domingo, 29 de dezembro de 2013

29.- DEZ MANEIRAS DE COMEÇAR A SER UM LOCALÍVORO

ANO
 8
em fase de transição
EDIÇÃO
 2636

Na edição de ontem se apresentou com satisfação, aqui, uma proposta de dicionarização de um novo substantivo/adjetivo. Localívoro é uma pessoa interessada em comer, quando possível, alimentos localmente produzidos, que não tenham percorrido longas distâncias entre a produção e o consumo. Uma distância máxima desejada seria algo de até 100 km.
É preciso destacar que não se está vibrando com (e aderindo a) mais um modismo. Há a defesa de uma postura política em busca de um necessário cuidado (cada vez maior) com a saúde do Planeta.        
Talvez fosse oportuno referir ‘semelhanças’ com uma versão muito saudável com o movimento slow food que a partir da Itália ajuda transformar o mundo para melhor.
Anunciei para hoje uma receita: 10 maneiras de começar a ser um localívoro. Trata-se de uma adaptação livre de um texto de Molly Watson em http://localfoods.about.com/od/localfoodsglossary/g/locavore.htm tr
A trazida aqui é como curiosidade para divulgar o movimento localívoro. É uma proposta estadunidense, mas serve para pensarmos alguns indicadores:
1. Saiba que produtos são da ‘estação’: Saber o que está em temporada em sua região irá ajudá-lo a saber o que esperar em mercados de agricultores e ajudá-lo a saber quais os itens em outros mercados e lojas podem ser obtidos a partir de fontes locais ou regionais (e quais os que definitivamente não são!). Há já Guias de Sazonalidade Regionais
2. Compra em mercados de agricultores: Compras em mercados de agricultores que apresentam produtos cultivados localmente é uma maneira fácil de aumentar a quantidade de alimentos locais que você compra e come. Nem todos os mercados de agricultores têm as mesmas diretrizes. Assim é recomendável verificar para ver exigências de vender produtos cultivados ou produzidos em propriedades locais ou regionais.
3. Conhecer os produtores é uma garantia extra: não conhecemos quem são as pessoas (no máximo sabemos quem são as empresas do agronegócio) que produzem a maioria dos alimentos que consumimos. Conhecer os agricultores que produzem o tomate, a cebola, o feijão etc nos assegura sabermos se não foram usados, por exemplo, inseticidas e sim que certamente foi feito o controle biológico de pragas. [Este item é alternativo à descrição do Community Supported Agriculture (CSA).
4. Compre em estabelecimentos onde conste a origem dos alimentos. Se você tem uma escolha de mercados, escolha aquele que anuncia a origem dos produtos. Em particular, procure por sinais que indicam a fonte de frutos do mar, carnes, aves. Cooperativas e lojas de alimentos saudáveis ​​são mais propensos a indicar claramente a origem dos alimentos que oferecem, mas mercearias convencionais estão cada vez mais rotulando a origem dos produtos.
Não há sinais em seu mercado local? Fale com o gerente ou gerentes de seção. Expresse seu interesse em alimentos cultivados e produzidos localmente. Peça para que todos os itens localmente ou regionalmente cultivados presente na loja sejam destacados.
5. Loja de mercearias: nestas lojas compre produtos frescos, carnes e laticínios - justamente os itens que você pode perguntar sobre sua origem e ter chance de encontrar alguns produzidos em locais próximos.
6. Seja também um ultra-produtor local: plantar no seu jardim, ou mesmo numa sacada, seu próprio alimento é a melhor forma de ser um localívoro. A partir de um simples jardim de ervas ou containers ou caixas (= terrário)             uma família produzir alguns de seus próprios alimentos.
7. Visita a Fazenda e sítios tipo “Colha e pague”
Para a maioria dos habitantes da cidade, sítios e fazendas não são solução para colher alimentos todos os dias. Mas quando a oportunidade se apresenta e se pode ir a estabelecimentos do tipo ‘colha & pague’ (aonde você vai a uma fazenda e escolhe seu próprio produto) são uma grande oportunidade de adquirir quantidades de produtos frescos.
8. Escolha restaurantes que privilegiam localívoros.
Restaurantes frequentemente compram de produtores locais e regionais, produtores e fornecedores que operam com alimentos certificados e isso representa seu aos localívoros, mesmo quando você come fora. Divulgue em suas redes sociais estes restaurantes para privilegiar sua postura em prol da sustentabilidade. [Aqui uma semelhança ao movimento ‘slow food’ referido a abertura].
9. Prestigie produtores de alimentos: Ofereça apoio a um sistema alimentar local através da compra de artesãos e produtores de alimentos de propriedades locais como padarias, açougues e torrefadores de café.
10. Procure descobrir como são produzidos os alimentos que não de sua região: Comer alimentos locais         certamente não é sempre possível, então procure saber como eles são produzidos nos locais distantes e prestigie aqueles que trazem indicações acerca de processos de produção e como eles chegam até a você.

3 comentários:

  1. Altamente racional o movimento "localívoro", lembrando que no livro do Jornalista Fernando de Morais, "A Ilha", o mesmo nos relata da postura adotada por Fidel em Cuba em proteger o produto nacional, no caso a cana de açucar. A Partir dessa atitude a economia daquele país, tão destroçada por Fulgencio Batista, começou a se recuperar e sobrevive até hoje. Como disse o Mestre, não se trata de modismo, se trata do remédio necessário no momento ao nosso planeta. Conclamo a todos atitudes solidárias.O planeta e a saúde de cada um agradece.
    Abraços

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  2. Muito prezado Mestre Chassot!
    Como disse acerca de uma nova leitura para o fracasso, Uma vez mais o sucesso do mestre na seleção de um tema para um fim de ano.
    As edições de ontem e de hoje bombaram (para usar uma palavra jovial). Vou aderir ao localívoro e fazer dele uma bandeira, na perpectiva trazida pelo sempre atento Antônio Jorge, que comentou há pouco.
    Ratifico o que escrevi outro dia: o continuado sucesso deste blogue neste ano de 2013, dizendo que vibro com retorno a edições diárias.
    Na expectativa de um 2014 fecundo, Mestre.
    A admiração do
    Laurus Loureiro Lima

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  3. Rita de Cassia escreveu: "Bela blogada, Professor! Esse movimento precisa ser muito divulgado!"

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