segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

07.- Agora, a segunda metade da viagem

Nova York 5 * Monday * Ano 5 # 1646

Nossa estada em Nova York já está em sua segunda metade. Para quem está fazendo turismo, como a Gelsa e eu, ser fim de semana ontem ou hoje começar uma nova semana é algo quase imperceptível.

O domingo de ontem, que sucedeu a um sábado chuviscoso, foi ensolarado. A temperatura foi cerca de -1ºC. Aqui, ainda, não vi um termômetro de rua e as avaliações de temperatura são da televisão, onde abundam as previsões meteorológicas, com informações sempre em Fahrenheit, que exige operações de aritmética de divisão e subtração para conversões para Celsius.

A trivial constatação de que fazer turismo também cansa nos levou a ficar no hotel pela manhã. Entorno da 01h p.m. nos encontramos em um restaurante indiano (com reserva pelo sistema de compras coletivas, feito pela Gelsa desde o Brasil, há quase um mês) com a Marilyn e com o Arthur Powell. Ela nossa colega já aqui referida nas edições anteriores e ele Professor da graduação e da pós-graduação da Universidade de Rutgers, na área de Dimensões Políticas da Educação Matemática. O Arthur já esteve várias vezes no Brasil, inclusive em nossas casas.

Mais uma vez tivemos momentos de fraterna conversação. As fotos registram um momento de nosso ágape; a outra é em frente ao restaurante, sendo dispensável afirmar que não cheguei nesta limusine.

Os assuntos foram desde o Arthur contando sobre as cerimônias fúnebres do recente passamento de seu pai, dos filhos Samir e Carma, que conhecemos e perguntando acerca dos nossos até assuntos políticos como a situação do Egito (com sua ditadura ‘financiada’ pelos Estados Unidos), os governos de Obama e de Dilma. Estes temas foram entremeados por comentários acerca da recente proibição do fumo em parques e praias no estado de New Iorque ou o preço de estacionamentos de automóvel: nas imediações do restaurante havia de US$ 22,85 a primeira hora.

Após o almoço, já meia tarde, fizemos uma visita insólita. Fomos a uma moderna catedral do consumismo que pululam nesta cidade ícone do capitalismo. O templo estava pleno de fiéis contaminados pela neopatia – a doença moderna cuja característica é ter sempre tudo novo e os últimos lançamentos tecnológicos – No local dezena de ministros saciavam os possuídos, durante 24 horas por dia, durante sete dias por semana, com a oferta da mais nova sedução dos neopatas: o IPad.

Centenas de crianças, jovens, adultos e cidadãos já anosos se entusiasmavam com o novo brinquedo. Aqueles que o adquirem não precisam ir a um ‘caixa’ para pagar. Os ministros sacam do bolso um aparelho semelhante a um telefone celular, onde é inserido o cartão de crédito que apenas exige uma assinatura digital (sim, se assina com o dedo a tela do receptor da doação para a miraculosa Aple!).

Depois de participar de uma parte deste culto, um adequado complemento. Nós os quatro continuamos a conversação em um café na torre do senhor Donald Trump. Após nos despedimos do Arthur, fomos com a Marilyn percorrendo, em uma noite agradável, parte da 5th avenida e a rua dos Diamantes, até a Broadway. O espetáculo dos anúncios de peças de teatros e outros produtos é deslumbrante.

No Imperial Theatre assistimos Billy Elliot – http://www.billyelliotbroadway.com/ –. Há Gelsa há tempo havia reservado ingressos, que estavam disponíveis na bilheteria. Já tive o privilégio de assistir a muitos musicais. Não recordo de nenhum que ao final tenha, com centena de pessoas, aplaudido de pé a lágrimas.

Comentei aqui no dia 24 de janeiro a história do filme Billy Elliot que narra a história de um garoto de família humilde, que aprendia a luta boxe, mas acaba entusiasmando com o bale. Ele se relaciona com dança enfrentando seu pai – um mineiro em greve contra o governo da senhora Thatcher e com o apoio de sua professora. O filme quebra um tabu sobre a orientação sexual de bailarinos. Billy consegue fazer com que o pai o apoie e o ajude a alcançar o seu desejo (ser bailarino), passados alguns anos, Billy faz um espetáculo e o pai e o irmão vão vê-lo.

O musical é algo inenarrável. A música é de Elton John. A orquestra, os cenários e especialmente os atores compõem uma obra de arte encantadora. Tivemos assim um magnífico encerramento de nossa primeira metade de viagem. Hoje temos a continuação. Desejo um bom dia a cada uma e cada um e a expectativa de nos lermos amanhã.

10 comentários:

  1. Ola Mestre Chassot!
    Sem duvida o tour novaiorquino deve ser muito prazeroso, principalmente pelos detalhes que trazes em teu blog. Quanto ao filme Billy Eliot, já o coloquei em minha agenda como atividade imprescindivel de realizar: assistir ao filme, já que vi referencias tuas outras vezes. Nem sei se há disponibilidade em video nesse momento. Hoje saio de férias, pra curtir um descanso merecido, creio. Grande abraço e seguimos nos falando. JB

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  2. Meu querido amigo Jairo,
    votos de merecidas férias. Obrigado pela parceria na torcida pela viagem.
    Curta as belezas da praia.
    Afagos para ti e a Leone e a Adriana
    attico chassot

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  3. Mestre Attico Chassot!
    Sempre acompanho suas viagens! O que muito admiro a organização de voces...comprados ingressos antecipados, encontrando amigos, e o que para mim é um sonho, assistir um musical...
    Continuada admiração
    Elzira.

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  4. Ave Chassot,

    que momentos maravilhosos estás tendo. Me delicio lendo teus relatos entusiasmados.
    Tenho dois comentários: 1)Como a Apple é capaz de fazer cacarecos tecnológicos caríssimos e, de forma assustadora, convencer as pessoas de que não poderão viver sem aqui? Eu sou um dinossauro tecnológico imune ao Sr. Steve Jobs, que se orgulha em ter um laptop de 5 anos com Windows XP... 2) Quando retornar à NYC irei, por influencia tua, ao Billy Elliot.

    Grande abraço,
    Guy.

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  5. Pai

    Muito feliz que estão aproveitando

    Beijos

    Bernardo Carla e Maria Antonia

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  6. Caro Attico,

    é bom saber que estás aproveitando os dias em NYC. Férias merecidas, para quem completa cinquentenário em salas de aula.

    Tua visão multicultural muito me encanta e os relatos precisos de pormenores que tantos desprezam nos mostram uma admiração pelo simples e suave que deveriam ser inerentes à alma de cada pessoa.

    Que tua viagem continue a transcorrer em surpresas e reencontros, para que tua volta possa ser recheada de alegrias para um ano em que tanto há de ser celebrado.

    Abraços,

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  7. Muito querida Elzira e queridos Jairo, Guy, Paulo Marcelo,
    obrigado pelos queridos comentários de vocês nesta e em outras blogadas.
    Relevem que não responda individualmente a cada um dos comentários que me encantam.
    É bom tê-los como parceiro nesta viagem.
    attico chassot

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  8. Meu querido Bernardo e muito queridas Maria Antônia e Carla,
    obrigado pelo comentário no blogue. A cada dia quando faço meus relatos de viagens penso em um fia fruir maravilhas como estas com vocês.
    A edição de hoje tem uma homenagem à querida aniversariante
    attico chassot

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  9. Olá!
    Fico feliz em saber que está de férias, é um descanço merecido!
    Desejo que continue ocorrendo tudo certo e que aproveite bastante!!!
    Abraços!

    Maria Helena

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  10. Maria Helena querida,
    há quanto tempo!
    Um obrigado carinhoso pelos teus votos desde New York.
    Saudades de Juiz de Fora, agradecendo tua companhia,
    attico chassot

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