09* Dia das mães... também dia de saudades

Porto Alegre Ano 4 # 13732

Datas como a de hoje [Dia das Mães, e também dia dos Pais] são fortemente marcadas por saudades, quando já não se tem mais aos celebrados. Mas como reviver nossos ancestrais e contar sua história, isso é um pouco o que fazemos quando os evocamos.

Antes de fazer das mães o centra dessa blogada, me permito uma rápida evocação do sábado, em dimensões distintas. Pela manhã, ou melhor, ao meio dia fomos ao museu Iberê Camargo. Fui muito ter, com a Gelsa, a companhia do Antônio e do Gabriel e de sua irmã Paola, que com seus densos conhecimentos de Arte trouxe oportuna ilustrações e de Ester e Silvia, enquanto argentinas ofereceram importantes contextualizações de seu conterrâneo León Ferrari. Aqui um chamamento de atenção aos leitores da Grande Porto Alegre. A exposição temporária (até 11 de julho) ‘O alfabeto enfurecido’ com Leon Ferrari e Mira Schendel é imperdível. Prometo muito brevemente comentar aqui e entusiasmar para que os leitores do meu entorno para que saboreei essa excepcional oportunidade.

À tarde vivi a feliz oportunidade de apresentar o filme Ágora, talvez em primeira edição pública em Porto Alegre. Um auditorio muito diversificado e participativo assistiu primeiro uma apresentação de algumas informações acerca do filme e de Hipácia (ver edição de ontem). Em um segundo momento, assistimos ao filme, para num terceiro momento participarmos de frutuosa sessão de debates. Fiquei muito gratificado com essa oportunidade e agradeço aos meus alunos da Filosofia, especialmente à Ioná, ao Claiton e ao Sergio o convite. Foi agradável encontrar vários ex-alunos. Destaco o Adão da Silva Cabral, que também é o autor do registro fotográfico que segue.

À noite participei na casa da Gelsa de uma celebração em homenagem a Esther Diaz e a Silvia Rivera, que reuniu mais de uma dezena de colegas do Programa de Pós-graduação em Educação da Unisinos e seus cônjuges. Foram, mais uma vez, momentos gostosos de trocar histórias.

Mas falar das mães é preciso.

Já disse que hoje é um dia de se fazer saudades, talvez, então o melhor é falar menos. Lembro muito de minha mãe e recordo dos festejamentos desse dia. Trago apenas um soneto de Coelho Neto, mesmo o sabendo posteriormente criticado, era como muitas vez e eu meus irmãos festejávamos nossa mãe.

Ser mãe

Ser mãe é desdobrar fibra por fibra
o coração! Ser mãe é ter no alheio
lábio que suga, o pedestal do seio,
onde a vida, onde o amor, cantando, vibra.

Ser mãe é ser um anjo que se libra
sobre um berço dormindo! É ser anseio,
é ser temeridade, é ser receio,
é ser força que os males equilibra!

Todo o bem que a mãe goza é bem do filho,
espelho em que se mira afortunada,
Luz que lhe põe nos olhos novo brilho!

Ser mãe é andar chorando num sorriso!
Ser mãe é ter um mundo e não ter nada!
Ser mãe é padecer num paraíso!

Está difícil fazer a edição desse blogue.

Sonhava fazer um painel de fotos homenageando mães muito especiais: a minha mãe, a Dione, mãe carinhosa de meus filhos, a D. Norma, mãe da Dione, a Gelsa que me encanta como mãe, a Carla, Tatiana, a Laura, Ana Lucia e a Clarissa, – essas encantadoras mães de meus netos. Alterei plano. Trago apenas duas fotos, uma do Pedro – o caçulinha de meus netos – fruindo um dos mais significativos dons da maternidade e outra da Liba que no seu ser mãe, avó e bisavó sintetiza entre aquelas mãe que me são próximas a minhas homenagens.