domingo, 17 de agosto de 2014

17.- UM DOMINGO PARA AVONAR


ANO
 9
EDIÇÃO
 2868


Há uma opção por fugar nos blogares aqui de assuntos mais pessoais. Ocorre, de maneira muito querida, a preocupação de meus familiares para a não exposição a risco. Surpreendam-se: há dias cheguei a postar uma narrativa acerca de minha aceitação de carona de um desconhecido. “Imagina o mau exemplo que dás às netas e aos netos!”. O texto foi substituído à madrugada.
Não publiquei receita de bolo, como se fazia na ditadura, no preenchimento do espaço que sofrera extirpação de texto. Trouxe a Idade Média, uma vez mais.
Mas, a violação ao paradigma recém-instituído ocorre em festivo anúncio. Neste gélido domingo de agosto, a Gelsa e eu, recebemos na Morada dos Afagos nove de nossos netos. Filhas, filhos, noras e gêneros se congregam numa celebração postergada do dia dos pais.
A blogada se completa com duas ilustrações de um mesmo artista: desenhista venezuelano Eneko. Legendei a primeira. Esta imagem está na página de lançamento do XVII Encontro Nacional de Ensino de Química, que inicia na terça-feira na Universidade Federal de Ouro Preto em Minas Gerais.
A segunda pareceu-me desnecessária legendar. Diz por si de uma guerra cruel e abjeta que acompanhamos. Parece válido reconhecer que a maioria dos meus leitores não conheceu o gadanho. A agricultura mecanizada aboliu este utensílio agrícola, associado a representações da morte.

4 comentários:

  1. É inacreditavel que ainda no século XXI convivamos com esse genocídio, é também de se meditar que com isso o fantasma do holocausto permanece vivo em nossa realidade humana.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Escolas

    Sem escola não existe civilização
    Porquanto as letras abrem janelas
    E todos enxergamos por ali então
    Sabedoria que a escola nos revela.

    Para o saber não há outro caminho
    Apenas o que nos deixaram legado
    Que está guardado nos escaninhos,
    Inventos e conquistas do passado.

    Então como se mede a sociedade
    Em seu nível de qualidade de vida?
    Certamente escolas em quantidade
    É da aviltante miséria melhor saída.

    Pois ao povo amante da liberdade
    Escola é a instituição mais querida.

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  4. Conheci o gadanho.
    O que assusta é pensar que o homem parece gostar de ceifar vidas.
    Sobre as imagens: Bombardear escolas? Fosse de um exército que luta com espadas e flechas aceitaria as desculpas de erro. Mas de um exército ultra moderno não. Foi intencional.
    Aliás, Guerra, Conflito armado RESOLVE???

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