sexta-feira, 7 de junho de 2019

07.— Visita à Aldeia Parkatêjê



ANO
 13
AGENDA 2 0 1 9
www.professorchassot.pro.br
EDIÇÃO
3406
A primeira blogada junina de 2019 ocorre desde Manaus, aonde cheguei esta manhã vindo de 12 dias em Marabá, onde na tarde se quarta-feira participei de concorrida manifestação comemorativa ao 6º aniversário da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará.
Venho à capital amazônica para participar, durante a próxima semana, do seminário da Reamec. Fui queridamente acolhido pela minha ex-orientanda de doutorado Irlane Maia. Esta tarde, na UFAM, dei aula para os alunos do curso de Ciências Biológicas a convite da Professora Ana Cláudia Maquiné, presente também a minha chegada. Na manhã de terça-feira, na mesma Universidade, falo para acadêmicos de Medicina a convite da Professora Lúcia Makaren, que participou também do ‘café’ que celebrava o meu retorno à Manaus.
É significativo registrar a chegada, no limiar do domingo da Danila. Ela quer aproveitar, também, para conhecer, até o começo da terça-feira, um pouco da linda capital manauara.
A edição de hoje trás duas leituras acerca de um mesmo artefato cultural. A primeira é leitura da visita à aldeia indígena Parkatêjê (dos Gaviões) feita pelo mestrando do Programa de Pós Graduação de Educação em Ciências e Matemática Iran Medrada da Silva. A segunda leitura é a de minha visita com o Mestrando à mesma aldeia. Aqui e agora: convite à leitura de uma e outra da mesma visita.
PRIMEIRA LEITURA No dia 01/06/2019, eu, Iran Medrada, e o professor Dr. Attico Chassot, fomos fazer uma visita à comunidade indígena Parkatêjê. A comunidade está localizada na BR 222, km 30, em área co município de Bom Jesus do Tocantins. A aldeia Parkatêjê, situa-se na Terra Indígena Mãe Maria, na aldeia Kupjipôkti, que significa “no meio dos brancos/pessoas não indígena” tem, hoje, mais de 500 habitantes. Além dos Parkatêjê, residem indígenas de outras etnias como Krahô, Tebé, Akrãtikatêjê, Akrâtikatêjê e kup(não indígena) que tem relações conjugais ou parentescos com a comunidade. Minha auto-avaliação: Foi feito uma visita na aldeia indígena Parkatêjê, cheia de conhecimentos históricos deste povo indígena, bem como os mecanismos por eles utilizados para a construção de sua identidade cultural. Para a exposição da história dos Parkatêjê foi feito através de falas das lideranças indígena e membros desta comunidade.
Como a história da comunidade contribuiu e contribuí para a formação da identidade do povo Parkatêjê?
•        Se esses ensinamentos históricos são ensinados na escola da aldeia?
•        Como ele, uma liderança jovem, via a importância desses ensinos?
•        Dentre outras perguntas que contribuíram para o dialogo corrente.

Aldeia Kupẽjipôkti, situada na reserva indígena Mãe Maria
Fonte: Pitawã Tembétawã Tembé
Convém destacar que se encontravam no momento, além do Komaitere, mais dois indígenas idosos de apelidos Geraldo e Baixinho (que não falam português) que a todo momento interrompiam a conversa, falando/ explicando a sua história, mais suas contribuições eram descritas na linguagem Parkatêjê.
Ao nos deslocarmos na Aldeia, passamos por uma senhora chamada de Conceição, kup que mora na aldeia há mais de 50 anos, que já foi casada com um indígena e é mãe de 6 filhos indígenas. Ela estava vindo de uma oração na casa de uma indígena pertencente à igreja Assembleia de Deus, religião muito presente no cotidiano desta comunidade.
Em seguida fomos às Escolas de Ensino Fundamental e Médio Pptykre Parkatêjê que funcionam no regimento da secretaria estadual de educação (SEDUC), após fomos conhecer a aldeia, fazendo a visita à casa da senhora Ana Paula, que é kup (= não indígena) casada com um indígena, mãe de duas filhas e professora da escola indígena.
Novamente fomos bem recebidos e foi nos agraciados uma aula de historia oferecida pela professora Ana Paula, que o professor Chassot novamente fizera alguns questionamentos:
•        Como ela via a questão dos ensinamentos dos kup na comunidade?
•        Como ocorria o ensinamento?
•        Se era colocado os ensinamentos culturais do povo indígena na escola que tem o regimento da SEDUC?
•        Para a professora Ana Paula qual era a importância de se ensinar a cultura indígena na escola?
•        Dentre outras que contribuíram para o diálogo.
Para finalizar a prazerosa visita à aldeia, nos dirigimos para a casa do cacique Akroarere (Kwia), que nos recebeu muito bem, ocorrendo novamente uma conversa muito interessante sobre seu povo e a sua história.
Em todos os momentos o cacique falava da importância que seu pai o grande cacique Krôhôkrenhũm teve para o povo indígena Parkatêjê, falando dos seus atos e atitudes que praticou para a sobrevivência e desenvolvimento da comunidade. Assim o professor Attico Chassot, atento as informações fez várias perguntas.
•        Como a história da comunidade contribuiu e contribuí para a formação da identidade do povo Parkatêjê?
•        Se esses ensinamentos históricos são ensinados na escola da aldeia?
•        Como o cacique via os direitos indígenas, visto que é aluno do curso de direito da UNIFESSPA, em Marabá?
•        Como ele, uma liderança jovem via a importância dessa educação?
Dentre outras perguntas que contribuíram para o diálogo corrente.
Por fim finalizou-se visita com trocas de presentes o professor presenteou o cacique com um livro e o cacique presenteou o Professor com uma flecha e com primoroso livro Mikwytekjê ri (isto pertence ao meu povo). Ao chegarmos à aldeia fomos, primeiramente à casa do vice cacique Komaitere, que nos recebeu muito bem, oferecendo-nos café e ficou à disposição para uma pequena explicação histórica referente ao povo Parkatêjê.
 A visita a comunidade indígena Parkatêjê pelo discente Iran Medrada e o docente Dr. Attico Chassot, foi considerada pelo mestrando foi uma aula pratica muito boa, que ocorreu um passeio agradável, onde os indígenas puderam falar a sua história e expressar sua opinião dos assuntos abordados, tendo com isso uma aula agradável dinâmica, que se usou da oralidade. Foi uma atividade que concorreu, e muito, para minha formação (IMdaS).
SEGUNDA LEITURA Minha narrativa acerca de meu fazer na manhã de sábado, 1º de junho, se apropria da leitura feita pelo Iran no segmento anterior e por tal (e também pelo meu desconhecimento das informações já apropriadas) não as repito aqui.
Há um tempo envolvido com estudantes com trabalhos em aldeias indígenas (Foi com a Camila na URI de Frederico Westphalen a minha iniciação). Estivera já em duas aldeias em Roraima, mas quase posso considerar a estada (isto é mais que uma visita) na aldeia indígena Parkatêjê (dos Gaviões) a minha iniciação. Isto também quer significar a minha imensa gratidão ao Iran. O que mais me impressionou foi o carinho do Iran pelos indígenas e o afeto destes para com eles. Ser, emocionadamente, testemunha disto valeu o sábado.
Foto: Iran Medrada da Silva
Tenho significativa dificuldade para destacar que seriam os melhores momentos de minha estrada na aldeia. De maneira indiscutível dialogar em três momentos foi emocionante.
Primeiro com o grupo onde estavam alguns anciãos; neste momento não saber falar o idioma dos Gaviões e eles não falarem Português empobreceu o encontro.
No segundo momento o diálogo com a professora Ana Paula foi significativo. Conversamos como colegas de profissão.
O terceiro encontro foi sumarento. O diálogo com o cacique e também acadêmico de Direito, foi para mim uma aula. Fiquei comovido com a nossa troca de presentes; tocamos livros. Também fui distinguido com um presente especial: uma flecha feita pelos anciãos; tive a fortuna de não ganhar o arco.

É muito importante um registro especial, de algo que já conhecia e que na Aldeia é atestado com evidências, mas não foi por prudência, mencionado.
Há uma relação que não ouso classificar: como TheBigExtractor, uma mega extrativista poluí e degrada as águas, degrada o solo e gera doenças comprovadas. Mas a TheBigExtractor faz algo que se parece muito com as indulgências da igreja católica romana: como reconhece os seus pecados e em troca, como penitência, dá muito dinheiro ás aldeias, hoje constituídas como Institutos com personalidades jurídicas. Este dinheiro penitencial é rateado uma parte entre os moradores e outra parte para a comunidade. Isto explica a presença de carros de alto custo e também a existência de cultivares de hortaliças e outros produtos em hortas mecanizadas.
Outra consequência da presença do dinheiro satânico é seu uso para a aquisição de muitos alimentos (os supermercados agradecem!) do cardápio dos brancos, exótico à comida indígena com duas muito sérias consequências: a) uma alimentação não apenas díspar aos costumes tradicionais e também com menos qualidade nutricional. b) este super consumo de produtos enlatados e outras embalagens gera uma muito grande quantidade de lixo doméstico não transformável em matéria que pudesse recuperar solos degradados. Essas embalagens são jogadas sem cuidado na vizinhança das casas. Os alimentos industrializados aumentam a degradação do solo já envenenado pela TheBigExtractor. Esta é uma muito triste mirada a aldeias indígenas do Pará.


Aldeia Kupẽjipôkti, situada na reserva indígena Mãe Maria
Fonte: Pitawã Tembétawã Tembé

2 comentários:

  1. Um ótimo domingo, amigo querido Chassot! Que tuas viagens alimentem teu ser incansável na compreensão do que vivem e ensinam as diferentes Culturas. E que luta travam contra os "presentes" de poluição generalizada tão maldosamente oferecidos. Eis a razão da luta ser ininterrupta. Daqui, nesta cidade, quando estou a limpar a calçada, penso no lixo espalhado pelas ruas. É uma tristeza reveladora de relações estragadas, compreensões equivocadas e convivências nocivas. Tudo está para o consumo, inclusive as pessoas e seus sentires. Eis assim, outros motivos para que a luta seja incansável, apesar do suor, às vezes, de desânimo abater-se sobre os lutadores. Que teus anos, Áttico, sejam longos como são tuas vontades pelo melhor ensino e pela melhor aprendizagem às gentes! Abração!

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  2. Quem quer que esteja lendo este testemunho hoje deve comemorar comigo e com minha família porque tudo começou como uma piada para algumas pessoas e outras disseram que era impossível. Meu nome é leonor e eu sou de lisboa, mas eu mudo para Chicago EUA com minha esposa. Estou feliz casado com dois filhos e uma linda esposa. Algo terrível aconteceu com minha família, perdi meu emprego e minha esposa deixou minha casa porque eu não podia cuidar bem de mim e da família. dela e dos meus filhos naquele momento em particular. Eu consegui por nove anos, nenhuma esposa para me apoiar para cuidar bem dos filhos. Eu tento enviar uma mensagem de teste para minha esposa, mas ela me impede de falar com ela Eu tento falar com sua amiga e seus familiares, mas ainda sei que alguém poderia me ajudar e eu tenho enviado o pedido mais tarde para tantas empresas, mas ainda assim Não me ligue, até que chegue um dia fiel que nunca esquecerei em minha vida. Quando encontrei um velho amigo meu a quem expliquei todas as minhas dificuldades e ele me contou sobre um grande homem que o ajudou a conseguir um bom emprego na empresa de coca cola e ele me disse que o seu um feitiço, mas eu sou uma pessoa que nunca acredita em conjuradores, mas eu decidi dar-lhe uma tentativa e seu nome é Drosagiede ele me instruiu e me mostrou o que fazer nestes três dias de almoço o feitiço. Eu sigo todas as instruções e faço o que ele me pediu para fazer bem. ele se certifica de que tudo correu bem e que minha esposa me veria novamente depois de um trabalho maravilhoso em Drosagiede. Minha esposa me chama com um número desconhecido e pediu desculpas e ela me disse que ela realmente sente falta de mim e nossos filhos e minha esposa voltar para casa. E depois de dois dias uma empresa que tenho enviado minha carta de agradecimento chamado, agora eu sou o gerente de companhia exemplar aqui nos EUA. Aconselho-o se tiver algum problema envie uma mensagem para este email: doctorosagide75@gmail.com e obterá o melhor resultado. Tome as coisas como garantidas e isso será tirado de você. Eu te desejo o melhor.

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