quarta-feira, 12 de novembro de 2014

12.- UMA VEZ MAIS NA POÇOS DE CALDAS DOS DOCES


ANO
 9
CAMPINAS – SP // POÇOS DE CALDAS - MG
EDIÇÃO
 2955

Na noite de ontem, após as aulas da Pedagogia viajei para Viracopos, onde cheguei já quase ao ocaso da terça. Quando esta edição iniciar a circulação estarei viajando via terrestre de Campinas para Poços de Caldas, onde devo chegar em cerca 2,5 horas. Nesta cidade turística, hoje pela manhã faço a palestra: Das disciplinas à indisciplina, na secção de ensino do XXVIII Encontro da Regional Mineira da Sociedade Brasileira de Química.
Houve época que vinha com bastante frequência a Poços de Caldas. Aqui já foi local de reuniões anuais da SBQ e da ANPED, que estavam, então, no elenco de minhas participações. Talvez, boas lembranças que restaram foram os doces servido à sobremesa.
Desta vez minha estada será muito breve. Amanhã à tarde, tenho um compromisso acadêmico na UNIFAL, Universidade Federal de Alfenas.
Poços recebeu seu primeiro visitante ilustre, o Imperador Dom Pedro II, em outubro de 1886. Ele esteve na "freguesia", acompanhado da imperatriz dona Teresa Cristina, para a inauguração do Ramal da Estrada de Ferro Mogiana.
À época em que foram descobertos os poços de água térmica e sulfurosa e, o município de Caldas da Rainha, em Portugal, já era uma importante terma utilizada para tratamentos e muito frequentada pela família real. Como as fontes eram poços utilizados por animais, veio o nome Poços de Caldas.
A prosperidade e o luxo tiveram seu grande momento em Poços de Caldas enquanto o jogo esteve liberado no Brasil. Pelos salões do Palace Casino e do Palace Hotel desfilava a nata da aristocracia brasileira e até de outros países. O presidente Getúlio Vargas tinha uma suíte especial no hotel, com a mesma decoração da que ele usava no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, então capital do país. O quarto ainda hoje preserva os móveis e o estilo da época. Mas uma das maiores atrações do hotel continua sendo sua piscina térmica, construída num suntuoso salão sustentado por colunas de mármore de carrara.
A proibição do jogo, em 1946, e a invenção do antibiótico tiveram forte impacto para o turismo no município. O termalismo deixou de ser a maneira mais eficaz de tratar as doenças para as quais era indicado. E os cassinos foram fechados. A economia de Poços sofreu um grande abalo, mas logo encontrou uma alternativa ao entrar no "ciclo da lua-de-mel", quando tornou-se elegante passar as núpcias no município e o turismo conseguiu fôlego para sobreviver. Depois deste período, o perfil do turista que visita Poços mudou. A classe média e grandes grupos passaram a frequentar as termas, a visitar as fontes e outros pontos de atração do município, antes restritos à elite.
Em 2006, o município realizou investimentos para aumentar o fluxo de turistas, explorando outros belos atrativos de que dispõe, para pessoas de todas as idades e gostos, como o turismo ecológico, cultural, de aventura e esportes radicais.

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