das frágeis conjecturas humanas forjadas em tubos de ensaio laboratorial. Sem menosprezo ao avanço tecnológico e científico, indispensável às necessidades sociais enquanto aplacador da inventividade e curiosidade humanas, é possível harmonizar ensinos que contribuam ao desenvolvimento e amplitude da visão cósmica do conhecimento humano.”
O que seria um ensino darwinista?
O que é visão cosmológica de mundo existencialista?
Por que o avanço tecnológico e científico é aplacador da inventividade e da curiosidade?
Existe algum tubo de ensaio de uso não laboratorial? E a concordância nominal, como fica? 
Porque Feliciano não estuda um pouquinho (de língua portuguesa e de ciências) antes de dizer tantas asneiras?

7 comentários:

  1. Muito bom dia, amigo mestre! Aguardo a blogada sobre o design inteligente. No caso do deputado Marco Feliciano, não há design nem inteligência... A exposição de motivos do PL que recentemente acabou de elaborar sabe às pérolas do ENEM/2014 que vêm sendo divulgadas nas redes sociais e, como elas, seria cômica se não fosse trágica... Infelizmente, é mais uma prova do quanto o fanatismo religioso aliado ao oportunismo político configura uma mistura explosiva.

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  2. Deixei de assinar... o Comentário das 9:13 é de Renato José de Oliveira

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  3. Me perdoe o ilustre doutor, mas acredito que falharam a humildade e o bom diálogo. Sem fazer apologia aos ideais do sr. Marco Feliciano, os quais não conheço nem tenho vontade de conhecer, penso que uma tese deve ser refutada com argumentos e críticas construtivas. Atacar a opinião alheia buscando eventuais erros gramaticais evidencia prática de radicalismo, irmão gêmeo do fanatismo citado.

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  4. Caro Antonio. A forma não é separável do conteúdo. Eventuais erros gramaticais todos cometemos: uma ou outra grafia errada, uso (ou abuso) da crase, etc. Quando, porém, o texto tem ideias truncadas, estas se expressam por meio de uma forma gramatical igualmente sofrível. Portanto, reitero a crítica, que é radical, mas não no sentido corriqueiro do termo: é radical porque se remete a uma das raízes do problema: a não separação entre forma e conteúdo, raiz que frequentemente consideramos "coisa menor". Feliciano e sua assessoria não sabem escrever, a exemplo de muitos dos nossos estudantes. Esse não é um problema "técnico", mas resultante de formas de pensar pouco críticas quando se trata de examinar grandes questões. É sempre mais fácil fazer considerações rasteiras, aligeiradas e ancoradas em algum argumento de autoridade, como a palavra da Bíblia, por exemplo. Para Feliciano e seus seguidores, tal palavra basta: é absoluta, verdadeira, inquestionável, etc. Tudo o mais são apenas "frágeis hipóteses".

    Renato Oliveira

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  5. Soneto-acróstico

    Mais uma vez aqui está a prova
    A dizer em claríssima e alta voz
    Reacionário jamais se renova
    Convicto de ser melhor que nós.

    Oh, deputado Marco Feliciano!
    Feche tua boca para seu bem
    Ela de baboseira é um oceano
    Logo o tornará seu auto refém.

    Invés de te meter a dar palpite
    Cuide de seu acervo eleitoral
    Indicando que sabe teu limite.

    Assim ainda vais levar um pau
    No momento que tua urna grite
    Ouvirá que tu és apenas boçal.

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  6. A certeza contida no fundamentalismo religioso de pessoas como o citado deputado refutam qualquer tentativa de avanço no diálogo. Leandro Konder, defensor da dialética, certamente diria o mesmo. Grandes mestres da defesa do diálogo e, desde de Zênon de Eléa (490-430 a.c.), Sócrates (469-399 a.c.), Heráclito de Efeso (540-480 a.c.), Hegel(1770-1831), Karl Marx(1818-1883), Lukács, Walter Benjamim, Gerd Bornheim, Kosik e outros devem se moverem em seus caixões num momento destes. Todos sabemos a quê levam ideias fundamentalistas. É tão difícil dialogar? Quando se sabe não.

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