terça-feira, 7 de outubro de 2014

07.- LEPANTO: UMA BATALHA / DUAS LEITURAS.


ANO
 9
Livraria virtual em www.professorchassot.pro.br
EDIÇÃO
 2919

Este 7 de outubro é uma data histórica. Foi nesta data, em 1571 a vitória dos cristãos sobre os turcos na batalha de Lepanto. E, 7 de outubro passou a ser o dia da celebração litúrgica de Nossa Senhora do Rosário, instituída pelo papa Pio V, para recordar como o terço (e a espada) garantiram a memorável vitória sobre os “bárbaros infiéis”. Abstenham-se de classificar-me como igrejeiro, mesmo que traga a cena uma das invocações marianas mais queridas dos católicos, a recordação da data é uma das melhores amostras do poder temporal da igreja, ainda nos tempos modernos.
Desconhecido - National Maritime Museum
Vale atentar a este relato: Em 1570, os turcos otomanos invadiram a Ilha de Chipre, então na posse da República de Veneza. Os venezianos, enfraquecidos por anos de luta contra os turcos, viram-se obrigados a pedir ajuda, já que a posse de Chipre permitiria aos turcos o domínio do Mediterrâneo. O Papa Pio V reuniu uma esquadra de duzentas e oito galés e seis galeaças (enormes navios a remos com quarenta e quatro canhões), das marinhas da República de Veneza, Reino de Espanha, Cavaleiros de Malta e dos Estados Papais, sob o comando de João da Áustria, formando a então chamada Liga Santa. Esta frota enfrentou duzentas e trinta galés turcas ao largo de Lepanto, na Grécia, a 7 de outubro de 1571. Consta que Miguel de Cervantes participou nesta Batalha. O combate durou somente três horas. Foram destruídas ou capturadas cento e noventa galés turcas, enquanto os cristãos perderam apenas doze navios. Lepanto foi o fim da ameaça marítima turca para a Europa.
Agora o relato milagroso da mesma batalha: A sete de outubro de 1571, a frota católica encontrou a poderosa esquadra otomana no golfo de Lepanto. E apesar da superioridade numérica do adversário, os cristãos saíram triunfantes, afastando definitivamente o risco de uma invasão. Antes de travar-se o combate, todos os soldados e marinheiros católicos rezaram o Rosário com grande devoção. Logo no início da retirada dos barcos muçulmanos, os católicos reanimaram-se e reverteram a batalha: os infiéis perderam 224 navios (130 capturados e mais de 90 afundados ou incendiados), quase 9.000 maometanos foram capturados e 25.000 morreram. Ao passo que as perdas católicas foram bem menores: 8.000 homens e apenas 17 galeras perdidas.
A vitória, que parecia quase impossível, deveu-se à proteção da Virgem Santíssima, a qual - segundo testemunho dado pelos próprios muçulmanos - apareceu durante a batalha, infundindo-lhes grande terror. Aprisionados pelos católicos, alguns mouros confessaram que uma brilhante e majestosa Senhora aparecera no céu, ameaçando-os e incutindo-lhes tanto medo, que entraram em pânico e começaram a fugir (www.eradomilagre.com/).
Esta batalha está representada no teto da igreja do Rosário na rua Vigário José Inácio (entre Andradas e Otávio Rocha) uma das igrejas católicas do centro de Porto Alegre. A extensa pintura foi executada por Lorenz Heilmeier, artista alemão, autor também dos vitrais que adornam as janelas.
Sempre imagino quanta inculcação não deve ocorrer aos fiéis durante as celebrações litúrgicas, ao verem os cristãos decapitando os muçulmanos, abençoados por São Domingos com o rosário em uma das mãos! 

3 comentários:

  1. Cristo X Maomé

    Uns, protegidos com católico manto
    Outros, infiéis confiantes na bravura
    E desta vez valeu apelar aos santos
    Acabar com turcos naquela loucura.

    No fim, otomano desfeito em pranto
    E cristãos agradecendo sua ventura
    Que eles atribuem ao deus o quanto
    Valeu manter a crença que perdura.

    Voltaram envoltos naquele encanto
    Que lhes trouxe essa total varredura
    Que jamais se repetirá, no entanto
    Pois não guerreia quem tem tonsura.

    Assim findou a Batalha de Lepanto,
    Mas sua cristã influência ainda dura.

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  2. Como escrito em Romanos 4:17 sobre a fé; "Chama a existência de coisas que não existem".
    A fé é a muleta da aflição, o conforto do moribundo, a constatação da insignificância da raça humana.

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  3. Rosário e espada? Combina?
    Tento, mas há "verdades dogmáticas" que não consigo entender. Por que, ao povo, é negado conhecer (história, ciência, os fatos de fatos)?

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