Eutanásia pode ser um direito e quem assim a desejar vale ‘fruí-la!’(BIS)
Já vivemos novembro. O fim do ano parece se antecipar com a chegada das celebrações festivas do ano que se esvai. O último blogar de outubro não foi apenas com muitos acessos, a edição celebra o Poeta e Letrista Antonio Cicero que morreu em 23/ outubro/2024, em Zurique, na Suíça, aos 79 anos; após ser diagnosticado com Alzheimer.
Cabe, aqui e agora, fazer uma breve síntese teórica a partir da última edição de outubro:
.Tanatologia é o estudo científico da morte. Ele investiga os mecanismos e aspectos forenses da morte, tais como mudanças corporais que acompanham o período após a morte, bem como os aspectos sociais e legais mais amplos. É, principalmente, um estudo interdisciplinar. A palavra é derivada de Tânato (em grego, θάνατος: "morte"), deus da mitologia grega que personificava a morte, mais o sufixo logia, que deriva do grego legein (Λογια: "falar") e significa estudo.
A eutanásia pode ser definida como o ato de "antecipar a morte";
A distanásia é uma "morte lenta, com sofrimento;
A mistanásia é a "morte por negligência
A ortotanásia representa ‘morte natural’ sem antecipação ou prolongamento.
Na última edição do blogue há informações mais amplas que se farão facilitadoras de discussões mais densas. Vale ler algumas, uma vez mais.
Escolhi comentários emocionantes de alguns leitores. De maneira mais usual os comentários não são lidos, já que, mesmo os mais presentes, não lêem comentários. Justifico nesta edição a trazida alguns comentários com citação bíblica (Lucas, 8;16): E ninguém, acendendo uma candeia, a cobre com algum vaso, ou a põe debaixo da cama; mas põe-na no velador, para que os que entram vejam a luz.
Mestre. Aqui é sua admiradora Alice, que pensa exatamente como você. Lamento profundamente nosso não direito de escolhermos nosso próprio momento de morrer. Quem sabe um dia, nosso planeta evolua a ponto de nos permitir o direito de sermos agnósticos e, desta forma, decidirmos o que fazer com nossa própria existência (Passo Fundo/RS)
Querido Chassot! Eu e a Mari, lemos e comentamos teu oportuno texto! De fato, o silenciamento que se faz em torno dessa questão pode ser cruel para muitas pessoas e precisa ser enfrentado. Tu o fizeste com maestria. Abraços (Otávio Maldaner, Unijuí, Porto Alegre)
Mestre! Um belo texto para refletir sobre nossos direitos e escolhas. Infelizmente grande parte dos brasileiros não está disposta a pensar/ler/discutir sobre o tema em questão. Nos resta ir a Europa caso o futuro (espero que bem distante) nos pregar uma peça. (Luciana Venquiaruto, URI. Erechim/RS)
Professor Mestre Chassot. Lamentável a morte do poeta Antonio Cícero. Todas as perdas são dolorosas em nossa cultura. Não sei até que ponto conseguiríamos optar pela morte, não sei até que ponto teríamos consciência para optar. Morrer é uma certeza da existência que prefiro não me preocupar ...para que seja possível viver. (Anônimo, 26 de outubro de 2024)
Querido mestre! Vou fazer um comentário diferente. Lia um texto no A ciência através dos tempos e encontrei semelhanças nas nossas discussões mais recentes. Leiam o texto azul a seguir. Vejam o que nos evocam aqui e agora:
Sócrates foi acusado de corromper a mocidade, ser inimigo das leis e das autoridades e desobediente para com os deuses. Por isso foi julgado culpado, por 281 votos contra 260, e condenado à morte pela ingestão de cicuta. Empregou os últimos trinta dias que lhe concederam conversando com tranquilidade com seus amigos e discípulos, recusando destes a possibilidade de fuga. Depois de despedir-se da mulher Xantipa, de seus três filhos e dos amigos, bebeu a taça de cicuta e morreu.
Parece um locus apetecível para uma boa despedida: reunir familiares e amigos como fez Sócrates num futuro bem distante, como bem deseja Luciana Venquiaruto (Litânia).
Caro mestre. Oportuna essa sua abordagem da tanatologia. Era muito nova quando a ouvi e quis saber mais. Desde então me pergunto porque isso não é matéria obrigatória nas escolas. Sem querer ser demasiado repetitiva, a morte é a única certeza que temos. Falar sobre ela da maneira correta colocaria o ser humano em um outro patamar de auto consciência.
ResponderExcluirQuerido Mestre. Meu telefone me avisa que 31/11 é o Dia do Saci. Por aqui não tem essa história de halloween !!! E viva a decolonialismo ! Vamos começar pelo currículo de Química.
ResponderExcluirMestre Chassot.
ResponderExcluirSempre é importante refletir sobre a morte pq está encerra um ciclo.
Mas...prefiro as reflexões sobre descolonialismo...Saco Pererê é uma boa opção.
Obrigada por mais está edição.