sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

Um texto a procura de uma autora ou um autor.

 ANO 17*** 27/01/2023***EDIÇÃO 2068

A última edição do blogue, no primeiro mês deste 2023 se tece com um texto de autoria desconhecida, mesmo que não possa ser considerado como apócrifo. Não relata algo como uma fantasia mirabolante, como por exemplo Cem anos de solidão. Recebi-o de minha colega Sílvia Chaves da UFPA. O escrito nos trouxe lembranças de nossa aulas partilhadas na Disciplina: Bases Epistemológicas da Ciência 1º semestre de 2021, juntos com saudoso Licurgo Peixoto de Brito (In memoriam)  sempre encharcadas de história e filosofia da Ciência.  

 Na wikipédia, Agnodice é narrada com uma similaridade (com biliografia e referências) que podem referendar o que se descreve a seguir.  Eis o texto por ora embalado (ainda) como anônimo. Cabe dizer que o relato poderá ganhar aqui uma autora ou um autor.

Na Grécia antiga, as mulheres eram proibidas de estudar medicina por vários anos até que alguém infringisse a lei. Nascida em 300 a.C., Agnodice cortou seu cabelo e entrou na faculdade de medicina de Alexandria vestida de homem. Enquanto andava pelas ruas de Atenas depois de completar sua formação médica, ela ouviu os gritos de uma mulher em trabalho de parto. No entanto, a mulher não queria que Agnodice a tocasse, embora ela estivesse com muitas dores, porque pensava que Agnodice era um homem. Agnodice provou que era uma mulher ao tirar suas roupas sem que ninguém a visse e ajudou a mulher a dar à luz seu bebê.



A história logo se espalharia entre as mulheres e todas as mulheres que estavam doentes começaram a ir para Agnodice. Os médicos homens ficaram invejosos e acusaram Agnodice, que eles pensavam ser homem, 

de seduzir pacientes do sexo feminino. Em seu julgamento, Agnodice, apresentou-se diante do tribunal e provou que era mulher, mas desta vez foí condenada à morte por estudar medicina 

e praticar medicina como mulher.

As mulheres se revoltaram com a sentença, especialmente as esposas dos juízes que haviam dado a pena de morte. Algumas disseram que se Agnodice fosse morta, elas iriam para a morte com ela. Incapazes de resistir às pressões de suas esposas e de outras mulheres, os juízes levantaram a sentença de Agnodice e, a partir de então, foi permitido às mulheres praticarem medicina, desde que elas só cuidassem das mulheres.

Assim, Agnodice deixou sua marca na história como a primeira médica e ginecologista grega. Esta placa que representa Agnodice no trabalho foi escavada em Ostia, Itália.


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