quinta-feira, 10 de junho de 2010

10* Desde a Cidade das Rosas ou dos Loucos

Barbacena Ano 4 # 1407

Esta postagem ocorre desde Barbacena, cidade mineira que chego pela primeira vez, depois de percorrer cerca de 100 km desde Juiz de Fora. O município é um grande produtor de fruticultura e floricultura e se destaca como centro de ensino, com expressiva influência regional, tendo também um comércio diversificado. Barbacena fica na serra da Mantiqueira, Minas Gerais, a 169 quilômetros de Belo Horizonte. O município ocupa o sítio de um antigo aldeamento de índios puris do grupo tupi, na região conhecida como Campo das Vertentes.

Barbacena é conhecida em todo o Brasil, e também no exterior, como a "Cidade das Rosas", em função da grande produção de primeira qualidade desta flor. No Brasil, o município também é conhecido como a "Cidade dos Loucos", pelo grande número de hospitais psiquiátricos instalados no local. A cidade atraiu esses manicômios em decorrência da antiga idéia, defendida por alguns médicos, de que seu clima ameno, com temperaturas médias bem baixas para os padrões brasileiros, faz com que os ditos "loucos" fiquem mais quietos e menos arredios, supostamente facilitando o tratamento.

Apesar de seu clima frio e por ficar a uma altitude considerável, embora seja uma cidade tropical, Barbacena proporciona uma das mais belas e intensas luminosidades do país, o que já inspirou vários poetas e escritores.


Amanhã devo contar aqui algo da centenária Escola Agrícola, pioneira no ensino técnico de onde posto esta blogada e que hoje é um dos campi do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais, instituição que me traz a Zona da Mata Mineira na qual por três dias tenho atividade.

Ontem e amanhã as atividades foram/serão em Juiz de Fora. Hoje, aqui em Barbacena, quando tenho uma fala pela manhã e outra à noite.

Nesses dias de viagem, meus leitores que me acompanha a mais tempo sabem que trago um diário de bordo. Assim ontem contei aqui da extensa viagem que se iniciou no Centro Universitário Metodista - IPA, na noite de terça-feira para terminar depois das 6h de ontem, em Juiz de Fora. Pela manhã estive nas atividades de abertura do Fórum “Química em tempos de sustentabilidade ambiental”. Participei da mesa de instalação, onde coube fazer a entrega do prêmio à Lívia, uma estudante de publicidade vencedora do concurso para escolha do logo do evento.

Na continuação participei de três palestras: a) Nanotecnologia: avanços e desafios pela Profª Msc Denise Almeida – IFSUDESTEMG – Juiz de Fora. b) Química cidadã e inclusão pelo Prof. Dr. Gerson Mól – UNB, que destacou o quanto o ensino de Química deixa de ser de preparação para o vestibular e para cursos acadêmicos para ser instrumento da construção da cidadania inclusiva. c) Radioecologia do Polônio 210 pelo Prof. Dr. Alphonse Germaine Kelecom – UFF, que mostrou os benefícios trazidos pela radioatividade natural em pequenas doses para o restabelecimento de equilíbrio de células com deficiência energética.

O almoço foi na própria escola e a as atividades da tarde se iniciaram com minha fala: “A Historia da Ciência catalisando atividades transdisciplinares. Falei, por duas horas, para um auditório muito atento de professores e alunos.

À noite com meus dois colegas convidados ao evento: Gerson, que há muito é parceiro no fazer Educação química no Brasil e com Alphonse, um belga, que há anos trabalha no Brasil e que tive o privilégio de só conhecer ontem, fizemos um passeio pela movimentada Juiz de Fora, conhecida como a cidade dos estudantes. Conhecemos um pouco do artesanato da região. Nosso passeio terminou em uma janta de celebração de amizades.

A propósito do nome da cidade vale lembrar que o juiz de fora era um magistrado nomeado pelo rei de Portugal para atuar em comarcas onde era necessária a intervenção de um juiz isento e imparcial. Em muitíssimas ocasiões os juízes de fora assumiam também papel político, sendo indicados para presidir câmaras municipais como uma forma de controle do poder central na vida municipal. A introdução desta figura judicial encontra justificação na necessidade de nomear um juiz realmente isento, imparcial e, literalmente, de fora das povoações, a fim de garantir julgamentos justos. De fato, o cargo não podia ser exercido no local de origem ou na residência habitual do magistrado. Também não eram permitidos quaisquer outros vínculos com a população local, por meio de matrimônio ou amizade íntima.

Com isso resta-me desejar a todos uma muito boa quinta-feira. Cumpridas minhas atividades aqui, à noite retorno à Juiz de Fora, onde amanhã, pela manhã tenho a minha quarta e última fala nesse périplo pela Zona da Mata Mineira. Lemo-nos então de lá.

5 comentários:

  1. Meu caro Mestre! Se não me cuidar, nos proximos meses terei que fixar residencia em Barbacena. Estou numa tresloucada jornada profissional, tentando cumprir tudo que assumi desde o inicio do ano. Espero nao necessitar trocar o RS por MG. Conheço Juiz de Fora por uma consultoria que certa feita prestei a empresa frigorifica da região, quando ainda morava em Brasilia. Cidade muito bonita e com uma agitaçao cultural interessante. Abraço do JB e boa jornada.

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  2. Muito querido Jairo,
    é quase 01h já da sexta-feira. Estou chegando de Barbacena. Venho com alma prenhe de alegria, Esta noite falei das 19h30 às 22h. Ao chegar recebo, junto com tua usual manifestação parceria intelectual, essa mensagem: “Ola querido! Só vim lhe agradecer pela aula de conhecimento! a melhor palestra que eu já presenciei! Thaynara Torres Mendonça (IFET Barbacena) Santos Dumont- MG.” Precisa mais para que falou a tarde e a noite.
    Hoje à noite em Porto Alegre, depois de mais uma fala esta manhã em Juiz de Fora
    Uma boa noite
    attico chassot

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  3. Bom dia, Mestre!
    Hoje, passando corrido por aqui para lhe desejar uma sexta-feira abençoada!
    Meus alunos me esperam no Centro de Convenções daqui de Gyn, na Feira Estadual de Ciências.
    Ah, como seria bom se o senhor pudesse estar por aqui pela cidade...
    Mas tudo bem!
    Deixo fotos depois no meu QUIMILOKOS, e lá pelo meu orkut, para o senhor prestigiar depois, combinados?!
    .
    Lendo seu texto estava só 'matutando' aqui com meus botões: "Quando crescer quero ser assim!"
    É incrível como o senhor não pára!!Rssss!
    E, a meu ver, acho mais que certo!
    Ainda chegarei assim, como o senhor!hehehe!Se Deus quiser!!
    .
    Abraços, Mestre!E uma sexta-feira realmente plena e abençoada!
    .

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  4. Querida colega Thaiza,
    quando olho o que tu fazes me encanta, Vejo que já estás bem ‘grandinha’,
    Uma doce sexta-feira e muito sucesso na Feira estadual de Ciência
    Um afago do

    attico chassot

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