sexta-feira, 1 de novembro de 2019

01.- Acerca de uma láurea: Pena libertária



ANO
 14
AGENDA 2 0 1 9
EDIÇÃO
3456
Na semana passada postergara, pela segunda vez (a primeira fora no dia 18, quando tentei narrar as emoções do Círio de Nazaré –- e foi quando iniciava o mesmo que recebia a noticia de minha premiação com a Pena Libertária) pois na ultima sexta-feira, dia 25, vivia as densas emoções de encerramento do 39ºEDEQ, na Univates em Lajeado que quase se fundia com X EPPEQ, na UNESP em Bauru. Assim, ajudado pela assessoria de imprensa do Sinpro/RS assesto luzes na outorga da 22ª edição da láurea: Pena libertária.
A cerimônia de entrega do troféu Pena Libertária aos vencedores ocorreu na noite da sexta-feira, 18, na sede estadual do Sinpro/RS, em Porto Alegre. Das 70 indicações, os vencedores se destacaram pelo compromisso com a educação de qualidade, com o desenvolvimento da cidadania e com o acesso ao conhecimento, segundo a comissão julgadora.
 “Educação é resistência, é luz, é reflexão, é esclarecimento, é alento. E é na escola que podemos transformar, que podemos criar espaços, que podemos ousar, que podemos ter esperança na dimensão política do termo, de forma justa e democrática”, destacou a professora Margot Andras, coordenadora da premiação, instituída pelo Sinpro/RS em 1998.
Os vencedores da edição de 2019 nas três categorias foram: PROFISSIONAL – Attico Chassot – Porto Alegre, PROJETO – HIP HOP nas Escolas – Caxias do Sul e INSTITUIÇÃO – Escola Estadual Indígena Karai Arandu – Viamão.
Destaco, ainda ajudado pelo que foi divulgado pelo Sindicato dos Professores algo acerca das meritórias ações, dos que comigo foram laureados. Aditando que para mim, especialmente pelo que vimos e ouvimos acerca dos dois premiados. me fiz orgulhoso por ter tão destacadas companhias ao meu lado, quando vivia momentos inéditos quase no ocaso de 59º ano enquanto professor.
PROJETO – HIP HOP nas Escolas – Caxias do Sul
O movimento hip hop é a configuração de forças. MC, DJ, breaking e grafite reunidos afirmam a emergência de caminhos da arte para a o exercício da cidadania. É nesse contexto que o projeto HIP HOP NAS ESCOLAS se apresenta para o desenvolvimento de habilidades e competências dos alunos das redes pública e privada – ensino fundamental e médio de Caxias do Sul. Capitaneado pelo rapper CHIQUINHO DIVILAS — incansável ativista do papel cidadão da arte, o HIP HOP NAS ESCOLAS movimentou cerca de 2,5 mil alunos de sete instituições educacionais neste ano, desenvolvendo o empoderamento e a cidadania, discutindo temáticas a partir da participação nas diversas oficinas que o projeto oferece. HIP HOP NAS ESCOLAS contou com as parcerias do DJ MUZAK, para a oficina Discotecagem Profissional; do B-BOY GEOVANI E GREGORI para a oficina de Dança; do DJ Hodd para a oficina de DJ; do jornalista CARLINHOS SANTOS para a oficina de ‘Conhecimento, falando sobre proatividade’; e do músico e produtor LUCIANO BALEN, do Dua CCOMA para a oficina de Liderança. A produção geral é de Daiane Luza. Também participam do projeto os músicos Rafael, Boni e Rodrigo Morales. O conhecimento, a expressão escrita, as artes plásticas e a dança apreendidas no âmbito do Hip Hop prestam-se como competências para a ampliação da compreensão do mundo.
INSTITUIÇÃO – Escola Estadual Indígena Karai Arandu – Viamão
A Escola Estadual Indígena KARAÍ ARANDU – que significa “sábios” em português – pertence à comunidade da Terra Indígena JATA’ITY, na região do Cantagalo, em Viamão. Cercada por morros e vegetação densa, a comunidade conquistou a demarcação dos 268 hectares de terra indígena nos anos 1980. Reúne 42 famílias. Regulamentada pelo MEC há três anos, a escola KARAÍ ARANDU existe desde 2002 e conta, atualmente, com 135 alunos – educação infantil, ensinos fundamental e médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA); e 3 funcionários e 12 professores. O diretor da escola MARCO SOZO diz que os guaranis mais velhos entendem que as crianças devem estar preparadas para enfrentar a cultura externa. Os estudantes não vêm para serem educados, mas para adquirirem conhecimento. A KARAÍ ARANDU é a maior escola guarani do Rio Grande do Sul se tornou a primeira escola indígena do Estado a comprar alimentação da própria aldeia. A responsabilidade é destinada às famílias que acessaram o Bloco de Produtor Rural e agora fornecem alimentação escolar através do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).
PROFISSIONAL – Attico Chassot – Porto Alegre
Professora Margot Andras, da direção do Simpro RS, entregando a láurea
O Sinpro/RS divulgou uma bem posta síntese biográfica de minha vida acadêmica, na qual fica evidenciada ser a Universidade Federal do Rio Grande do Sul minha alma-mater. Fiz na UFRGS minha graduação (Licenciatura em Química) Mestrado em Educação e doutorado em Ciências Humana. Fui professor nas quatro categorias de Auxiliar de Ensino a Professor titular (atualmente aposentado) do Instituto de Química, na primeira e última, por concurso público.. Trabalhei, ainda, enquanto aluno do curso científico, por dois anos no Restaurante da Reitoria.
P
reciso registrar o quanto vivi (ainda vivo) emoções muito fortes pela premiação. Sou grato ao Sinpro/RS pela iniciativa. Mesmo que por muito tempo lecionasse em Universidade Pública, com orgulho vinculo-me ao Sinpro/RS enquanto ex-professor da Fapa, Puc, Ulbra, Unisinos, Uri, Metodista e Unilassales.
Sou reconhecido aos jurados e àqueles que através do voto me levaram à vitória. Também reconheço méritos acadêmicos nos dois colegas que foram comigo finalistas.
Sou imensamente grato àquelas e àqueles que, não sendo eleitores, ‘fizeram campanha’ para mim. Destes faço um destaque especial a minha filha Ana Lúcia. Ela mostrou o que é ter expertise nas redes digitais.
Aproveito aqui para agradecer a centenas de mensagens, das mais diferentes formas, oriundas de todas as regiões, especialmente de meus colegas amazônidas, alguns dos quais estavam comigo quando saiu o resultado. Parece havia um consenso entre os felicitantes (parece mais sonoro que felicitadores): “Tu mereces!” E isso me alegrava/alegra muito. E me é sumarento.

3 comentários:

  1. Parabéns mais uma vez pelo merecido prêmio que emociona a todos nós. Tua trajetória tem a marca de educador emérito, uma grande personalidade cujo conhecimento nos faz sentir no aconchego da sabedoria toda vez que estamos ao teu lado. Um abraço do JB.

    ResponderExcluir
  2. Saudações amigo Chassot! Somam-se os reconhecimentos merecidos pela tua vida. Parabéns, com abraços sorocabanos! Impressionou-me teu relato sobre a Escola Estadual Indígena KARAÍ ARANDU. Quando a identidade é construída pela própria cultura, não resta espaço e ambiente ao domínio do colonizador. Meu abraço com o calor forte de nossa região!

    ResponderExcluir
  3. Parabéns que linda homenagem professor Chassot, merecido!!!

    ResponderExcluir