quinta-feira, 13 de maio de 2010

13* Algo de um diário de viagem.

Rio Grande Ano 4 # 1379

Nesta quinta-feira – como anunciei ontem – esta blogada é feita de Rio Grande. Como acredito que a cerca de meia centena de acessos que tenho a cada dia se renovo. Preciso – em homenagem aos adventícios – recordar o que já contei aqui. Há uma marca de fazer um “diário” usualmente presente em cada edição, eis algumas variações de diferentes perfis cotidianos:

A) Diário de um mestre-escola: [a modo de agenda eletrônica] conto das aulas que vou dar (falo da preparação das mesmas)/que dei (comento sucessos ou frustrações

B) Diário de viagem: narro minhas viagens, usualmente a trabalho. Assim, quando em julho de 2008 estive em Pedras de Fogo, que, provavelmente, nenhum de meus leitores sabia onde era, estes viajaram comigo cerca de 6 mil quilômetros em menos de dois dias.

C) Divulgação da Ciência: esta tem sido uma das minhas preocupações maiores, trazendo assuntos de História e Filosofia da Ciência.

D) Atenção aos assim chamados formadores de opinião. Na defesa dos movimentos sociais – tidos, muitas vezes, como inimigos por alguns –, por tal tem havido sucessivas edições em defesa do MST e também brados contra o assim chamado “reflorestamento” que transforma a metade Sul do Estado em “desertos verdes”.

E) Um espaço de resenhas [uma maneira de fazer ciberliteratura e de motivar a leitura de livros]: as blogadas sabatinas usualmente respondem a essa proposta.

F) Um local para mostrar o que guardam os baús. Como tenho amealhado diários completos de algumas décadas e por estar preparando um livro para celebrar, no ano que vem, meus 50 anos como professor, o blogue tem sido mais recentemente um local para mostrar um pouco o que guardam os meus baús de memórias.

Assim a edição de hoje pertence com bastante aproximação â categoria B, com matizes da F. Devo dizer que não amealho mais um local de blogadas, pois desde que sou bloguista, está é terceira vez que estou aqui: em novembro do ano passado assisti na FURG a abertura do XVII Encontro de Química da Região Sul e fiz uma palestra no evento. Também estive em setembro de 2008 passado, para falar na Escola de Química e Alimentos na 4ª Semana Acadêmica de Química. Como fiz então minha única viagem de avião à Zona Sul do Estado de avião, recordo que então postei o blogue do aeroporto da cidade (ou campo de aviação), pois à época as postagens do blogue eram vespertinas.

Na era pré-blogue vim talvez mais de uma meia dúzia de vezes a esta cidade, todas em atividades acadêmicas. As duas primeiras vezes foram em 1984: a primeira para ajudar na preparação do V Encontro de Debate de Ensino de Química, junto com os professores Juan Coch e Irineu Soares de Souza Filho (este já falecido) e depois em 26 e 27 de outubro para o V EDEQ, onde fui alojado em um quartel, experiência única em minha história. Na tarde de ontem ao ser levado do hotel à FURG, vi o quartel com a imponente afirmação: ‘Se vis pacem, para belum.’ Em 1996, no XV EDEQ, organizado pelo Moacir Longoni, lembrado também por uma tainha na taquara no almoço de encerramento. Além destas estadas recém evocadas, em outras oportunidades, enquanto ela era parceira do Sumecim – um programa de ensino de Ciências que me envolveu nos anos ’80, enquanto representante da UFRGS no mesmo.

Cheguei às 11h15min, depois de percorrer 320 km, em sua maior parte pela BR116. Entramos primeiro em Camaquã, cidade que vi pela primeira vez de dia; recordo que uma vez estive nela à noite para uma palestra, da qual não lembro quem me convidou, mas que deve ter sido nos anos 90s. Hoje vi seu comércio marcadamente inserido na produção agropecuária. Depois fizemos a clássica chegada no Paradouro Grill, que supera importância histórica da cidade: Cristal. Quando passamos por São Lourenço, lembrei que fevereiro de 1988, nas primeiras férias com a Gelsa, tive uma pratica antropológica, com ela entrevistando um pescador.

Rio Grande é a cidade mais antiga do Rio Grande do Sul, tendo sido por muito tempo a capital do Estado. Foi fundada em 1737 pelo Brigadeiro José da Silva Pais, e elevada à condição de cidade em 1835. Esta manhã quando chegava de ônibus lia em um dos acessos à cidade: “Aqui começou o Rio Grande do Sul!” A “Noiva do Mar’ – como é chamada Rio Grande –, tem cerca de 200 mil habitantes, numero em expansão devido a novas plataformas que estã sendo construídas.

A cidade é sede de uma das mais importantes universidades federais do Estado, a FURG – Fundação Universidade Federal do Rio Grande – fundada em 1953, hoje com mais de 6 mil alunos, que se orgulha em fazer aquilo que está no seu lema: uma universidade voltada para o ecossistema costeiro, não é sem razão que esta universidade tem o primeiro curso de oceanologia do país.

Tive duas atividades ontem à noite na FURG. Das 18h às 19h reuni-me com um grupo de pesquisa em ensino de Ciências e das 19h às 23h dei uma palestra: “Historia e Filosofia da Ciência catalisando propostas transdisciplinares’ para cerca de 50 participantes muito atentos e particantes. Depois da palestra jantei com o Paula Henning, minha ex-orientanda , Alfredo Veiga Netto, Ana Godoy e Leandro Belinasso Guimarães. Hoje participo de mesa-redonda no Seminário Perspectivas de Investigação no Campo da Educação Ambiental e Educação em Ciência. Às 12h retorno a Porto Alegre, direto a uma reunião que tenho no Centro Universitário Metodista - IPA, às 17h.

Com votos de uma quinta-feira apetitosa, a expectativa de um reencontro amanha, uma vez mais de Porto Alegre.

4 comentários:

  1. Bom dia Professor!
    Que sua 5ª feira também seja repleta de bênçãos!
    Bom trabalho!Pois parece-me que o dia será bastante corrido!
    []'s

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  2. Muito querida colega Thaiza,
    obrigado por esse querido afago matinal. Desejo também para ti um 13 de maio (onde já vi e ouvi Bento 16 falando de Fátima) muito bom,
    Agradeço também a parceria intelectual no fazer alfabetização científica.
    attico chassot

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  3. Me lembro com alegria daquela noite! Foi um jantar delicioso em excelente companhia!
    Uma abraço professor.

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  4. Muito querida colega Ana,
    que surpresa! Mais de 100 dias são passados daquela noite e tu a ressuscitas. E de novo, por teu catalisar, penso no peixe saboroso que estava em nosso ágape.
    Já disse aqui mais de uma vez que as blogadas parecem não envelhecer, diferentes dos jornais impressos que no dia seguinte só servem para enrolar peixe.
    Foi um muito bom te ter como visitante deste blogue. Dá uma chegada de vez em vez.
    Um afago do

    attico chassot

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