sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

EXPECTANTE AO BISSEXTO 2024

 

    29/12/2023

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EDIÇÃO

 

      ANO 17

LIVRARIA VIRTUAL

  3.350 


29/12/2023 

Depois de um denso recesso de meu blogar nesse corrido  dezembro, estamos aqui na segunda e última edição desse mais atípico dos 12 meses do bissexto 2023. A atipicidade dezembrina tem um design variável a cada ano determinada pelo dia da semana do feriado religioso NATAL. Este diferente da maioria das festas religiosas que são celebradas em datas móveis (Quarta-feira de cinza, Sexta-feira santa, Páscoa, Pentecostes…) ocorre em data fixa (25 de dezembro)!  Para maioria dos profissionais e estudantes são úteis os dias 02 a 23 de dezembro. Em muitos postos de trabalho o período de 24 de dezembro ao primeiro dia útil do novo ano há férias coletivas. 

Mas meu dezembro foi muito especial! O recesso anunciado na edição 01/12 não deve ser inferido como ingresso em  um tempo de deleites para um ‘não fazer nada’ ou como com sedução dicionariza o Priberam: Prazer suave e prolongado, moral ou físico. Ao contrário: nestes dias pré-natalinos participei de duas bancas doutorais: uma no dia 7/12 onde sou co-orientador no Educimat no IFES em Cariacica, na grande Vitória: Robson Vinicius Cordeiro produziu uma coletânea de livros acerca de História e Filosofia da Ciência destinados a crianças do 2o ano do Ensino Fundamental  [anuncio detalhes em próximas edições]. A outra tese doutoral em 15/12 foi o REDESENHO DA PROPOSTA DE FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE  QUÍMICA AMAZÔNIA PELO VIÉS DOS SABERES E FAZERES LOCAIS Tese de Pedro Campelo de Assis Junior na UFAM, foi defendida em Parintins na qual fui avaliador externo, enquanto professor da REAMEC. Nesta defesa duas razões para matar saudades:  1) Mais um retorno (agora. virtual) as estadas presenciais à cidade mundialmente conhecida pelo duelo dos dois bois: Garantido e Caprichoso e o reencontro com a co-orientadora do Pedro Campelo:  a querida Profa. Dra. Célia Maria Serrão Eleutério, professora do Campus de Parintins da Universidade Estadual do Amazonas, minha orientanda de doutorado.

Com muita alegria recebi a visita de duas muito muito queridas colegas manauaras, que após participarem de evento acadêmico na Univates em Lajeado/RS, recebi:  Ana Cláudia Maquiné, que mais de uma vez compartilhou a sala de aula comigo na UFAM e Irlane Maia de Oliveira, que tem expertise em Educação Universitária; eu orientei seu doutorado que produziu o livro, do qual somos os dois autores: Saberes que sabem à extensão universitária  (ISBN 978-85-462-184-1842-2). Estando ambas pela  primeira vez no Rio Grande do Sul, em 8 e 9 de dezembro me visitaram. Na sexta-feira, 8/12, pilotados pelo meu filho André, estivemos no Centro Histórico e na Orla do Guaíba. Estivemos, também, no Santuário de Nossa Senhora da Paz, num dos pontos mais altos de Porto Alegre. À noite na Morada dos Afagos, saboreamos galeto com polenta, algo típico da culinária gaúcha. Na manhã de sábado, o André as levou ao aeroporto para iniciar o extenso retorno à Manaus.

Considerei os (a)fazeres desta  primeira quinzena de dezembro de 2023, quase completando 63 anos (= 62 anos, 8 meses) de magistério o início de minha (não) tão desejada aposentadoria. Tenho convites de duas instituições para colaborações no próximo semestre; Tudo ainda ainda indefinido. Por ora, vivo neste mega-feriadão como um neo-aposentando. Pretendo viver esta bonança (Tranquilidade de espírito. = CALMA, SOSSEGO) até o início da segunda quinzena de janeiro, quando o blogue voltará a circular.

O ser agora um neo-aposentando oferece oportunidade para exercer algo que sempre sonhei fazer algo que mais me apetece: l e r! Isso não tardei a iniciar: Li Quando deixamos de entender o mundo (Original: Un verdor terrible. 2023, Editora Todavia ISBN 978-655692-249-2) Falta-me agora douto interlocutor para falar desse livro que mescla ficção com realidade. Mauro Braga UFMG por ora ele, um físico-químico, e o autor (Benjamin Labatut)  vivem em Santiago do Chile. Este muito bom livro me enviou o meu irmão Emar, dizendo que quando começou a ler este livro achou que eu iria curtir. Acertou! Atualmente estou lendo dois livros há muito desejados.

Guerra e Paz, de Liev Tolstoi, uma das obras mais volumosas da história da literatura universal. O livro narra a história da Rússia à época de Napoleão Bonaparte (notadamente as guerras napoleônicas na Rússia). A riqueza e realismo de seus detalhes assim como suas numerosas descrições psicológicas fazem com que seja considerado um dos maiores livros da História da Literatura.

Memórias de Uma Menina Bem-Comportada no qual Simone de Beauvoir descreve os primeiros vinte e um anos de sua história: desde a sua infância até se tornar professora de filosofia, em 1929. 

Estes dois livros leio no Kindle por várias razões: por serem volumosos são muito difíceis de segurar e também para passar à página seguinte; o tamanho das fontes dos livros em suporte papel (que sigo apreciando para vê-los nas prateleiras) de maneira usual são difíceis para ler (à noite). O L. F. Veríssimo que com sobradas razões critica o tamanho das fontes dizendo que quando éramos criança nos davam livros com letras grandes. Os e-book são muito mais baratos e mais saudáveis ao Planeta. Por tal procuro o e-book Envelhecer de Simone de Beauvoir. Aceito ajudas nesta busca.

Encerro a última edição de 2023 deste blogue, trazendo a minha mensagem enviada no dia último dia 24 de dezembro. Acarinhou-me o comentário do Edni: Ai, Chassot* Sempre c/as reflexões profundas e próprias. O que dizer a mais nesta noite quando cresce no mundo as dúvidas sobre construções duvidosas  Nos resta a Fé - que podemos acreditar . . . sem justificar.  Então, FELIZ NATAL !

Agora mlnha mensagem para as leitoras e leitores deste blogue.

.Somos expectantes da noite mais aguardada noite do ano. É próprio por primeiro agradecer os votos recebidos!

É bom que os desejos sejam marcados pela fraternidade... vencidos tempos nos quais se cantava aquela música natalina que dizia "seja rico ou seja pobre o velhinho sempre vem"! Já superamos a mentirosa invenção do Papai Noel…  e cada uma e cada um  —  crentes ou incréus  —  tenham felizes festas e um bissexto 2024 prenhe de saúde e paz!  

sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

ANUNCIANDO RECESSO 29/12

 

      01/12/2023

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      ANO 17

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01/12/2023 Já é dezembro. Este é o mais atípico dos 12 meses do ano. Também é o mês mais prenhe de nossas histórias (doces ou amargas) rememoradas nais densamente nesta época. Cada uma ou cada um dos que ora me lêem já amealha mais que uma dúzia de evocações natalinas, mas, talvez recorda quase nada de um mês de abril ou um outubro (apenas para referir, de maneira aleatória, dois meses que não sejam o natalino dezembro. Esta já cagagésima* porção deste célere 2023 que ora inauguramos e faz, tudo leve a crer  —  a ter como amostra: o fugaz novembro  — que em termos de o tempus fugit tudo será no mínimo igual. Só imploramos que os gnomos e os duendes  — dolorosamente ingratos nas ações  climáticas no trimestre setembro/outubro/novembro  —   nos obsequeiam com aquela previsão do tempo sempre querida: agora e para as próximas horas: tempo bom  com sol entre nuvens e chuvas esparsas à madrugada.

Muito atenciosas leitoras! / Muito atenciosos leitores! O recesso anunciado no título não deve ser inferido como ingresso em  um tempo de deleites para um ‘não fazer nada’ ou como com sedução dicionariza o Priberam: Prazer suave e prolongado, moral ou físico. Ao contrário: nestes dias pré-natalinos ainda tenho duas bancas doutorais: uma onde sou coorientador no Educimat no IFES em Cariacica, na grande Vitória e a outra tese doutoral da UFAM em  Parintins onde sou avaliador externo, enquando professor da REAMEC.  Tenho, ainda, visitas queridas de duas colegas manauaras que registro em futura edição. Depois de já ter, recentemente, participado de uma banca em uma unidade hospitalar nada me surpreende.

Depois destes dois parágrafos, merecedores de serem peças do meu diário de neo-aposentando, narro como ocorreu este blogar. Pretendia já anunciar na edição passada com o sempre sonhado recesso, Dei-me conta que o dezembro tão incensado neste blogar ficaria sapateiro. Numa dicionarização, significados da locução verbal ficar sapateiro MAS não encontrei a origem deste significado. Aguardo ajuda, mesmo que esteja em desuso. Desapontado por não saber explicar porque sapateiros  —  e não marcineiros ou músicos ou filosofos…  —  são ferreteados como perdedores. Trago uma historieta para me recuperar. Ajuda-me a Wikipédia neste gostoso narrar. 

O personagem principal no relato que inicio: APELES (em grego Ἀπελλῆς) de Cós (Século IV a.C.) foi um renomado pintor da Grécia Antiga. Plínio, o Velho, a quem se deve o conhecimento deste artista (Naturalis Historia)  considerava Apeles mais importante que pintores que o antecederam e precederam. Pintou um retrato de Alexandre, o Grande (que morreu em 323 a.C.) e Plínio situou Apeles na 112ª Olimpíada (332329 a.C.). Apeles viveu na Jônia no século IV a.C.. Não há certeza sobre os locais de nascimento e morte mas é possível que tenha sido Cólofon e Cós, respectivamente.

Sutor, ne ultra crepidam (ou ne sutor ultra crepidam) é uma expressão em língua latina que significa, literalmente, "sapateiro, não [vá] além do sapato", usado para alertar as pessoas a evitarem emitir ou transmitir algum julgamento que comporte conhecimento além de sua especialização. 

Visita de Alexandre, o Grande, ao atelier de Apeles (Wikipedia). Há narrativa que Apeles fazia de um mercado seu ateliê. Pintava uma modelo quando havia objetos usados pela modelo e público que admirava a obra. Um sapateiro comentou com o pintor que a fivela de uma das sandálias (do grego krepis), que Apeles, prontamente corrigiu pois estava trocada. O pintor agradece e pinta como o sugerido pelo sapateiro. No dia seguinte o sapateiro sugere que ondas de um véu ficaria melhor com uma outra direção e a julgar-se no direito de ampliar sua perspectiva e, assim, apontar outros [supostos] defeitos que ele também considerou presentes na pintura. Nessa ocasião, Apeles, em sua justa reserva (afinal, ele era o autor, era ele o pintor, a obra era dele) aconselhou-lhe que ne supra crepidam sutor iudicaret (um sapateiro não deve julgar além do sapato), conselho que, tendo Plínio observado, tornou-se um dito proverbial. 

O ensaísta inglês William Hazlitt cunhou o termo "ultracrepidanismo", como usado pela primeira vez publicamente numa animosa carta para William Gifford, o editor de A Análise Trimestral. Vez ou outra, em sala de aula há situações que alunos (e também professores) dão azo a sua não sapiência assumem o "ultracrepidanismo".

O blogue retorna numa edição de fim de ano no dia 29/12

  CAGAGÉSIMO

  • 1.- substantivo masculino: Parte muito pequena de algo.

  • adjetivo e substantivo masculino . Que ou o que ocupa uma posição insignificante numa ordenação ou representa uma parte muito pequena de algo

  • "cagagésimo", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2023,https://dicionario.priberam.org/cagag%C3%A9simo

FICAR SAPATEIRO: Locução verbal que significa: perder todas as partidas do jogo; não pontuar. Fulano desafiou os melhores e ficou sapateiro. Locução verbal que significa: perder todas as partidas do jogo; não pontuar. Fulano desafiou os melhores e ficou sapateiro

sexta-feira, 24 de novembro de 2023

DESDE A MINHA/NOSSA ESCOLA DE JACUÍ A UM FIORDE

 

24/11/2023

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EDIÇÃO

 

  ANO 17

LIVRARIA VIRTUAL

  3.342 


24/11/2023 Já é a última edição deste blogue de Novembro2023. Não foi sem razão que na edição pretérita nos referíamos que já passava a metade desse lépido e celebrado novembro.  A próxima edição será em 01/12. As musiquinhas de natal (algumas xaroposas) nos embalam recordações da noite de 24 de dezembro. 

É preciso referir que este 2023, quase terminando, deixará tristes  recordações no Brasil de Sul a Norte: tormentas com chuvas como nunca dantes tão destruidoramente volumosas no Sul, enquanto no Norte uma senegalesca sequia destrói fazendo tudo quase a brasa. Ainda, não podemos deixar sofrer com as mortes nestas guerras dolorosas que ocorrem em diversos pontos de nossa casa comum: o Planeta Terra.

Mas há uma gama de sabores que vale viver, aqui e agora. Vou dividir o anunciado saborear em dois momento: primeiro convidarei meus leitores a saber algo de minha Escola; no segundo tempo vamos ao panteão da literatura. Expectante com sabores. Só ler os parágrafos à espera.

 Ontem, quinta-feira, 23/11, recebi um WhatsApp: Olá,  Professor, tudo bem? Compartilhando notícias boas sobre a sua e nossa Escola Marcelo Gama… —  pois, a minha escola é a Escola Marcelo Gama… em Jacuí, distrito de Restinga Seca, que pertence a 24a CRE de Cachoeira do Sul. Estudei nesta escola de março a sagosto de 1946. Meu pai era, então, marceneiro da Viação Férrea do Rio Grande do Sul, na Estação Jacuí. Estive na  Escola Marcelo Gama, presencialmente em 2011, com meu amigo e também cachoeirense Edni Schroeder  — volto a mensagem ontem recebida da Professora Aline  —  Lembra quando aceitou nosso convite para uma entrevista e, posteriormente, realizou palestras de forma online? Naquelas ocasiões  nos inspirou  a seguir com os projetos e pesquisas. Nosso projeto de 2023 foi classificado para a Etapa Estadual da Mostra Científica das Escolas Estaduais. Nesta semana estivemos em POA representando os Anos  iniciais.


Um semeador saiu a semear. Houve sementes que caíram em terra fértil e estas produziram Gama de sabores: Saberes, Sementes e Sustentabilidade… e agora há um convite: vamos aproveitar com saberes a gama de sabores. há que juntos semearmos  para sustentar, apoiar, conservar, cuidar das preciosas sementes desta primeira colheita.

Espero tenham curtido a gama de sabores. A colheta desta primeira safra. Curtam o máximo. Anunciara dois tempos. Aceitem a seguir saborear o segundo saber… 

Trago algo de uma muito exótica safra. O convite é para conhecermos algo acerca do Prêmio Nobel de Literatura deste 2023. O adjetivo exótico pode parecer de mau gosto. Vamos saborear primeiro o autor e depois uma amostra de sua extensa produção.

Conheçamos o autor. Ajuda-nos para tal empreitada a Wikipédia, orelha do livro que li e a justificativa para a premiação do Comite Nobel. É dispensável a crítica: não tenho expertise em comentar obras literários. Mais ainda sou alienígena em literatura norueguesa. Parece-me ser este o primeiro livro que leio neste idioma (mesmo traduzido).





JON FOSSE nasceu em 1959 na costa oeste da Noruega e é considerado um dos grandes autores de sua geração, com uma obra que inclui prosa, poesia, ensaios, contos, livros infantis e peças teatrais. Sua estreia literária se dá em 1981, com a publicação do conto Han em um jornal estudantil. Dois anos mais tarde, lança Raudt, svart, seu primeiro romance. Por Trilogien, recebeu o prestigioso Nordic Council Literature Prize, em 2015. Seus livros já foram traduzidos para mais de cinquenta idiomas. Depois de estudar literatura, estreou em 1983 com o romance Raudt, svart (Vermelho, preto). Fosse escreveu romances, contos, poesia, livros infantis, ensaios e peças de teatro. As suas obras foram traduzidas em quase 50 idiomas, com suas peças encenadas mais de mil vezes pelo mundo. Fosse fez parte dos consultores literários da Bíblia 2011, uma tradução norueguesa da Bíblia publicada em 2011. Em 2023, foi laureado com o Prêmio Nobel de Literatura, "pelas suas peças e prosa inovadoras que dão voz ao indizível". Quando na quinta-feira, 5 de outubro a Academia Sueca, em Estocolmo anunciou o Prêmio Nobel de Literatura 2023 fomos tomados de interrogações, pois a Academia, diz ser o prêmio concedido "por suas peças e prosa inovadoras que dão voz ao indizível".

.A forma fosse pode ser [primeira pessoa singular do presente do subjuntivo de fossar], [primeira pessoa singular do pretérito imperfeito do subjuntivo de ir], [primeira pessoa singular do pretérito imperfeito do subjuntivo de ser], [terceira pessoa singular do imperativo de fossar], [terceira pessoa singular do presente do subjuntivo de fossar], [terceira pessoa singular do pretérito imperfeito do subjuntivo de ir ou [terceira pessoa singular do pretérito imperfeito do subjuntivo de ser]. "fosse", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2023, 

https://dicionario.priberam.org/fosse. Mesmo com estas múltiplas formas (em português) ‘fosse’ é o sobrenome do noroeguês laureado com Nobel de Literatura deste ano.


                


A esquerda está a capa do único livro de Jon Fosse que eu li. Terminei ontem. Este exemplar é do Emar (meu irmão caçula) que mora em Holambra que no fim de semana esteve queridamente aqui. No design para esta segunda etapa deste blogar anunciei que falaria do autor e de um de seus livros. Anuncio antecipadamente que não cometerei spoiler e recomendo a não curiosidade  — até me estranho, eu que tanto recomendo esta ‘virtude’-- lendo a última página (107). Sempre me pergunto o que diria a orientando que me entregasse um texto modelo Saramago. Pois Fosse chega a ter um conjunto de dezenas páginas sem ponto ou sem parágrafos. Recomendo conhecer sobre ‘fiorde’.Transcrevo (ratificando não cometer spoiler) um muito pequeno excerto extraído das duas orelhas do selo Prêmio Nobel da edição de 2023 da Companhia das Letras.



                Depois que ele desapareceu e nunca mais voltou nada mais foi o mesmo, ela simplesmente está aqui, porem sem estar aqui, os dias chegam, os dias passam. as noites chegam, as noites passam e elas os acompanha, sempre com movimentos vagarosos, sem permitir que nada deixe grandes marcas ou faça grande diferença.”

“Com uma prosa hipnótica e alucinante, Jon Fosse constrói um mundo em que todos esses momentos habitam o mesmo espaço e os fantasmas do passado confrontam aqueles que ainda vivem. Nessa narrativa ambientada nas indômitas paisagens norueguesas a força da natureza, os elementos como gelo, terra e fogo  — e a propria noção da passagem do tempo  —  também ganham força central.

Publicado originalmente em 2004 e aclamado pela crítica, É a Ales é uma obra-prima visionária que oferece uma reflexão assombrosa sobre o amor, a perda e os traumas que moldam as relações familiares.”

    
Se era para ser isso o blogar desta semana. Trouxe dois cenários: a Escola que em pouco mais de meio ano me fez alfabetizado e  imaginar um fiorde e sonhar um dia voltar a gélida Dinamarca. Apreciaria se  — como na edição anterior  — houvesse algum comentário para despedir novembro e seus blogares. Não vou desejar um Happy Black Friday pois é um colonialismo demais para meu gosto.