terça-feira, 8 de abril de 2014

08—PEIXES DA ÁSIA PARA SUA PANELA


ANO
 8
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EDIÇÃO
 2737

Ao final da tarde de hoje parto para uma viagem transcontinental, pois deixo o paralelo 30ºS com destino ao paralelo 02ºN. Hoje vou, uma vez mais a Boa Vista. Esta é minha primeira das três viagens à Amazônia que tenho este semestre. Em maio, vou primeiro a Belém e depois a Manaus.
Como desde novembro de 2012, esta é minha quarta viagem à capital de Roraima, dela amealho gostosas evocações. Espero que aquela que elejo para dar o mote a esta edição, não me faça desagradado com os boa-vistenses que me acolherão nesta quarta e quinta-feira. Os peixes da bacia do Rio Branco são saborosos, por muito os apreciá-los, em mais de uma oportunidade, já voltei com espécimes variados.
Em relação à piscicultura, notícias dos jornais do fim de semana me surpreenderam. Trago alguns excertos de notícias, que vão na contramão defesa de sermos localívoros (que se alimenta de produtos produzidos na proximidade de onde vive) que já defendi aqui em blogadas em dezembro.
Mesmo que detentores de uma imensa costa de 7,3 mil quilômetros e a maior reserva de água doce do mundo, os brasileiros põem na mesa cada vez mais peixes que vêm de cantos longínquos do mundo. Somente nos últimos cinco anos, as importações do Vietnã dispararam 1.567,68%, enquanto as da China avançaram 1.096,10%.
A receita do sucesso do pescado estrangeiro no Brasil é simples, mas com uma pitada de polêmica. Mesmo vindo de longe, peixes como o panga ou a polaca, também chamada de merluza-do-alasca, chegam ao varejo muito mais baratos do que o produto nacional. Em um dos maiores grupos de supermercados com atuação no país, o quilo do filé congelado de ambos é vendido a cerca de R$ 10, enquanto a tilápia de criatórios brasileiros chega a custar R$ 25. Capturada na América do Norte, a polaca faz ainda uma escala na China para ser processada e embalada antes ser embarcada congelada para o Brasil.
A diferença no preço é explicada pela maior escala da indústria pesqueira e pelos menores custos de criação, de mão de obra nas fábricas e de tributos na Ásia. Outro problema é a legislação ambiental. Aqui no Brasil é muito difícil conseguir licença para criar peixes — diz Armando Burle, presidente do Conselho Nacional de Pesca e Aquicultura (Conepe). Hoje, até dois terços do pescado comercializado nas lojas do grupo vêm do Exterior.
Apesar das queixas sobre a enxurrada de importados, dados do Ministério da Pesca e Aquicultura indicam que a produção de pescado no Brasil praticamente dobrou nos últimos cinco anos, chegando a 2,5 milhões de toneladas. Para a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), o Brasil tem potencial para multiplicar este número por oito.
Outra boa notícia é o aumento do consumo, sinônimo de alimentação saudável. Conforme o Ministério da Pesca, no ano passado o país alcançou a marca de 14,5 quilos por habitante, 120% a mais do que uma década atrás e acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de 13 quilos por pessoa.

4 comentários:

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  2. Ictiofagia

    No país assunto que se comente
    E que muito piscicultor se queixe
    Como pode nadar desdo Oriente
    Esse pequenino panga, o peixe?

    Também intriga maioria da gente
    E esse tal peixinho polaca então
    Que num turismo muito diferente
    Vai do Canadá à China de avião?

    Não sei e não sabe toda mente
    Porque peixe emigrado comprar
    Neste país verdadeiro continente
    Com milhares de milhas de mar.

    Portanto que fique bem assente
    Brasil é o paraíso a se explorar.

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  3. No tocante aos peixes temos dois extremos, o pescado importado que usurpou o direito de muitos propriciando um preÇo irreal, e o pescado brasileiro superfaturado com valores proibitivos. Em nossa Nitteroi temos esse exemplo prático do conhecido Mercado de Peixe frequentado pela maioria de uma classe com mais recursos.

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  4. Dica impressionante eu amei e já indiquei para meus amigos muito obrigado por compartilhar conosco.

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