sexta-feira, 21 de abril de 2023

Um valor mais alto procrastina a publicação do quarto conto

 ANO 17*** 21/04/2023***EDIÇÃO 2081

Após termos, nas últimas três sextas-feiras, sorvido três dos quatro contos acerca dos quatro elementos alquímicos da Seleta contendo quatro ensaios nos quais cada um deles está imbricado em tentativas de relações entre o sagrado e o profano: 1) Terra (Lilith no paraíso endêmico); 2) Água (os distintos dilúvios universais) e 3) Ar (a respiração e nossa continuada produção de carbono, como CO2) estava previsto para nesta edição deste 21 de abril o 4) Fogo e a milenar interrogação: quem Abraão leva ao sacrifício: Isaac ou Ismael? Qual dos dois filhos: ISMAEL, o filho com escrava Agar ou ISAAC seu filho gerado com Sara. Qual das duas narrativa sagradas vamos optar: a torá judaica ou corão islâmico?

Há que fazer postergações! “Cesse tudo o que a Musa antiga canta, Que outro valor mais alto se alevanta.” Justifico. Comento a postergação do quarto conto, talvez o mais significativo dos quatro contos: a postergação está presente como algo fabuloso que ocoreu neste extenso abril, que merece ser compartilhado, aqui e agora!.

  Por três dias, da última semana (quinta, sexta e sábado) minha filha Ana Lúcia e eu fizemos uma viagem museológica a São Paulo, onde fomos muito queridamente acolhidos por meu filho Bernardo e seu clã.

A ‘sorte’ muito presente nesse tríduo começou na viagem:  O voo foi tranquilo. Tivemos a dita de como vizinho de assento Dr. Jeferson Braga da Silva, que fora diretor da Faculdade de Medicina, por mais de 10 anos. Aprendemos muito com o cirurgião especializado em mão.

No célebre poema “Os Lusíadas”, Camões narra a viagem em que Vasco da Gama descobre o caminho marítimo para as Índias. Na terceira estrofe, os versos inflamados “Cesse tudo que a Musa antiga canta/ Que outro valor mais alto se alevanta” o Poeta faz  louvores à superioridade da navegação lusitana* …

Chegados em Guarulhos, vencidas quilométricas distâncias para deixar o aeroporto, localizamos o Senhor Osmar, funcionário da Alest, que o Bernardo colocou  para nossos deslocamentos Cumprimos o planejado. Fomos do aeroporto ao Museu Ipiranga. Logo aprendemos algo: na Pauliceia desvairada (de Mario de Andrade) as sistância não se mede em quilometros e sim em tempos. Do local A ao local B, são 45 minutos e não 19 quilômetros.

O museu do Ipiranga, recentemente (07SETEMBRO2022 =  Bicentenário da Independência, proclamada próximo ao local onde está o Museu) reaberto depois de vários anos. 

Para mim foi mais significativo ver a majestade do prédio cercado de imponentes jardins que os três andares com centenas de peças do acervo. 

Também por isso me é impossível fazer relatos mais amplos. Remeto o meu distinto leitor visitar paginas como https://museudoipiranga.org.br que contém detalhamentos que não posso trazer aqui e agora.

Sexta-feira fomos visitar a exposição que catalisou a nossa viagem a São Paulo: A EXPOSIÇÃO MICHELANGELO E A CAPELA SISTINA. Esta exposição pode se dizer: é irresistível narrar o que vivemos. Uso o mesmo expediente feita para o Museu do Ipiranga. Visite o site oficial:


Exposição - Michelangelo - MIS Experience

https://misexperience.org.br/michelangelo



Colhi em uma das várias das salas uma afirmação atribuída a Goethe.

Quem não viu a  CAPELA SISTINA

Não pode ter uma ideia exata do

que uma pessoa é capaz de fazer!

Goethe**

perguntado a Galileu como ele faz uma escultura:

Como faço uma escultura?

Simplesmente retiro do bloco de pedra 

tudo aquilo que não é necessário.

Vi um anjo no mármore e esculpi até que o libertei!

***************

Galileu foi um homem de fé:

A perfeição é feita de pequenos detalhes, não é apenas um detalhe. A verdadeira obra de arte é uma sombra da perfeição divina!

“Cessem do sábio Grego e do Troiano
As navegações grandes que fizeram;
Cale-se de Alexandre e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito ilustre Lusitano,
A quem Neptuno e Marte obedeceram.
Cesse tudo o que a Musa antiga canta,
Que outro valor mais alto se alevanta.”




** Johan Wolfgang von Goethe (Frankfurt am Main, 28 de agosto de 1749 — Weimar, 22 de março de 1832) foi um polímata, autor e estadista; foi uma das mais importantes figuras da literatura alemã e do Romantismo europeu, nos finais do século 18 e início do século 19


Um comentário:

  1. Saudações, amigo Chassot! Agora sim, consegui encontrar o canal para a postagem. Enviei um e-mail. Como disse, o Museu do Ipiranga é um velho conhecido, dos tempos da Teologia no prédio do que foi o famoso Seminário Central do Ipiranga. O bosque do museu também visitei. Desejo-lhe saúde e agradeço pelos permanentes contatos. Meu abraço!

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