terça-feira, 8 de junho de 2010

08* Qual o impacto da sua pegada?

Porto Alegre Ano 4 # 1405

Uma terça-feira que deve terminar viajando. Do Centro Universitário Metodista - IPA, após as aulas no Curso de Filosofia, sigo direto ao aeroporto, e às 23h devo seguir ao rumo ao Rio de Janeiro, onde tenho chegada prevista às 2h, para imediatamente rumar a Juiz de Fora, a cerca de 190 km. Nesta quarta, quinta e sexta tenho palestras no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais, nos campi de Juiz de Fora e Barbacena.

Um esclarecimento acerca de comentário na edição de ontem. Referi que o feriadão foi o mais violento do ano no trânsito: 35 mortos. Esse dado refere-se ao Rio Grande do Sul. No carnaval desse ano foram 31 mortos. Nos feriados de Corpus Christi esse é maior número em 10 anos. É algo dramático. Adite-se um detalhe: aqui não estão computados feridos graves e/ou que venham morrer depois devido ao acidentes.

A filósofa Marília Muiller, que foi minha aluna em duas disciplinas no Centro Universitário Metodista – IPA, comentarista deste blogue me envia, com pedido de divulgação e o faço como adesão:

Liberta-te daqueles que querem pensar por ti e pensa"

O Luxo dos Ricos ameaça o nosso Futuro!

A humanidade e a natureza não podem ficar a serviço das grandes empresas.

Juventude em Luta em Defesa da Vida

Manifestação nesta Terça dia 8 de Junho, concentração às 8h na Usina do Gasômetro.

ASSEMBLÉIA POPULAR DA JUVENTUDE

Construindo um Projeto Popular para o Brasil

http://levantepopulardajuventude.blogspot.com/

Como prometido retomo o assunto de ontem. Já imaginou qual é o impacto da sua pegada? Conceito da 'ecopegada' – apresentado na edição desta segunda-feira – evidencia o descompasso entre o estilo de vida atual e o esgotamento ambiental; mesmo cheio de furos, o cálculo ajuda a quem quiser pegar mais leve.

Trago um artigo de Reinaldo José Lopes, publicado no caderno ‘Ambiente’ da Folha de S. Paulo, deste sábado.

Se os recursos naturais da Terra fossem o saldo de uma conta bancária, a humanidade já estaria usando o cheque especial para sobreviver, gastando 45% a mais do que seu "salário" permite.
Essa é a mensagem central do conceito de pegada ecológica, criado para estimar, com números, o quanto o padrão de vida moderno se tornou insustentável diante das possibilidades finitas que o planeta tem de fornecer água, alimentos e energia.
Além de permitir uma visão global da "conta-corrente" da espécie humana, a pegada ecológica também aponta o que cada pessoa deve fazer para que seu próprio nível de consumo se torne mais compatível com o que o solo, os rios e o oceano realmente conseguem produzir.
Embora envolva uma série de incertezas e pressuposições, o índice dá pistas importantes sobre o que é preciso mudar. E mostra que não há soluções fáceis ou de curto prazo, por mais que algumas atitudes individuais tenham impacto positivo.

TERMÔMETRO DIDÁTICO

"A grande vantagem da pegada ecológica é o poder didático que ela tem", afirma Alexandre Maduro-Abreu, doutor em desenvolvimento sustentável pela UnB (Universidade de Brasília).
"Não se trata de uma medida exata, mas de uma espécie de termômetro, que nos ajuda a ter uma ideia da gravidade da situação", compara o biólogo Samuel Barreto, coordenador do programa Água para a Vida da ONG ambientalista WWF-Brasil.

Em vez de graus Celsius, contudo, esse termômetro usa uma medida em hectares, correspondente à fatia da superfície terrestre, incluindo solo e mares, que uma pessoa utiliza para sustentar seu padrão de vida.

Por isso mesmo, a conta precisa embutir a área usada para produzir os vegetais e a carne devorados por essa pessoa, bem como os trechos de oceano onde são pescados os peixes que ela come.

Calcula-se ainda a área de florestas e outros tipos de vegetação responsáveis por absorver os gases do efeito estufa produzidos por esse indivíduo -afinal, sem essa absorção, a temperatura da Terra se eleva, bagunçando parâmetros essenciais, como a produtividade agrícola.

SINAL AMARELO

O resultado dessa multidão de contas é que leva os pesquisadores a adotar a metáfora do cheque especial. Isso porque existe, por exemplo, um limite para a recuperação da fertilidade do solo após seu uso para a agricultura, ou para a taxa de reprodução e crescimento dos atuns depois que os cardumes deles são pescados. Se tais limites são ultrapassados, vem o sinal amarelo.

Nesses casos, a longo prazo a situação é insustentável, porque os estoques naturais não conseguem se recuperar -tal como os juros que corroem cada vez mais o limite de uma conta bancária.
Uma forma de indicar esse uso dos "juros" é torná-lo equivalente ao número de "Terras" que a pessoa teria de usar para se sustentar. O padrão de vida de europeus e americanos exige, por exemplo, entre 3,5 e 5 "Terras".

"Pensando com base na pegada ecológica, o que a gente quer evitar é justamente a escassez de recursos que acompanha esse tipo de cenário e os conflitos que podem vir dela", diz Barreto.

Uma terça-feira e a expectativa de nos lermos amanhã de Juiz de Fora. E pensemos: Qual o impacto da sua pegada?

2 comentários:

  1. Obrigada, Mestre!

    A votação foi transferida para hoje, às 14h.
    Ontem moradores de outros bairros e vilas se fizeram presentes, como o pessoal do Morro da Cruz. E isso ai. Ecociona-me sempre as marcas da pegada da união, : )


    abraços!

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  2. Muito estimada Marília,
    esse blogue ficou orgulhoso de ter podido colaborar na divulgação de tão nobre causa.
    Com continuada disponibilidade
    attico chassot

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