03* Agora desde Rondônia.

Porto Velho Ano 4 # 1400

Posto esta edição desde Porto Velho. Ontem, numa blogada de ‘preparar caminhos’ escrevi algo de minha estada por um mês aqui há 35 anos. Pois hoje estou aqui. Devo dizer, talvez pela intensidade de minha programação que por ora pouco posso falar de reencontros com o passado ou talvez porque o tempo desfigurou tanto aquela Porto Velho que não a reconheci nada 1975.

Mas antes trago algo do diário de bordo acerca da vinda para cá. O voo saiu de Porto Alegre pontualmente às 7h, mesmo que no caminho do aeroporto passemos por um bolsão de cerração, que me fez temer pelo alçar voo. Aterrissaríamos em Brasília no horário. Estávamos já muito baixo, quando subitamente o Airbus 320 arremete e sobe novamente. Começa voar em círculos. Somos informados que outro avião estourara um pneu na pista onde desceríamos. Esta precisaria ser varrida para remover algum objeto que pudesse prejudicar pousos e decolagens outros aviões. Pousamos 40 minutos depois do horário previsto. Sou informado, ao chegar no embarque, de um aeropoto que conheci quando maior caos aéreo em 2008, que o voo para Porto Velho já estava encerrado. Envolvo-me em gestões, pois o voo seguinte seria só à noite. Surgem mais quatro ‘retardatários’ como eu. Buscam sem sucesso uma Van para nos transportar. Um ônibus temina por nos levar a um ponto distante que parece não chegar. Embarcamos e então, o voo dito como encerrado, espera mais 50 minutos para poder partir.

Chego a tempo para o primeiro compromisso. O atraso na aterrissagem, no voo procedente de Porto Alegre catalisa que entabule conversação com o meu vizinho de assento, com quem mantivera silêncio toda viagem. Em poucos minutos aprendo o médico-veterinário da Embrapa de Brasília, Ederlon Ribeiro de Oliveira, por exemplo, acerco do uso da homeopatia e da acupuntura em animais.

No aeroporto sou esperado de Porto Velho sou esperado atenciosamente por Ana Carolina, Miyuki e Wilson, do departamento de Química da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), Vamos direto a um restaurante onde as biólogas Elizabeth e Aline nos aguardavam para o almoço. Após passo no hotel onde tenho 20 minutos ‘para chegar’ e trocar de roupa de 11ºC de Porto Alegre pelos 32º de Porto Velho.

Vamos para o Auditório da EEEM Major Guapindaia, à Rua Padre Chiquinho, no Bairro Liberdade onde às 15h30min, dentro de evento do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) UNIR profiro a palestra “A Ciência é masculina? É, sim senhora!”. O auditório de 300 lugares deve conter quase 400 assistentes, pois nas laterais há dezenas de pessoas sentadas no chão e muitas em pé ao fundo. São docentes e discentes da UNIR e alunos do ensino médio da escola anfitriã.

Às 17h30min há um intervalo para um pequeno lanche durante o qual autografo livros e recebo a tietagem de participantes do evento que pedem para tirar fotos. Estas aguardam melhores condições de rede para serem postadas.

Às 18h, começa uma segunda palestra: ‘Das disciplinas à indisciplina: um caminho ao avesso’ agora para público menor. Talvez cerca de cem pessoas. Surpreende-me que muitos estudantes da escola, que são liberados depois da primeira palestra, participam da segunda.

Às 20h, encerro a minha fala. Recebo o livro ‘Professores de Ciências: um encontro de águas’ com dedicatórias de professoras e professores de Ciências de Rondônia. A sessão de respostas às perguntas sobre as duas palestras é suspensa, talvez os organizadores considerassem o cansaço do palestrante. Há tempo para mais fotos e mais autógrafos.

Vamos imediatamente ao Remanso do Tucunaré, onde em companhia de várias pessoas participo de um jantar com pratos típicos todos a base de peixes do rio Madeira. Já era mais de 22h quando chego ao hotel, onde tenho limitações de internet tanto da rede local quanto com o meu 3G.

Agora de manhã está previsto um pequeno tour pela capital e depois partida para Ariquemes, onde à noite inicio um ciclo de 2 palestras e de duas sessões de mini-curso. Assim para amanhã e o convite para nos lermos desta jovem cidade. Antes votos de uma quinta-feira, fruída como dia santo pelos católicos e feriado para os demais.