domingo, 23 de março de 2014

23— UMA LIVRARIA ESPETACULAR

ANO
 8
www.professorchassot.pro.br

EDIÇÃO
 2721
Esta blogada dominical ainda sabe (na acepção de ter sabor) a São Chico, cidade assuntada aqui na sexta-feira e no sábado. Há exatamente 5 anos — em 22 de março de 2009 — escrevia acerca de uma das preciosidades da cidade serrana: a livraria Miragem —, onde na manhã de ontem tive uma amostra do que poderá ser o inverno: A fachada do prédio na principal rua da cidade “Esta foi o catalisador de nossa eleição por São Chico. [...] Vale sobre esta descoberta tecer meia dúzia de linhas. Sempre digo que em qualquer cidade que visito três são as atrações que não deixo fora de minha agenda. Os mercados – e aqui a feira do produtor foi de uma franciscana pobreza; as igrejas, e neste sábado o mau gosto externo fez-me pular esse item; terceiro, livrarias. E agora pasmem: para quem já visitou livrarias em mais de uma centena de cidades, em quatro continentes, encontrar na pacata São Chico a livraria mais bonita é algo sensacional. Se ao lado da Miragem – desde ontem: a mais simpática livraria, eu devesse dar um título a uma melhor livreira – e no ‘Sete escritos sobre Educação e Ciências’ faço um tributo a livreiros – daria a Luciana Olga Soares levaria com destaque o prêmio. Não tenho dificuldades em afirmar que vale subir a serra para conhecer a Miragem. Muito provavelmente como eu, quem aceitar esse convite, retornará com muitos livros a mais na bagagem. Só um detalhe: tragam dinheiro ou cheque, pois na Miragem não chegou ainda cartão de crédito/debito. Mas ela é a livraria mais espetacular que conheci”.
Os corredores espaçosos, por onde circulam moradores e turistas Nem uma vírgula a retificar nesse texto. A Miragem, mesmo decorridos cinco anos, continuam, ainda, merecidamente com o título de a livraria mais charmosa que já visitei.
Mesmo que José Luís e eu desejássemos voltar no começo da manhã para Porto Alegre, aguardamos abrir a livraria e por quase 1,5 horas desfrutamos daquilo que para alguns poderia ser uma boa amostra do paraíso celestial. E dona Luciana anunciou uma novidade: numa linda galeria decorada com antiguidades selecionadas com bom gosto há um sebo. Foi ali que fiz aquisições preciosas.
Namoradeiras espalhadas pela sala convidam à leitura Quando mostrei ao José Luís, uma antiga edição de Robison Crusoe [São Paulo: Clube do Livro, 1955], uma das histórias de aventuras que embalou viagens fabulosas na minha adolescência, ele me presenteou o livro com dedicatória para evocar nossa jornada serrana.
Na ala infantil, brinquedos, bonecas e muitos livros Encerro com a ratificação do convite feito há cinco anos. Vale a pena, estando em Porto Alegre, vencer 120 km [não se precisa ir a Buenos Aires para ver lindas livrarias], ascender a 1000 metros e fruir a Miragem, onde numa construção de 2 mil metros quadrados, 
um sonho — quase miragem — de uma professora aposentada, oriunda do meio rural se concretizou em realidade.
As fotos e legendas desta edição são de ‘Recortes de viagens de Rosane Tremea’ do www.clicrbs.com.br/blog/

3 comentários:

  1. A eloquente narrativa evoca um clima aconchegante que estimula o compartilhamento do novo point.

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  2. Isso me faz pensar na minha cidade com quatro campus universitário (URI-FW, SESNORS-UFSM, UERGS-FW e UNOPAR-FW)...???!!!
    Como faz falta uma Miragem para iluminar nossas mentes e deixar nossas bibliotecas sorridentes.
    Bom domingo a todos.

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  3. Meu prezadíssimo prof. Attico,
    de fato a Livraria é pedra preciosa encontrada nos campos de cima da serra.
    Um abraço, José Luis C. Novaes.

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