terça-feira, 29 de janeiro de 2013

29.- LIBERDADE E O FUTURO DA INTERNET


29.- LIBERDADE E O FUTURO DA INTERNET

Ano 7***www.professorchassot.pro.br***Edição 2372
Hoje, meia-tarde, a Gelsa e eu temos um saboroso programa de férias. Vamos à Estrela para avonar. Primeiro buscamos o Guilherme na ‘colônia de férias’ e o Felipe na ‘escolinha’. Depois com a Ana Lúcia e o Eduardo vamos celebrar um estar juntos. Voltamos no ocaso da terça-feira.
No último fim de semana  assistimos 'Mestre’ que integra a safra pró-Oscar. Não gostamos do filme, ou melhor, abominamos. Eu me senti vítima de propaganda enganosa. Queria conhecer mais sobre Cientologia [A cientologia é um sistema de crenças fundado em 1952 pelo autor de ficção cientifica L. Ron Hubbard (1911-1986). A cientologia foi oficializada em 1954. Esta religião baseia-se nas centenas de livros de Hubbard sobre cientologia e apenas alguns sobre Dianética (como uma subdisciplina da Cientologia). A doutrina tem influências de outras religiões, como o hinduísmo e o budismo, e de ciências humanas, como a psicologia].
Mesmo que o Mestre represente Hubbard, a seita (com matriz na cientologia) que é lócus do filme é apresentada de maneira tão caricata que há um gol contra na cientologia.
Mas esta trazida aqui tem outro mote. Por termos pesquisado sobre o tema, mais especificamente sobre o filme, mesmo que não fosse fornecido nenhum correio eletrônico, no dia seguinte a Gelsa recebeu oferta de uma organização de nome Dianética para comprar um dos livros de Hubbard.
Cuidado: você está sendo vigiado e manipulado. Essa é a mensagem que fica da leitura de "Cypherpunks, Liberdade e o Futuro da Internet", novo livro de Julian Assange, que será lançado no Brasil dia 1º de fevereiro
Criador e editor-chefe do polêmico WikiLeaks, grupo que revelou documentos secretos dos EUA, Assange, 41 anos, está há mais de seis meses na Embaixada do Equador em Londres. Apesar de ter obtido asilo político no país sul-americano, ele é ameaçado de prisão pelo Reino Unido caso deixe a missão diplomática.
"Cypherpunks" diz respeito a um movimento que defende o uso da criptografia (a comunicação por códigos) na internet como forma de garantir privacidade e escapar dos controles de governos e corporações. "É preciso acionar o alarme. Esse livro é o grito de advertência de uma sentinela na calada da noite", escreve Assange na introdução.
Google, Facebook, Amazon, cartões de crédito, governo dos EUA: a metralhadora giratória do texto ataca poderes políticos e econômicos e faz parecer brincadeira de criança a imaginação de George Orwell.
"A internet, nossa maior ferramenta de emancipação, está sendo transformada no mais perigoso facilitador de totalitarismo que já vimos. A internet é uma ameaça à civilização humana", afirma o editor, que enxerga uma militarização do ciberespaço: "Quando nos comunicamos pela internet ou por telefonia celular, nossas trocas são interceptadas por organizações militares de inteligência. É como ter um tanque de guerra dentro do quarto", diz.
No livro, o Google é apontado como "a maior máquina de vigilância que já existiu". O debate argumenta que as agências de espionagem dos EUA têm acesso a todos os dados armazenados por Google e Facebook — vistos como "extensões dessas agências".
Eleonora de Lucena escreveu no último sábado na Folha de S. Paulo: o livro pode ser um ponto de partida para um debate. "Os segredos dos poderosos são mantidos em segredo dos que não têm poder", afirma Assange. Quem pode contestar?
CYPHERPUNK — LIBERDADE E O FUTURO DA INTERNET (Título Original: Cypherpunks: Freedom and the Future of the Internet)
AUTOR Julian Assange (com Jacob Appelbaum, Andy Müller-Maguhn e Jérémie Zimmermann)
Tradução: Cristina Yamagami.
EDITORA Boitempo Editorial
ISBN 978-85-7559-307-3
QUANTO R$ 29 (260 p.)

2 comentários:

  1. E no conjunto das mazelas do século XXI nos falamos cada vez menos, no máximo nos "teclamos". Ao telefone somos obrigados a nos degladiar com irritantes máquinas ridiculamente estúpidas (ou melhor de criadores estúpidos), as cancelas são automáticas mas não dispensam o lacônico "insira o cartão" "siga em frente", no Japão já substituem professores por robôs. Mas afinal, para que professores? Para educar? Para formar um legado cultural e moral? Simples perda de tempo. O mundo moderno pede pressa.Time is money! Ninguem quer perder tempo para dizer bom dia, acho que falta educação...

    abraços

    Antonio Jorge

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  2. Limerique

    Apesar de tudo, internet não é tramoia
    O que nos assoma é simples paranoia
    Ciber space, socorro!
    Se aparece, eu corro
    Olhando-me do monitor, uma jiboia.

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