segunda-feira, 29 de novembro de 2010

29. Desde a Amazonia

Manaus Ano 5 # 1578A

A blogada desta segunda feira se faz em dois tempos. O primeiro registro é desde Manaus às 2h (=4h pelo horário de Porto Alegre/Brasília). Saímos de São Paulo com 55 minutos de atraso, a meia-noite e pousamos aqui depois 3horas e 40 minutos. A saída de Porto Alegre foi às 20h30min, com 70 minutos atrasados, o que uma vez mais gerou tensões acerca de ‘quase perda’ da conexão.

A primeira vez que estive em Manaus foi em janeiro de 1975, quando passei um mês em Porto Velho, lecionando em uma Licenciatura de Ciência, no campus avançado que a UFRGS mantinha na capital do então Território de Rondônia. Manaus a época seduzia pela Zona Franca, pois aqui se comprava produtos do mundo inteiro, á preços convidativos, pois isentos de impostos. Ainda não havia a globalização de mercados como hoje. Depois estive mais recentemente fazendo palestras e dando minicurso na SBPC jovem. Nas duas oportunidades estive no singular encontro das águas, com o rio Negro e o rio Solimões formando o majestoso Amazonas. Hoje apenas vi as luzes da cidade ao lado de uma grande mancha negra, tenuemente iluminada pela lua: era a massa d’água do rio-mar.

Agora tenho a continuação de um voo de cerca de 1h15min até Boa Vista quando completo esta edição.

Boa Vista Ano 5 # 1578B

Pela primeira vez, estando no Brasil este blogue é postado no Hemisfério Norte, pois Boa Vista, aonde cheguei às 03h20min (=05h20min BSB), é a única das 27 capitais brasileiras acima – numa linguagem eivada de colonialismo – da linha do Equador.

Aqueles e aqueles que me leram ontem foram partícipes de minha frustração de ter que postergar em 24 horas minha viagem depois, depois de ter já ter feito o check-in enfrentar distrato em termos de viagem acordado, recuperar bagagens e ser tratado como um fantoche na busca de ressarcimento de prejuízos gerados. Os agentes de aeroportos – pessoas competentes que nestas horas sofrem assédios de passageiros transtornados que perdiam conexões mais distante que a minha para Boa Vista: Toronto, Milão, Nova York, San Francisco, Paris... – nos forneciam um número de telefone para: Fale com o Presidente. Convenhamos que esse marketing de uma empresa, querendo se fazer íntima, fornecendo-nos o ‘número do presidente’ me parece, no mínimo, uma contrapropaganda. No entardecer de domingo a cena se repetiu com o cancelamento de três voos. Em Guarulhos na virada de domingo para segunda-feira o cenário era caótico, também.

No aeroporto, mesmo que fosse madrugada tardia, era esperado pelo Prof. dr Luiz Antonio Mendonça Alves da Costa, Secretário Regional da Sociedade Brasileira de Química de Roraima e do Departamento de Química do Centro de Ciências e Tecnologia da Universidade Federal de Roraima. O Luiz confirmou minha agenda. Para que não começasse, ainda quase madrugada de agora, a entrevista em estúdio, no telejornal Bom dia Amazônia da afiliada da TV Globo em Roraima foi transferida para amanhã. À tarde tenho a primeira sessão no minicurso de História e Filosofia da Ciência; à noite faço a palestra de abertura do 1º Workshop de Ensino em Química de Roraima que tem como tema “O Ensino de Química do Monte Caburaí ao Chuí.” Este mote é para ser uma contestação a usual menção do Oiapoque, como ponto mais setentrional (e, não o rio Oiapoque, como usualmente mencionado).

O Monte Caburaí

, com 1.465 metros de altitude, localiza-se na Serra do Caburaí, que consiste na borda de um imenso planalto, com mais de 1000 metros de altitude, delimitando a fronteira norte do Brasil com a República Cooperativista da Guiana e com a Venezuela. A ênfase na condição de extremo setentrional do país deve-se à antiga tradição de se considerar como extremo norte do país o Cabo Orange, no Oiapoque, estado do Amapá, popularizada pelo uso da expressão "do Oiapoque ao Chuí", para designar os extremos norte e sul do Brasil. No entanto, o Cabo Orange, cuja latitude é 4º 30' 30" norte, situa-se 84,5 km mais ao sul que o Monte Caburaí. Obrigado Wikipédia


Cheguei ao hotel às 4h – 24 horas depois do previsto –, exatas 12 h depois de sair de minha casa. Realmente o Brasil é extenso; e, o transporte aéreo ainda precário e desconfortável em terra e no ar.

Ainda não tenho muito a dizer daqui. Mas esta é a primeira de cinco edições que farei da capital de um dos estados mais jovens do Brasil. Com a Constituição promulgada em 5 de outubro de 1988, o Território Federal de Roraima deixou o estatuto de Território Federal e transformou-se em Estado membro da Federação. A posse do primeiro governador ocorreu em 1 de janeiro de 1991.TO Território Federal do Acre foi o primeiro Território Federal brasileiro, em 1903. Quarenta anos mais tarde, em 1943, Getúlio Vargas, presidente do Brasil à época, criou cinco Territórios Federais: Rio Branco (depois Roraima), Guaporé (depois Rondônia), Amapá, Iguaçu e Ponta Porã. Iguaçu e Ponta Porã foram extintos em 1946. O objetivo da criação de tais Territórios federais era o de ocupar os espaços vazios do território nacional e em especial na Amazônia, tendo ocorrido tais criações durante a Segunda Guerra Mundial. Penso que durante estes dias terei bons assuntos.

Votos de uma boa segunda-feira a cada uma e cada um. Amanhã, ocaso de

novembro, um convite para um novo encontro, antecipando já verificadas dificuldades com a internet.

Um convite: leia o apelo do Presidente da Wikipédia. Pode ser usado o logo Na lateral direita deste blogue


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