ANO 15 |
Agenda de Lives em página |
EDIÇÃO 3701 |
E... passou quase um mês da última edição deste
bloque em 18/12/2020. Voltamos a circular, quando já passou a metade do
primeiro mês deste ainda desacostumado 2021, por ora nada melhor que o 2020. Foram
quase 30 dias excepcionais aqueles que passamos mais distantes, mesmo que a
cada dia o blogue manteve a sua frequência de entorno de 100 acessos (talvez, uns
10 leitores). Sei ser um número modesto ante aqueles com milhares de acessos. Mesmo
sem sair, por estes dias (nem para o confraternizar com familiares) parece que
me irmanei, como nunca dantes, nesta tão esperada virada de ano (em férias).
Se anunciasse que contaria uma piada (ou que
assumo o papel de falastrão de bobo da corte), eu teria mais crédito. Eis uma
não-anedota: O avião da Azul, com destino à Índia para
buscar vacinas vendidas ao Brasil (por ser o primeiro ministro indiano amigo do
presidente da República) retardou em um dia sua viagem porque era preciso antes
adesivar o avião com propaganda do governo.
É evidente que nas quatro semanas silentes
muito ocorreu. Havia organizado uma coletânea de pingos e respingos do período.
Cessa tudo! Surge tristeza maior.
Nos dias que se fez recesso sofri várias perdas
daqueles labelados como da área acadêmica. Uma perda, dolorosa de maneira
particular, pela imprevisibilidade. A pranteio, aqui e agora.
Na noite desta quarta-feira, Gerson Mol, Presidente da Sociedade Brasileira de Ensino de Química - SBEnQ informava com profunda tristeza a partida repentina do associado e Diretor de Comunicação, Professor Doutor Sidnei Quezada Meireles Leite, Professor Titular do Instituto Federal do Espírito Santo (IFES) e pesquisador reconhecido pelas grandes contribuições dadas na formação de recursos humanos e produção de conhecimento na área de Educação e Ensino de Química. Atualmente, Sidnei se encontrava em plena atividade na SBEnQ, trabalhando no lançamento da Revista da Sociedade Brasileira de Ensino de Química - ReSBEnQ, como um dos editores chefes. Em mensagem para a equipe da revista, no final do ano Sidnei escreveu: “Eu desejo de coração que 2021 seja melhor, com a oportunidade de virar a página da vida, com a oportunidade de ser feliz. Tenha esperança. Que seja um ano sem Covid. Que tenhamos vacinas de fato e não fiquemos só olhando para as telas pensando o que poderíamos ter. Que a ciência vença. Que o amor vença. Que a vida vença. Seja feliz. Feliz 2021”.
Soube, por amigos do IFES (Agradecido,
Manuella!), nesta quinta-feira, da tristeza pela partida do Sidnei, ainda tão
novo (com 54 anos) e de forma tão repentina. Tinha ido visitar a mãe e estava
voltando do RJ para o ES de carro. Passou mal na estrada. Foi para um hospital
na segunda-feira. Na terça de manhã, seus colegas do IFES souberam que estava
na UTI em estado gravíssimo, à noite faleceu. Ontem, quinta-feira foi o
enterro. Colegas narraram o quanto estão todos imersos em dor. Ele foi o
principal responsável na aprovação do Doutorado no IFES. A primeira turma
começa em fevereiro. Vai ser difícil sem ele!
Eu vou recordar sempre o gentleman que me
recebia em Vitoria e das emoções em subirmos a pé, até o convento da Penha em
Vila Velha. Tenho em minha casa, mobile com dobraduras feitas por ele. Lembrarão
o amigo que partiu muito cedo, antes do tempo. O Sidnei existe porque nós
narramos suas histórias. “Querido amigo e colega! Os muitos aprendizados juntos
hão de adensar saudades!”
Querido Mestre, torcemo, queremos e desejamos um 2021 "normal". O que temos? _Governo desesperado para salvar a prole e sua vida política, garantia da continuidade da vida por ele escolhida: anarcocapitalista-milicianato-pró covid; _economia em frangalhos: fuga de capitais;.....poderíamos enumerar inúmeros ítens nada agradáveis... Pessimismo? Não. Apenas o que aí está. No entanto, estamos repletos de Saúde, Vontade para Aprender e Viver...Isso é louvável. Dificuldades, desgovernos....passam. Grande e Forte abraço!!!
ResponderExcluir