sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Quando a pandemia se fez um pandemônio.

 

10/11/2023

www.professorchassot.pro.br

EDIÇÃO

 

 ANO 17

LIVRARIA VIRTUAL

  3.338 

               

10/11/2023  Já completamos a primeira das 3 dezenas de novembro! Já vi árvore de natal anunciando as festas. As comemorações de meu natálicio se fizeram a modo de kerb (na recordação de minha ancestralidade alemã). No sábado, dia 4, o apagar de 84 velinhas com meus 2 filhos e 2 filhas, 2 noras e 2 genros, 5 dos 8 netos, a mãe de meus filhos e uma irmã. No domingo, dia 5, domingo, almoço festivo e na segunda-feira, dia 6 (= a data oficial) visitas, parabéns na Academia Treinar com presentes e canto do parabéns; os telefonemas e as mensagens foram festivas. Tudo isso, e muito mais, pode se considerar uma breve narrativa de um diálogo de um neo-aposentando. O diálogo do viajor, não tem mais o estatuto como o narrado por José Carneiro, da UFPA no texto o peregrino da Ciência em artigo em O Liberal de Belém do Pará. Ainda no meio da semana, perguntam-me: professor, qual  será o assunto do blogue de sexta-feira? O assunto mais focado é guerra  no Oriente. Este deveria ser o tema do blogue. Há não muito, dizia  —  quando trazia a discussão acerca de qual dos dois filhos de Abraão, Ismael ou Isaac é primogênito  — sofriamos com uma guerra começada há mais de 5 mil anos (ver edição do blogue de 13102023). Adiro a dito atribuído ao papa Francisco: Em uma guerra não  há vencedores, os dois lados são perdedores! 

Não deixa de ser algo complexo: ser medroso. Havia redigido um texto, marcado por uma edição de há mais de 10 anos defendendo a existência de dois países independentes (e bom) vizinhos: Israel e Palestina. Ao assumirmos tal postura  —  defendida pela significativa maioria dos países filiados a ONU  — se é então de uma maneira equivocada ferreteado como ser contra Israel. A postura defendida pelas maiorias tem para mim uma singularidade: Acerca de um ano, acompanhado de minha filha Clarissa, vivi no Colégio Israelita Brasileiro, momentos  emocionantes. Desde 21 de setembro de 2022, quando recebi convite (narrado na edição de 23/09/2022) para em 20 de outubro participar de solenidade incluída na celebração do centenário do CIB, fiz imaginações sobre o que seria, depois de 30 anos, retornar à escola na qual, nos anos 1965/1966, fora professor de Química e em 1993 fora diretor. O convite era pertinente ao 2º segmento. Vez ou outra, dizia que se deste período um dia se fizer referência ao meu nome  a menção seria “Chassot, o breve, não durou seis meses!”* Agora reescrevi a minha leitura de minha única experiência enquanto ser Diretor de Escola. 

Os 30 dias, entre o convite e a noite cerimonial, oferecem memória para páginas de relatos. Todavia, narrar o que foram os reencontros da noite de 20/10/2022 poderiam produzir um livro. Não evoco nomes pois correria riscos de omissões. Resumo com a mais afetuosa síntese: foi uma noite inefável! Encerro este blogar com o texto que está gravado no escultura que me foi obsequiada:  No ano de seu Centenário o Colégio Israelita Brasileiro homenageia Attico Chassot por sua inestimável contribuição na Direção da Escola, você fez toda a diferença! Outubro 2022. Para mim é muito bom ter feito a diferença. Lamento  que agora, por medos, troquei de texto. 

Com a ajuda do Ponto Newsletter <ponto@brasildefato.com.br um comentário de algo também tem posturas equivocadas., levando ao acientificismo. Cientistas do observatório europeu Copernicus anunciaram nesta quarta-feira (8/11) que 2023 deve terminar como o ano mais quente em 125 mil anos. Os dados mostram que o último mês de outubro foi o mais quente do mundo nesse período. O outubro deste ano bateu o recorde mais quente da história, superando o de 2019, que tinha registrado o maior índice até então. Segundo o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), da União Europeia, o recorde ainda foi batido com uma larga diferença. O recorde foi quebrado em 0,4 graus Celsius, o que é uma margem enorme, afirma Samantha Burgess, vice-diretora do C3S. A vice-diretora do C3S descreveu a anomalia de temperatura de outubro como “muito extrema”

Segundo o observatório europeu Copernicus, o mês de outubro de 2023 quebrou uma série de recordes: Foi o mais quente já registrado em nível mundial, com uma temperatura média do ar à superfície de 15,30°C, 0,85°C acima da média de outubro de 1991 a 2020 e 0,40°C acima do outubro mais quente anterior, em 2019.

A anomalia da temperatura global para outubro de 2023 foi a segunda mais alta em todos os meses do conjunto de dados ERA5, atrás de setembro de 2023. O mês como um todo foi 1,7°C mais quente do que uma estimativa da média de outubro para 1850-1900, o período de referência pré-industrial.

Efeito estufa e El Niño

🔥 O calor é o resultado das contínuas emissões de gases com efeito de estufa, combinadas com o El Niño, que aquece as águas superficiais no leste do Oceano Pacífico.

Para Luciana Gatti, pesquisadora especialista em emissões de carbono do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), "apesar de sabermos de tudo que está acontecendo, as emissões de gases aumentam todos os anos".

"A humanidade sabe que isso está acontecendo e as emissões não só não diminuem como aumentam. O ser humano está caminhando para a catástrofe conscientemente", afirma.

COMO UM POSFÁCIO: Olhando o tétrico 2020, temos o adensamento de acientificismos. Nestes dolorosos tempos de negacionismo do vírus e do não crédito à Ciência, trocando vacinas por práticas quase diabólicas — se é que diabo existe — se precisa atentar a tempos cruentos. Não raro, parece vivermos no medievo, com fogueiras alimentadas com resultados de caças a bruxas. É incrível no Século 21: um pastor evangélico anunciando que, aqueles dentre os seus fiéis, que ele escarrar na boca, se tornarão protegidos contra a Covid-19 e dispensados a proteção desta criação considerada satânica que são as vacinas. Fiz spoiler do texto proposto: o final é funéreo. A pandemia se fez um pandemônio. É reconhecido que narrar os tempos presentes é mais difícil. Nos ditos novos tempos das malévolas fake news esta dificuldade ainda se adensa mais. Aceite: vacinas salvam muitas vidas.

 

Um comentário:

  1. Um Cantinho Literário com nome de quem labuta pelas Letras e pela Cidadania é uma forma humana de recriar a eternidade em melhores memórias de herança. Parabéns ao amigo homenageado, querido Chassot, e aos homenageadores, aos presentes e aos que compartilham valorosa experiência. Quanto ao Ipê, como recanto e moradia, fez-me lembrar da música "Rancho dos Ipês", de Tião Carreiro e Pardinho. Em casa, também temos um Cantinho destinado à querida terra da infância de Ariano Suassuna, Taperoá-PB. Então, caríssimo Áttico, desenvolvemos larga e profunda sintonia, também em pontuações que a vida nos lega. Desta Sorocaba-SP, hoje chuvosa, Adriana e eu oferecemos terno abraço!

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