terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

04.— البتراء, DESDE UMA DAS MARAVILHAS DO MUNDO


ANO
 8
P E T R A – Jordania

EDIÇÃO
 2673

Estamos em nosso terceiro e último dia na Jordânia. Ao entardecer voltamos à Telavive, para os dois últimos dias de Oriente Médio.
A blogada desta terça-feira ocorre desde a milenar Petra, na Jordânia. É realmente emocionante estar aqui. Deixamos Amã por volta das 8h, e percorremos cerca de 240 km em estradas de paisagens variadas, onde regiões quase desérticas são alternadas por oásis férteis. Vale recordar que a Jordânia detém os menores índices de água do mundo.

O que impacta quando se chega à Petra? As montanhas gigantes vermelhas e vastos mausoléus de uma raça extinta nada têm em comum com a civilização moderna e nada mais suscitam a não ser contemplação pelo seu valor genuíno: uma das maiores maravilhas da Natureza e dos humanos.
Não obstante muito já se escreveu sobre Petra, mas não há a pretensão de preparar o leitor para este local impressionante. Só vendo mesmo. Petra, maravilha do mundo, é, sem sombra de dúvida, o tesouro mais valioso da Jordânia e a maior atração turística. É uma cidade vasta e singular esculpida na própria face rochosa pelos Nabateus, um engenhoso povo árabe que aqui se fixou durante mais de 2000 anos e que a transformou num local importante para as rotas da seda, das especiarias e outras rotas comerciais que ligavam a China, a Índia e a Arábia do Sul ao Egito, Síria, Grécia e Roma.
A entrada para a cidade é feita pelo "Siq", um estreito com mais de 1 quilômetro de comprimento, ladeado por imponentes penedos com 80 metros de altura. Caminhar pelo Siq é, por si só, uma experiência única. As cores e as formações rochosas são impressionantes. À medida que nos aproximamos do fim do Siq, começamos a ver Al-Khazneh (Tesouro).
Esta é uma experiência que suscita a
admiração. Uma fachada imponente com 30 metros de largura e 43 de altura esculpida na própria face rochosa de um rosa poeirento e que faz com que tudo a seu lado pareça minúsculo. Foi esculpida em inícios do século primeiro para ser o túmulo de um importante rei nabateu e representa o gênio deste povo ancestral.
O Tesouro é apenas uma das maravilhas que compõem Petra. À medida que entra no vale de Petra, ficamos extasiados com a beleza natural deste local e com os notáveis feitos arquitetônicos. 
Há centenas de túmulos esculpidos na rocha com gravações ainda indecifradas ao contrário das casas que, em grande parte, foram arrasadas pelos terramotos, os túmulos foram esculpidos para durarem até à outra vida e 500 sobreviveram, vazios, mas impressionantes quando vistos pelas suas escuras aberturas. Aqui há também uma imponente construção dos Nabateus.
Teatro romano com 3000 lugares sentados. Há obeliscos, templos, altares para oferta de sacrifícios e ruas com colunatas e, lá no alto, sobranceiro ao vale, encontra-se o impressionante Mosteiro Ad-Deir — para lá chegar há uma escadaria com 800 degraus cortados na rocha. Esta optei não subir.
Um tempo do século 13, mandado construir pelo sultão mameluco Al Nasir Mohammad para comemorar a morte de Aarão, irmão de Moisés, pode ser visitado no Monte Aarão na Cordilheira de Sharah.
No local, há vários artesãos da cidade de Wadi Musa e um acampamento beduíno nas proximidades com bancas montadas e a vender artesanato local, como por exemplo cerâmica e joias beduínas e garrafas de areia multicolor e estriada, características da região.

Os veículos motorizados não podem circular no local. Mas, se não quiser andar a pé (ou tiver dificuldades), pode alugar um cavalo ou camelo ou uma carruagem puxada por cavalos para percorrer os mil metros do Siq. Depois de chegar ao local, pode alugar um burro, ou para os mais aventureiros, um camelo. Eles têm tratador e percorrem rotas definidas no local.
Petra foi fundada por volta do século 6º a.C. pelos árabes nabateus, tribo de nómadas que se fixaram na zona e construíram um império comercial que ia até à Síria.
Apesar das sucessivas tentativas do rei Antígono de Selêucia, do imperador romano Pompeu e de Herodes o Grande para controlarem Petra nos seus respectivos impérios, Petra ficou praticamente nas mãos dos nabateus até 100 d.C., quando os romanos a conquistaram. Ainda era habitada durante o período bizantino, quando o império romano passou para oriente, para Constantinopla, mas diminuiu de importância daí para a frente.
Os Cruzados construíram lá um forte no século 12, mas em breve partiram, deixando Petra aos habitantes locais até inícios do século 19, quando foi descoberta pelo explorador suíço, Johann Ludwig Burckhardt, em 1812.
O Parque Arqueológico de Petra (PAP) compreende uma área de 264 metros quadrados em Wadi Musa, considerado um local turístico e arqueológico e Patrimônio Mundial registado na lista de Património Mundial da UNESCO desde 1985. A área tem uma paisagem de ficar fantasticamente impressionado com montanhas de cor rosa cujo ponto principal é a fantástica cidade nabateia de Petra, que foi esculpida na rocha há mais de 2000 anos.
Na escrito apoiado em www.petrapark.com

8 comentários:

  1. mestres Attico e Gelsa!
    Obrigada por podermos viajar e conhecer mundos com os olhares de voces...impressioanante estes lugares...so pelos livros ou mesmo internet parece distante, mas dois mestres que sao tao proximos da gente fica outro coisa...Admiro a organizacao de voces para fazer estas viagens....minha continuada admiracao e gratidao...
    Elzira deste Maravilha-sc.

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  2. Elzira muito atenciosa leitora!
    Estou na fronteira Jordânia / Israel de onde agradeço tua companhia diária!
    Ac

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  3. Limerique

    O Mestre na "pedra" deslumbrado
    História pura para todo lado
    "Não há mais bonito
    porém, tudo fito"
    Sem ter o que dizer fica calado.

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  4. Uma verdadeira viagem no tempo, na história, na cultura!
    Admirado.

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  5. Chassot,

    que coisa magnífica esta cidade! Fiquei curioso pelo teatro romano. Dizem que acústica deles era estupenda.
    Adorei os tons de terracota. Ainda farei esta viagem. É um sonho. Estou acompanhando entusiasmado teu périplo.
    Abraços da América do Norte.

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  6. Aqui fomos premiados pelo primeiro apagão a nivel nacional, e a OI, antevendo o futuro decidiu nos deixar sem internet desde a manhÄ. Com muito custo e usando o celular de minha filha, registro aqui minha leitura, sem no entanto ter condiÇÕes de comentar

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  7. Aqui fomos premiados pelo primeiro apagão a nivel nacional, e a OI, antevendo o futuro decidiu nos deixar sem internet desde a manhÄ. Com muito custo e usando o celular de minha filha, registro aqui minha leitura, sem no entanto ter condiÇÕes de comentar

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  8. Ao Mestre Chassot: Petra Deslumbrante! !!! Cidade cor de rosa, como sempre pegando carona nas suas viagens
    fico aguardando nosso próximo passeio. Um abraço Ley

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