Já contei: Um dia desses eu
cheguei no meu prédio e o Alessandro, funcionário da portaria, disse: ‘Laudato si'
professor!’ Fiquei comovido. Ele ouve
as minhas lives”
Minha ligação com a Encíclica Laudato Si' se fez forte há quase 6 anos, desde 18 de junho de 2015, quando o Papa Francisco a endereça a todos homens e mulheres de boa vontade. Há época eu era professor no Centro Universitário Metodista IPA, em Porto Alegre. Propus, e foi acolhida minha pretensão, que aula inaugural dos mestrados do segundo semestre (Agosto de 2015) do CUM IPA fosse sobre a encíclica. Nas licenciaturas eu lecionava uma disciplina acerca de cuidados ambientais e trabalhamos produtivamente Laudato Si’. Parecia que encíclica tinha sido escrita para a disciplina comentavam os alunos. No Mestrado Profissional de Recuperação e Inclusão eu compartilhava, nas manhãs de sábados, um seminário com o Prof. Dr. Jose Clovis Azevedo. Estudamos a encíclica em alguns encontros.
Há época, em palestras
em vários estados do Brasil, usei a Laudato
Si’ para catalisar
discussões acerca do cuidado de nossa casa comum. Destaco nessa situação
Macapá, capital do Amapá, onde fui convidado pelo IFAP dar um minicurso acerca
da Encíclica
Laudato Si'.
Em julho de 2019, se
completava meio ano do governo do atual presidente da República, marcado por muito
significativo agravamento de violações à proteção ao ambiente natural, por todo
pais, mais especialmente na Amazônia. Às minhas atividades profissionais, há
mais de sete anos na Rede Amazônica de Educação em Matemática e Ciências, se aditou
em 01/01/2019, ser Professor Visitante Sênior na Unifesspa, campus Marabá PA.
Fiz da Encíclica
Laudato Si', a partir de agosto de
2019, uma vez mais, um antídoto às agressões que sofre, particularmente na
Amazônia legal brasileira, meu mais extenso lócus de atuação profissional.
A partir da segunda quinzena de março de 2020, na convivência
com a pandemia, os descalabros com os cuidados do Planeta se agravaram ainda mais,
especialmente no Brasil e neste de maneira mais grave na Amazônia. Houve uma
reunião ministerial (quase pornográfica) em 22/04/2020, que por outras razões
foi judicialmente tornada pública, na qual o Ministro do Meio Ambiente afirmava
que se deveria aproveitar as atenções da população estarem voltadas ao
Coronavírus e abrir as porteiras e terminar com quaisquer impedimentos
protecionistas.
“Não é novidade que a política
ambiental do governo Bolsonaro é literalmente devastadora. De acordo com o
Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), março deste ano, foi
o mês mais destrutivo na Amazônia desde que o monitoramento iniciou em 2015.
Além disso, Ricardo Salles segue passando a boiada, reduzindo ainda mais a
autoridade de fiscais e facilitando a vida dos infratores. Aliás, a queda do
diretor da PF no Amazonas que denunciou Salles nesta semana ao STF por defender
madeireiros é prova de que a impunidade aos desmatadores está garantida. O
ministro Ricardo Salles, como se estivesse num leilão, diz estar disposto a
cumprir as metas de combate ao desmatamento desde que paguem US$ 1 bilhão ao
Brasil. A questão ambiental é cara à imagem do imperialismo civilizado do
governo Biden e o Brasil está no centro dos debates da Cúpula do Clima
convocada pelos estadunidenses para a próxima semana” Este parágrafo, para sua redação teve como fonte a Ponto Newsletter:
a informação sem ruído desta sexta-feira,
16 de abril.
Cabe, aqui e agora, narrar
como, desde agosto de 2019, em todas as minhas palestras e agora já em mais de
uma centena de lives uso a Laudato Si’ como antídoto a políticas do Ministério do Meio Ambiente e do
Ministério da Agricultura. Tenho um menu (de uma meia dúzia de títulos temáticos)
que, em uma grande síntese, se traduz por ações que fazem da Alfabetização
Científica, um mentefato cultural que alimenta a utopia de fazer que mais
homens e mulheres sejam parceiros na busca de um Planeta mais justo.
Qualquer um dos títulos temáticos é inserto entre um prólogo (de
cerca de 10 minutos) e um epílogo (de aproximados 5 minutos). Tanto a abertura quanto
a clausura têm com substrato a Laudato Si`.
Aqui, ao lado da
valorização do conteúdo se busca destacar o não proselitismo da fala e, se for
o caso, o respeito a laicidade da instituição que me acolhe. Eu me declaro não
pertencente a Igreja do Papa, nas destaco o valor cientifico do documento.
Comento que na Laudato Si’ há 187 páginas, em seis
capítulos, com 246 parágrafos numerados para facilitar a citação e 172 notas de
hipertextos, disponível em diferentes idiomas, no site do Vaticano, com recursos
acessórios, vídeos e áudios.
Esta síntese é
explicitada de maneira intensa em apenas uma última interrogação que encerra
cada uma de minhas falas: com as propostas trazidas, nas quais parecem
ser exigências ser curiosa / ser curioso, assumir posturas indisciplinares, ter
a paz como propósito e cuidarmos de nossa casa comum, cada uma e cada um de nós
vai fazer a diferença... enquanto mulheres e homens envolvidos neste
(re)encontro (con)vivendo em tempos pandêmicos de (d)esperanças, quais são os
nossos propósitos para colaborarmos para a construção de um mundo melhor e mais
justo?
Bom dia Mestre. Ouvi e vi sua fala no III Condequi e repassei Laudato Si, para o grupo de ex integrantes do grupo de jovens da igreja católica que participei no final dos anos 70. A turma gostou, somos todos Franciscanos. Abraços da minha turma de casa (Alana, Lorena, Larissa e eu...)
ResponderExcluirQue lindo, profe. Conheci a laudato si com o senhor! Obg.
ResponderExcluirQuerido Mestre: Laudado, um documento para ser cotidianamente consultado.
ResponderExcluirQuerido Mestre: Laudado, um documento para ser cotidianamente consultado.
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