quinta-feira, 10 de abril de 2014

10. — DESDE UMA PLANEJADA CAPITAL BRASILEIRA

ANO
 8
BOA VISTA RR

EDIÇÃO
 2739

Hoje é o segundo e último dia de minha jornada em Boa Vista. Nesta quinta vez em Roraima, restrinjo o meu estar à sua capital.
Na primeira vez — na virada de novembro/dezembro 2010 —, além de cursos e palestras na UFRR, foi significativo para mim foi visitar a Escola Indígena de Taba Lascada, em Cantá. Posteriormente, enviei à Escola exemplares de meus livros. Emocionado com o envio, escrevi a cinco de ‘minhas’ editoras, que atenderam meu pedido e também enviaram livro. Ainda, nesta primeira estada aqui, fui também, a Pacaraima, e então, à Santa Elena do Uairén na Venezuela.
Em novembro de 2012, estando em Boa Vista fui a Bonfim, proferindo palestras dentro do 1º Intercâmbio Intercultural das Escolas da Fronteira Brasil/Guiana na Escola Estadual Argentina Castelo Branco e também na escola Saint Ignatius Secondary School, na Guiana.
Agora, estando no mesmo hotel, lembro de algo singular ocorrido há um ano: a pouca distância de meu apartamento hospedava-se S.M. Harald V, rei da Noruega que visitava aos seus amigos ianomâmis. Eu ocupava o apartamento 222, enquanto um rei (de verdade) estava no 219. E com ele almocei e fiz o dejejum (em mesas separadas, ¡é claro!). Foi pelo menos inusual ter seguranças assentados durante toda noite próximo a porta de meu apartamento.
Ontem, durante à tarde participei das duas bancas de defesa já anunciadas aqui na edição anterior, quando mais uma vez fiz dupla com as Profas. Dras. Ivanise Maria Rizzatti e Patricia Macedo de Castro. Um dado lateral, mas significativo: a Patrícia é a atual Reitora da UERR e o inédito (para mim) foi estar em duas bancas com uma reitora. Esta manhã, participo da banca de qualificação que anunciei ontem, se constituindo na minha oitava banca na UEER. À tarde, em um minicurso pretendo mostrar História e Filosofia da Ciência catalisando propostas transdisciplinares.
Como sobremesa: algo de Boa Vista, capital que concentra cerca de dois terços dos roraimenses, situa-se na margem direita do rio Branco. Boa Vista é a capital brasileira mais setentrional e a única localizada totalmente ao norte da linha do Equador, sendo a capital mais distante de Brasília: 2500 km (em linha reta); Boa Vista/Porto Alegre, 3800 km (também, em linha reta).
A povoação que em 1858 foi elevada a categoria paroquial com a denominação de freguesia de Nossa Senhora do Carmo do Rio Branco hoje é a moderna Boa Vista que se destaca entre as capitais da Amazônia pelo traçado urbano organizado de forma radial, planejado no período entre 1944 e 1946, lembrando um leque, em alusão às ruas de Paris, na França. Foi construída para ser a capital do então Território Federal do Rio Branco. As principais avenidas do Centro da cidade convergem para a Praça do Centro Cívico Joaquim Nabuco, onde se concentram as sedes dos três poderes — Legislativo, Judiciário e Executivo.
O então Território Federal do Rio Branco, em 1962 passou a se chamar Território Federal de Roraima, foi elevado à categoria de Estado, com o nome de "Roraima" pela Constituição de 1988.
Boa Vista tem uma área corresponde a 2,54% do estado e as áreas indígenas correspondem a 25,33% do território total da capital.
De acordo com dados do censo de 2000, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a população de Boa Vista era composta por: católicos (66,36%), evangélicos (23,15%), pessoas sem religião (7,78%), espíritas (0,62%) e 1,86% estão divididas entre outras religiões. Não encontrei dados mais atuais, mas o percentual do primeiro grupo deve ter diminuído muito e do segundo grupo aumentado. 

5 comentários:

  1. Salve querido mestre! Estamos eu, Cadu e Lethycia na aula de saberes químicos escolares a ler seu blogue, agora semanalmente! Gratos pelas informações sobre Roraima... Não pensamos muito habitualmente sobre as diferentes regiões e culturas do país, não é mesmo? Agora, voltamos às discussões sobre cultura e escola. Um abraço!

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  2. Um salve às facilidades do mundo das comunicações: Fato que nos deixa tão próximos do mestre enquanto se encontra em território longínquo.

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  3. Mestre Chassot: Obrigado mestre por dar bons frutos por onde passa e cumprindo seu papel de ensinar e levar seus conhecimentos. Um abraço Ley

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