ANO 14
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É UM TEMPO DE
LIVES
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EDIÇÃO
34846
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Há que convirmos que nesta semana o
presidente Messias, talvez por estar dodoizinho, se comportou com um menino bem
educado. É algo que não se faz presente em um genocida truculento. Isto surpreende!
Isto serve para dizer-nos: Cave canem!
Nesta quinta-feira,16/07, Frei
Betto publicou uma eloquente carta, destinada a seus amigos no exterior.
Alertou-me minha ex-doutoranda Cléria Meller. Não posso trazer aqui mais que
excertos. Ao final há a fonte onde a mesma carta pode ser encontrada com
entrevista do autor ao Brasil de fato.
Foto CEDEFES |
Quando lembro que na guerra do Vietnã, ao
longo de 20 anos, 58 mil vidas de militares usamericanos foram sacrificadas,
tenho o alcance da gravidade do que ocorre em meu país. Esse horror causa
indignação e revolta. E todos sabemos que medidas de precaução e restrição,
adotadas em tantos outros países, poderiam ter evitado tamanha mortandade.
Esse genocídio não resulta da indiferença do
governo Bolsonaro. É intencional. [...] Questionado à porta do palácio
presidencial se não se importava com as vítimas da pandemia, respondeu:
"Não estou acreditando nesses números" (27/3, 92 mortes); "Todos
nós iremos morrer um dia" (29/3, 136 mortes); "E daí? Quer que eu
faça o quê?" (28/4, 5.017 mortes).
Por que essa política necrófila? [...] As
razões da intencionalidade criminosa do governo Bolsonaro são evidentes. Deixar
morrer os idosos, para economizar recursos da Previdência Social. Deixar morrer
os portadores de doenças preexistentes, para economizar recursos do SUS, o
sistema nacional de saúde. Deixar morrer os pobres, para economizar recursos do
Bolsa Família e de outros programas sociais destinados aos 52,5 milhões de
brasileiros que vivem na pobreza e aos 13,5 milhões que se encontram na extrema
pobreza. (Dados do governo federal).
[...] Indígenas e quilombolas têm sido dizimados pela crescente devastação
socioambiental, em especial na Amazônia.
[...] Muito antes de o jornal The
Economist fazê-lo, nas redes digitais trato o presidente por BolsoNero –
enquanto Roma arde em chamas, ele toca lira e faz propaganda da cloroquina,
remédio sem nenhuma eficácia científica contra o novo coronavírus. Porém, seus
fabricantes são aliados políticos do presidente...
[...] Agradeço seu solidário interesse em divulgar esta carta. Só a
pressão vinda do exterior será capaz de deter o genocídio que assola o nosso
querido e maravilhoso Brasil. Fraternalmente, Frei Betto
SALVEM
NOSSOS ESCRITOS!! Mais uma vez trago esta
sessão já presente em edições deste blogue no propósito de salvar nossos escritos,
transcrevo excerto de mensagem desta semana:
15/07/2020. Boa tarde, queridíssimo professor Chassot. Primeiramente gostaria de pedir perdão para o
senhor. Não sei como devo me direcionar ao senhor, pois, após muitos anos de
leitura, reflexões e pesquisas em cima dos seus textos e palestras (nas quais
tive o prazer de assistir de pertinho), principalmente ao que se diz sobre
Alfabetização Científica, parece até que estou conversando com um professor
muito chegado a mim, no qual tive a honra de aprender tantas coisas tão de
perto.
Em um segundo momento, gostaria de me
apresentar. Faço parte do Centro Acadêmico da Licenciatura Integrada em Química
e Física da Unicamp, e estou fazendo parte da Comissão Organizadora da Semana
de Educação da FE-UNICAMP. Sou aluna do curso de Licenciatura Integrada em
Química e Física e uma grande apreciadora do seu trabalho e do senhor como
cidadão e educador.
Bom, o motivo para estar entrando em contato
com o senhor, é para fazer um convite um tanto quanto diferente do antigo
normal, no qual estávamos acostumados. Esse ano, por conta da crise sanitária
que estamos passando, a Semana de Educação terá um novo formato: Formato
Virtual. Serão palestras virtuais, mediadas através da plataforma Google Meet,
onde temos a capacidade de acolher até 250 participantes por palestras.
A ideia inicial que tivemos, era de ter uma
palestra com o senhor e, se possível, um segundo horário para uma roda de
conversa para debatermos sobre Alfabetização Científica e a formação inicial de
professores da área de Ciências.
Não sabemos como está a sua agenda. Gostaríamos
de saber sobre a sua disponibilidade em alguma semana entre Setembro e Outubro,
quando, normalmente, acontece a Semana de Educação, Carolina.
Claro que aceitei o
convite. Mesmo que eu também não saiba de minha agenda para então. Hoje, faz
quatro meses que nossas agendas se esboroaram. Contei à muito atenciosa
Carolina, em outras mensagens que trocamos, que no ano passado estive duas
vezes na Unicamp. Uma destas muito singular. Em março de 2019, mais uma fui convidado
pela Faculdade de Educação para proferir a aula inaugural do curso de Licenciatura
Integrada em Química e Física. O convite atípico foi em outubro, quando
professores do Instituto de Química me convidaram para passar o dia do
Professor, na instituição.
Guardo deste meu 59º Dia
do Professor sumarentas recordações. Para os de maneira mais usual trabalham em
universidades periféricas, ser convidado para ir à Unicamp é muito diferente do
que ser convidado para uma fala na Universidade de Cacimbinhas.
FIQUE
ATENTO: O livro "Ensino
médio em debate: currículo, avaliação e formação integral" organizado
por Wivian Weller e Ricardo Gauche e publicado pela Editora da UnB encontra-se
disponível para download no seguinte endereço:
https://livros.unb.br/index.php/portal/catalog/book/51.
HÁ,
AINDA, QUE LIVECIZAR?
Na semana passada
escrevia aqui: “no período dentre a
edição anterior e esta, participei de quatro lives” e me considerava o tal.
Hoje, o registro é diferente: “no período
dentre a edição anterior e esta, participei de uma live na noite de domingo, dialogando
com Cristiana Passinatto acerca de Educação e Perversidade em tempos de
pandemia!”
Assim, há duas interrogações: as lives coriscaram e já se extinguem? ou, o meu auditório se fartou e devo ir pregar em outras freguesias?
Talvez, nenhum e nem
outro dos dois interrogantes tenham, por ora, respostas.
Tenho uma agenda programada
para dias julinos finais: dias 20 e 26 dois encontros consecutivos para
estudarmos um pouco mais a Laudato si’,
a pedido da live da noite do último domingo. Nos dias 23, 28 e 30 de julho e
dia 04 de agosto, uma série de 4 lives com certificação aos participantes,
acerca de Alfabetização Científica co-organizada
pela UNEB e IFPR, campus de Paranavaí.
Dia 31/07 uma live denúncia acerca da mina de carvão a céu aberto na região
metropolitana de Porto Alegre. Ainda no dia 26 teremos um live doméstica
organizada pelo meu grupo de orientandos de mestrado, doutorado e pós-doutorado
centrados no texto “Diálogo de
aprendentes”. O Rafael (WhatsApp: +55 91 91707424) pode abrir a sala a
visitantes.
Com este sumarento
cardápio talvez tenhamos na próxima semana respostas a perguntas. Será bom nos
lermos, na outra sexta-feira, mais uma vez.
Saudações domingueiras, querido amigo Chassot! Da profunda e pertinente carta de Frei Betto, permita-me dizer que aprecio os teus dois vocábulos: genocida e truculento, referindo-se a quem combatemos unidos. Assim como o admirado Betto, também tu, é preciso na fala. Como escrevi em outros momentos, recuso-me a dizer o nome do algoz nacional por não admitir tal dignidade a alguém abjeto. Partindo para tuas lives, da aceitação - ainda sem ver agenda - até o acontecimento virtual, que sobre algum tempo para conversas diversas, já que nunca são dispersas. Adriana escreveu, em relação à pandemia, um conto fantástico! Assim que for publicado - será em breve! - faço questão de enviar-lhe o impresso. Apesar do manuseio virtual, aprecio, por demais, o físico. Por aqui, sem chuvas. Todas as escolas continuam fechadas. Tenho participado de lives com crianças do ensino fundamental a partir da leitura e da escrita pela Literatura. Compartilho contigo e com todos os que por aqui passarem: vamos proteger as crianças! Eis nossa reação frente ao carrasco sanguinolento. Exceto por ele e nunca com ele, meu abraço a ti, amigo Áttico!
ResponderExcluirCaro MESTRE, sobre o conteúdo da carta do Frei Betto, as dimensões da Pandemia, o Desgoverno...enfim, fica a pergunta: Como chegamos ou deixamos vislumbrar tal contexto político (exceto o Covid-19) ??? Soma-se a isso o crescimento de uma ultra direita fascista e um fundamentalismo religioso que proliferam um discurso anticiência, terraplanista, recheado de um moralismo rasteiro putrefato..."Só um deus para nos salvar?"(Heidegger)
ResponderExcluirQuerido Professor Chassot!!! Mas uma belíssima oportunidade de reflexão que o senhor nos traz. Compartilhemos a carta de Frei Betto e assim teremos a oportunidade do despertar da mudança que precisamos. Agradeço também pelas Lives, tenha absoluta certeza que elas tem feito muito bem à todos nós nesses tempos difíceis. Obrigada e grande abraço. Maria Tereza
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