terça-feira, 29 de abril de 2014

29. — HOMENAGEM ATRASADA EXPANDE A COMEMORAÇÃO

ANO
 8
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EDIÇÃO
 2758

Um terça-feira de uma ida ligeira à São Paulo. Parto no final da manhã de Porto Alegre, falo em um seminário no final da tarde e ao terminar o dia devo estar já retornado.
Antes de comentar algo desta viagem, uma referência à comemoração, pretensamente atrasada. Defendo a tese que comemorar atrasado oferece vantagens: espraia a comemoração.
Assim, ontem poderia ter prestado aqui uma homenagem a Liba Juta Knijnik, pelo transcurso do ‘dia da sogra’. Esqueci. Não busco justificativas. Faço hoje, e assim expando a celebração.
Pois, então aqui e agora, adiro à comemoração de uma data que, como já disse em outro 28 de abril, entre nós, merece ser reeducada. Talvez, nas redes familiares da civilização ocidental, não exista figura mais marcada por preconceitos, que aquela que merece loas pelo Dia da Sogra. Não conheço os tributos que se faz na tradição oriental àquela que é mãe do cônjuge. Entre nós a sogra — e não o sogro — são alvos, de maneira usual, de chiste que beiram a maledicência.
Nos pejorativos ditos populares, há uma frase que vi em para-choque de caminhão, que remete a gênese da tradição judaico-cristã que poderia ser tida como síntese dos preconceitos: “Feliz foi Adão que não teve sogra”. Talvez, em outra leitura mítica, se pudesse dizer que infeliz foi a humanidade; pois se Eva tivesse uma mãe para orienta-la é provável que não comeria a maçã. Então, hoje ainda viveríamos no paraíso.
Não vou fazer análises do porquê dos preconceitos. Pode-se dizer apenas que sogras são muito mais amadas que se imagina. Parece, também, que entre os homens, se comparado com as mulheres, o afeto pela mãe da esposa é muito maior.
Pessoalmente tenho o privilégio de ter uma sogra fabulosa. A Liba, em seus quase 93 anos de intensa vitalidade, surpreende-me há 27 anos pelas lições de vida que oferece a cada uma e cada um. Ela é mãe, sogra, avó e bisavó exemplar. É para esta leitora diária que tenho aqui a minha pública homenagem neste segundo dia de celebração. Eu tenho encantos por minha sogra. Na foto ela com o Antônio um de seus bisnetos com sete anos; juntos fazem quase um século.
Minha fala desta tarde é no Programa de Pós-Graduação Interunidades em Ensino de Ciências, que foi criado em 1973 na modalidade Física e complementado com as modalidades Química, no ano de 1998, e Biologia, no ano de 2005. É um programa interdisciplinar, sob responsabilidade da Faculdade de Educação, do Instituto de Física, do Instituto de Química e do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo.
Neste contexto pretendo apresentar no seminário para o qual fui distinguido com um convite o tema DAS DISCIPLINAS À INDISCIPLINA pretende trazer espaços de discussão envolvendo Educação nas Ciências para qual se propõe três movimentos: #1 – Uma protofonia: contemplando a Escola hoje: ela mudou ou foi mudada? #2 – Um adágio: Das certezas à incerteza: outra exigência para fazer Educação #3 – Um alegro vivo: e...a Sala de aula hoje... Como? Indisciplinar.

7 comentários:

  1. Corajosas são muitas sogras, umas vez que entregam suas filhas a certos indivíduos.
    Vitalidade é a deste moço que vais a São Paulo ensinar como se estivesse indo uma cidade próxima como Canoas, por exemplo.
    Grande abraço mestre.

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  2. Estimado Vanderlei,
    obrigado pela torcida.
    Um abraço desde o Instituto de Física da USP, não sem um certo nervosismo.
    Com amizade

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  3. Mestre Chassor,
    Estou lhe enviando mensagem em separado mensagem que não consegui postar aqui, talvez por ser muito extensa,
    Heráclito de Parma

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  4. Mestre querido! Como diz O Profeta, de Khalil Gibran, "Vossos filhos não são vossos filhos. São os filhos e filhas da ânsia da vida por si mesma. Vêm através de vós, mas não são vossos..." Sogras sabem disso, amam filhos e filhas, mas deixam a vida seguir seu curso... Um grande abraço!

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  5. Mestre Chassot, muito bela e eloquente tua carinhosa homenagem a. Sogra Liba, Motivado pela breve, porem convicta, descrição virei fã da jovial senhora. Lembra-me minha mÃe também lúcida e coerente aos 93 anos.
    Abraços

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  6. Ola querido mestre Chassot, estou mais uma vez em seu blogue e concordo em tudo que o senjor diz. As nossas queridas sogras deveriam ser mais valorizadas. Um abraço, Lethycia

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  7. Olá Querido Mestre Chassot! Sou aluno do curso de Licenciatura da Universidade Federal de Juiz de Fora e na disciplina Saberes Químicos Escolares com a Professora Cris Flôr estamos sempre seguindo suas publicações e somando sua experiência de vida à nossa formação acadêmica. É sempre bom homenagear as pessoas que nos fazem bem e esta homenagem foi perfeitamente fabulosa! Eu ainda não tenho uma sogra, mas quando tiver espero ter motivos para sempre comemorar tal data. Grande Abraço!

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