Ano 16 *** UM TRÍDUO TRILEGAL *** Edição 2021 Esta já é a quinta e a última blogada de outubro 2021. E uma vez mais, ela se tece com excertos do diário de um viajor (em tempos pandêmicos), que viveu, ou melhor conviveu, com um tríduo sumarento na terça, quarta e quinta-feira. Na terça-feira, ‘dei uma aula’ na 40ª edição do Encontro de Debates de Ensino de Química. (40 EDEQ). Tinha tudo para estar emocionado. Já na segunda-feira, assistindo a conferência inaugural proferida pelo Prof. Otávio Maldaner se evocou mais de uma vez o primeiro Edeq, que o Prof. Maurivan e eu organizamos na PUC-RS, em dezembro de 1980. Desde então, a cada ano, em uma universidade do Rio Grande do Sul participei da organização e estive presente em todos encontros. Não houve encontro no ano passado e ora, três Universidades (PUC-RS, UPF e UFFS) organizaram o 1o EDEQ virtual. Eu tinha sobejas razões para estar emocionado no fazer uma das conferências. Evoquei a situação de não se poder profetizar na própria casa. A emoção foi potencializada quando a Profa. Clóvia Mistura, da UPF, mediadora da palestra, anunciou, ao encerrar a apresentação que a seguir seria prestada uma homenagem para mim. Embarquei-me, com justa razão. Não foi trivial fazer a defesa de uma proposta, recém encharcado de tantos acarinhamentos.VIDEO O segundo dia do tríduo foi na quarta-feira. Mais uma vez grandes emoções. Agora, em outra dimensão. Aceitara, há meses, fazer a conferência do III PROQUIMICA, na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) em Jequié BA. Só na noite de terça me dei conta que o evento era organizado para a área de profissionais da Química e não para a Educação Química. E a palestra era na manhã seguinte. Lembrei-me de odioso preconceito, há muito me alfinetado: “Quem sabe faz; quem não sabe ensina!” Fui marcado por cuidados. A Profa. Joélia Barros, mediadora de minha fala, disse ao final que os elogios foram os maiores. Tudo se fez com Ciência. Ontem, quinta-feira, o terceiro dia do tríduo que despede outubro foi com dose tripla. Entre as 15h e as 20h, de maneira ininterrupta, viajei de uma Porto Alegre açoitada pelos ventos de finados, a Vila Velha no Espirito Santo, onde por clique de mouse, fui ejectado à Teresina no Piauí, para ao pôr do sol ir a Marbá PA. Cinco horas, três eventos em três estados, quase sem tempo para levantar da cadeira. Detalho: minha primeira atividade tarde foi participar do Seminário do IFES que neste semestre a cada quinta-feira discute dois capítulos do Festschrift. Só pude participar da primeira hora. Não foi trivial ter que antecipar minha saída. Em Terezina cabia proferir a conferência magna do 1o Simpósio Piauiense de Ensino de Ciências e Matemática na contemporaneidade. O evento teve a participação da Universidade Federal do Delta do Parnaíba e mais de uma dezena de instituições de ensino superior da região. A solenidade iniciou com Carlos Pontes e seu violão de músicas nordestinas. Houve após a respeitosa oitiva do hino estadual do Piauí. Minha aula foi mediada pela professora Georgia Tavares, que fez uma muito emocionante narrativa de meu fazer educação há 60 anos. O terceiro momento da dose tripla foi no Laboratório Indisciplinar que ocorre quinzenalmente com meus orientandos. Como vários já concluíram as disciplinas (também espaços privilegiados para reencontros) a informalidade deste espaço mesmo que virtual é salutar. No encontro de ontem se fez uma síntese das três falas antes referidas. Agora que venha novembro já com sabor de fim de ano, para despedir esse anômalo 2021.
Querido Mestre Chassot, saudações diretamente de Niterói!
ResponderExcluirOxalá! Tivera eu 1% da sua energia! Sua resistência midiática, nesses quase dois anos de vida virtual, é invejável! Que venha 2022, com muita Saúde para toda humanidade. E por certo, teremos muitas outras homenagens ao senhor, que durante esses muitos anos nos acalenta com seus ensinamentos e experiências. Aguardamos o senhor aqui no Rio de Janeiro, no IFRJ e nos eventos vindouros da ABQ.
Saudações, Chassot, amigo mui caro! Uma palavra me atraiu nesta blogada: emocionado. Quem sabe sejam as emoções uma boa herança para deixarmos como vivificante legado! Quem sabe sejam as emoções nossa profunda manifestação frente ao desgoverno no Brasil. Sejam as emoções indignadas e com lastro em esperança, nosso repúdio à truculência e à exclusão, revestindo-se de atitudes marcadas pela materialização das palavras compartilhadas. Então, seja o teu ser emocionado a espalhar emoções! Com abraço emocionado, meu amigo!
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