16. — PALESTRAS UM FAZER PRAZEROSO

ANO  8

Frederico Westphalen - RS

EDIÇÃO  2745

Quando da redação de Memórias de um professor: hologramas desde um trem misto, um calhamaço de mais de 500 páginas, onde conto acerca de meus primeiros 50 anos (1961-2010) como professor, escrevi um capítulo “Palestras pelo Brasil: outro fazer prazeroso”

Realmente, dar palestras é algo que me dá prazer intelectual. Quando vou tirar uma foto e minha mulher me vê com a não ‘melhor cara’ tem uma alternativa, que diz ser infalível: “Pensa que tu estás dando uma palestra”.

Já tive o privilégio de ter estado como palestrantes em quase todos estados do Brasil (não estive no Acre e no Amapá, este já está na agenda de outubro). Mais recentemente, a cada ano, tenho feito cerca de meia centena de palestras. Nesta quarta-feira, completa-se a 17ª em 2014. Minhas falas no exterior, se comparado com a Gelsa, são em número muito reduzido. Já dei palestras na Argentina, Uruguai, Paraguai, Colômbia, Guiana, México, França, Espanha e Dinamarca).

Mesmo que usualmente me falte espaço na agenda para a aceitação de convites para palestras e não precise catar estes momentos de felicidades, meus orientandos do Programa de Pós Graduação em Educação da URI usam uma estratégia para ampliar meus encantamentos levando-me a locais a para antes ignotos para mim.

A mentora da ideia foi a Camila, que há um mês defendeu sua dissertação de mestrado; ela, ano passado, convidou-me para ir falar para seus alunos do ensino médio na Escola Edgar Marques de Matos, na periferia de Frederico Westphalen, onde ela leciona.

Em 14 de março, as minhas orientandas Silvia e Quielen moradoras, respectivamente, de Taquaruçu do Sul e de Palmitinho, organizaram um evento nesta última cidade reunindo as redes municipais dos dois municípios e Vista Alegre.

Ontem, foi a vez da Izaura levar seu orientador a sua cidade. Fui a Caiçara, cerca de 20 km de Frederico Westphalen e falei para professores de duas escolas (EEEF Caiçara e EEEM 20 de Setembro). Nesta segunda escola, graças a sensibilidade de seu diretor, os alunos das três séries do ensino médio também participaram da palestra com uma atenção quase comovente. Depois da fala fui presenteado com uma muda de palmeira e recebido para um café na casa da Izaura, onde pude conversar com o Daniel sobre suas experiências de proprietário de um mercado em uma pequena cidade.

Mas não são apenas os orientandos que oferecem estas oportunidades. Hoje, o Vanderlei, mestrando do Programa de Pós Graduação em Educação da URI e comentarista muito assíduo deste blogue, enseja-me três encontros na EEEM Sepé Tiaraju, onde ele é professor; ao meio dia almoço com crianças do programa ‘Mais Educação’ para logo em seguida falar a alunos do Ensino Médio e a noite volto ao Sepé Tiaraju para falar a seus professores.

Sou grato as minhas orientandas por ensejarem às suas comunidades esta partição de saberes, Justifico a postagem temporã do blogue. A internet do hotel está sofrível. Preciso ir a recepção para conseguir uma conexão.