sábado, 16 de fevereiro de 2013

16.-UMA DICA SABÁTICA DIFERENCIADA


Ano 7***www.professorchassot.pro.br***Edição 2390
Mais um sábado — para muitos é o de adeus às férias — e neste blogar diário, sábados, já há quase seis anos, usualmente é dia de dica de leitura. Mas hoje não vou comentar o livro que acenara aqui.
Na terça-feira, quando referi o contexto no qual recebera a patética notícia da resignação de Bento 16, narrei que Gelsa e eu fruíamos, no momento, Música para quando as luzes se apagam’ — o primeiro e-livro que líamos juntos, comprado no dia anterior. Anunciava, então, que livro de Ismael Canappele seria a provável dica do próximo sábado.
Ocorreu-me outra ideia: ampliar ao universo de meus leitores o presente que ofereci no último domingo a meu sexteto de orientandas. Todas envolvidas na elaboração de suas teses e dissertações. Muitos já me ouviram dizer algo de raso senso comum: Para escrever bem há que ler bons textos. E, mesmo no período em que se está tecendo trabalhos acadêmicos é importante ler, inclusive, bons livros de ficção. Isto talvez tenha sabor de transgressão, pela não dedicação integral aos fazeres acadêmicos.
Ofereci a elas, então o texto: “Perdas irreversíveis, ganhos inesperados”, de Ismael Caneppele — publicado na contracapa do caderno de Cultura de Zero Hora, do último sábado —. Ele está em: ismaelcaneppele.wordpress.com Antecipo: é um texto para ser apreendido e meditado. Ele vale ser lido tanto pelo conteúdo quanto pela forma.
A Editora Jaboticaba* [que publica o livro que referi] destaca que Ismael Caneppele já é uma das mais importantes revelações da literatura brasileira contemporânea. Além de escrever romances, divide seu tempo desenvolvendo argumentos e roteiros para cinema e viajando para pequenas cidades, preferencialmente cortadas por trilhos de trem. Morou na Alemanha e na Croácia, onde foi assistente de direção em ópera e ator de teatro. *www.editorajaboticaba.com.br/
Nos meses de janeiro e fevereiro, o escritor volta a morar em Porto Alegre e publica, aos sábados, a coluna 'A estética do calor' no Cultura de Zero Hora. Os textos anteriores se encontram no mesmo endereço.
Acerca de Música para quando as luzes se apagam’ adiro a apresentação da editora trazendo excertos da mesma: “Canappele caminha na contramão. Com uma prosa elegante, que transmite emoção direto na veia e frases construídas sem nenhum pudor, uma história é contada: vinte dias na vida de um garoto de 14 anos, morador de uma cidade do interior, no sul do Brasil.
Totalmente confessional, bem ao estilo de O apanhador no campo de centeio, de Salinger, ou Sonhos de Bunker Hill de John Fante, as palavras jorram como se saídas diretamente da cabeça do narrador, expressando sua confusão e questionamento a respeito de si mesmo e do mundo. A trilha sonora de bandas como The Cure, Strokes, Radiohead, Legião Urbana é companheira inseparável dos momentos de reflexão. As letras e as melodias destas músicas fornecem muito mais respostas para seus conflitos do que as conversas com seus pais, figuras alienadas à vida do menino.”
Na expectativa de curtição de um domingo de 25 horas que advém, desejo um ótimo sábado, com momentos de boas leituras também.

4 comentários:

  1. Sensacional a dica sabática. No meu caso em particular tive uma experiência recente que o texto me voltou a lembrança. Ao encontrar um velho amigo de infância, do tipo "o melhor amigo", reparei que o mesmo escondia amargurado a dor de uma separação. Fazia relatos carregados de uma emoção disfarçada. Não tive o mesmo cuidado que o autor, e por algumas vezes perguntei pelo problema recebendo respostas rápidas e evasivas.
    Na realidade, em cima de nosso passado construímos mundos mágicos alternativos onde tudo de bom acontece, somos o "mocinho" e o final é sempre feliz.

    abraços

    Antonio Jorge

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  2. Limerique

    Agora se tornou uma rotina
    Acompanhar aquele que ensina
    Chassot mostra o caminho
    Nos vamos devagarzinho
    Tateando na fabulosa mina.

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  3. Um gênio assim, só poderia ter sido moldado nos palco.... hahahahahha
    Abraços

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